O Começo de Dois Destinos

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Obs: Oie oie, pessoal! 🫶🏻
É a primeira vez que posto algo aqui e também é minha primeira fanfic.
Tentei fazer algo que tenha uma leitura envolvente e agradável e espero que gostem.
Vocês vão notar que alguns capítulos estarão em terceira pessoa, outros em primeira pessoa e alguns até com pensamentos de ambas. Quis fazer assim para trazer a história de uma forma mais dinâmica.

Espero que gostem, assim como eu estou gostando de escreve-la.

O som da chuva caindo sobre o telhado de jade do palácio de Xiyu era como uma melodia constante, um lamento que parecia antecipar as dores que estavam por vir. No centro da imensa câmara real, o Rei Wei aguardava ansiosamente o nascimento de sua filha, cercado pelos conselheiros e pelos médicos mais experientes do reino. As velas queimavam baixas, lançando sombras dançantes nas paredes decoradas com dragões e flores de lótus. O ar estava pesado com a umidade e a tensão, como se o próprio mundo estivesse prendendo a respiração.

— Ela será forte, como a mãe! Murmurou o Rei Wei para si mesmo, tentando afastar o medo que insistia em se enraizar em seu coração. Ele segurava o pingente de jade que havia dado à Rainha Mei no dia de seu casamento. O jade, verde e suave ao toque, era um símbolo de longevidade e prosperidade, mas naquela noite ele parecia apenas frio.

A Rainha Mei, cuja beleza e sabedoria eram conhecidas por todo o reino, lutava para trazer a vida ao mundo. Suas mãos apertavam as bordas dos lençóis de seda, os gritos abafados pelo orgulho que ela sempre manteve. Mas naquela noite, o orgulho foi vencido pela dor imensa que ela sentia. A respiração de Mei ficava cada vez mais fraca, e os médicos se entreolhavam, desesperados, sem saber o que mais fazer.

— "O destino é implacável," pensou Mei, entre uma respiração dolorosa e outra. "Mas Lingling... minha pequena Lingling, você será a luz deste reino. Traga paz onde só há guerra."

O tempo parecia parar, e o ar no quarto ficou denso, como se os céus estivessem segurando a respiração junto com todos ali presentes. O Rei Wei andava de um lado para o outro, seu coração pesado com a angústia. Os médicos começaram a sussurrar entre si, e um deles se aproximou de Wei.

— Majestade... temo que a rainha esteja se esvaindo. Ela está fraca demais para continuar, e o bebê ainda não nasceu.

Wei sentiu o chão desaparecer sob seus pés. Uma onda de desespero e medo o envolveu. Ele se aproximou de Mei, segurando sua mão fria e trêmula. A rainha abriu os olhos, apenas por um momento, e tentou sorrir, mas a dor era demais para que ela mantivesse o olhar focado.

— Não... não pode ser... sussurrou Wei, com a voz quebrada pela emoção.
— Você prometeu que viveríamos isso juntos.

Foi então que a porta do quarto se abriu bruscamente, e uma figura entrou com passos rápidos e decididos. Era Jiayi, a parteira mais antiga e respeitada do reino. Suas vestes simples contrastavam com a riqueza ao seu redor, mas sua presença impunha respeito. Com olhos afiados, ela avaliou a situação em segundos e se dirigiu diretamente ao Rei.

— Ainda não está perdida, Majestade. Jiayi declarou, sua voz firme e cheia de autoridade.
— A vida ainda está dentro dela. Confie em mim.

Wei, sem opções, assentiu, dando espaço para que Jiayi se aproximasse de Mei. A parteira se ajoelhou ao lado da rainha e começou a preparar ervas e unguentos. Havia uma calma em seus gestos, uma certeza que parecia desafiar a tensão crescente na sala. Jiayi começou a murmurar palavras antigas, uma prece que apenas ela e os de sua linhagem conheciam, enquanto colocava compressas quentes sobre o ventre de Mei.

— Ela precisa continuar lutando.

Murmurou Jiayi, enquanto trabalhava rapidamente. O tempo parecia correr contra eles, e a respiração de Mei estava ficando cada vez mais fraca. O ar estava carregado de expectativa e medo. As mãos de Jiayi tremiam levemente enquanto aplicava uma mistura de ervas raras sobre o corpo de Mei, e a atmosfera na sala ficou ainda mais sufocante.

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