Algumas semanas se passaram desde aquela noite em Paris. A distância havia sido necessária para ambas, permitindo que processassem os acontecimentos de maneira mais clara. S/n ainda carregava a dor da traição, mas o tempo ajudou a aliviar a intensidade das emoções. Ela sabia que, eventualmente, precisaria confrontar seus sentimentos e tomar uma decisão final.
De volta ao Brasil, s/n estava em seu apartamento, organizando suas coisas para tentar se distrair. Ela se jogou no trabalho e nos amigos, mas o vazio ainda permanecia. Em momentos de silêncio, sua mente vagava para Rosamaria, lembrando de momentos felizes e de como elas se complementavam. Apesar de tudo, o amor que sentia ainda estava lá, enterrado sob a dor e a desconfiança.
Foi numa tarde de domingo que s/n, depois de muita reflexão, decidiu que era hora de procurar Rosamaria novamente. Não tinha todas as respostas, mas sabia que precisava de uma última conversa, uma oportunidade de avaliar se ainda havia algo a ser salvo entre elas.
Ela pegou o telefone e, hesitante, mandou uma mensagem: "Podemos conversar?"
O coração de Rosamaria quase saltou do peito ao ver a mensagem. Durante aquelas semanas, ela havia se afundado em arrependimento e remorso, tentando entender o que poderia fazer para consertar as coisas. O fato de s/n estar disposta a conversar trouxe um pequeno raio de esperança em meio à escuridão em que estava mergulhada.
"Claro, a qualquer hora e lugar. Eu estou disponível," Rosamaria respondeu quase imediatamente, sem esconder sua ansiedade.
Elas combinaram de se encontrar em um café discreto na cidade. Quando s/n chegou, encontrou Rosamaria já sentada em uma mesa, parecendo nervosa e um pouco abatida. O sorriso tímido que Rosamaria ofereceu ao vê-la fez o coração de s/n doer um pouco — tanto pela saudade quanto pelo que havia acontecido entre elas.
S/n se aproximou e se sentou, o silêncio inicial entre as duas sendo pesado, mas necessário. Finalmente, foi Rosamaria quem quebrou o gelo.
"Obrigada por vir, s/n. Eu sei que não foi fácil para você."
S/n assentiu, olhando para o café diante de si. "Eu precisava de um tempo para pensar. Muita coisa aconteceu, e eu ainda estou tentando entender tudo isso."
Rosamaria olhou para ela com uma expressão de dor misturada com esperança. "Eu entendo. E sei que não posso pedir muito, mas espero que, de alguma forma, possamos encontrar uma maneira de seguir em frente… Juntas."
S/n suspirou, finalmente levantando o olhar para encontrar o de Rosamaria. "Rosa, eu te amo. Sempre amei. E é isso que torna tudo ainda mais difícil. Porque, apesar de todo o amor que eu sinto, o que você fez me machucou profundamente. Eu me sinto quebrada por dentro, e não sei se podemos consertar isso."
Rosamaria assentiu, segurando as lágrimas. "Eu sei. E, sinceramente, não sei se há algo que eu possa fazer para apagar a dor que causei. Mas o que eu posso prometer é que estou disposta a fazer o que for preciso para reconquistar sua confiança. Eu vou trabalhar duro para mostrar que aprendi com meus erros e que nunca mais vou te machucar dessa forma."
S/n ficou em silêncio por alguns momentos, absorvendo as palavras de Rosamaria. O que ela mais temia era se permitir confiar novamente e acabar sendo ferida mais uma vez. Mas, ao mesmo tempo, a ideia de perder Rosamaria para sempre também parecia insuportável.
"Eu preciso de honestidade, Rosa," s/n finalmente disse. "Eu preciso saber que você vai ser transparente comigo daqui em diante. Sem mentiras, sem omissões. Porque, sem isso, não podemos construir nada."
Rosamaria assentiu vigorosamente. "Eu prometo. Eu sei que a confiança é algo que se ganha com o tempo, e eu estou disposta a fazer o que for necessário para recuperar isso. Sei que as palavras podem não significar muito agora, mas eu vou mostrar com ações que estou falando sério."
O silêncio caiu sobre elas novamente, mas dessa vez era menos tenso. Era um silêncio de compreensão mútua, de que estavam ambas dispostas a tentar, apesar do medo e da incerteza. S/n sabia que seria um processo lento, mas algo dentro dela, talvez o próprio amor que ainda sentia, a incentivava a dar a Rosamaria uma segunda chance.
"Eu não vou prometer que será fácil," s/n disse suavemente. "Mas estou disposta a tentar. A ver se ainda há uma chance para nós."
Rosamaria sentiu um alívio imediato, como se um peso gigantesco tivesse sido retirado de seus ombros. "Obrigada, s/n. Você não vai se arrepender. Eu vou te provar que ainda podemos ser felizes juntas."
Elas conversaram mais um pouco, discutindo como seriam os próximos passos, cientes de que a jornada seria difícil, mas com a esperança renovada de que poderiam superar aquilo juntas. Ao saírem do café, caminhando lado a lado, s/n sentiu uma pequena fagulha de esperança acender em seu coração.
Nos dias que se seguiram, Rosamaria manteve sua palavra. Ela se esforçou para ser a parceira que s/n merecia, mostrando em pequenos gestos e grandes ações que estava comprometida em reconquistar a confiança perdida. Havia momentos difíceis, momentos em que as feridas se reabriam e o medo voltava, mas elas sempre se esforçavam para se comunicar abertamente, para enfrentar juntos os desafios.
E, pouco a pouco, o que parecia irreparável começou a se curar. Não foi um processo rápido, mas aos poucos, s/n começou a sentir que poderia, de fato, confiar em Rosamaria novamente. O amor que sentiam uma pela outra, embora marcado pelas cicatrizes do passado, era forte o suficiente para resistir às adversidades.
Alguns meses depois, enquanto caminhavam de mãos dadas ao pôr do sol, s/n olhou para Rosamaria e sorriu, sentindo-se mais em paz do que havia se sentido em muito tempo. Elas tinham enfrentado uma tempestade, mas agora, sob o céu colorido de tons dourados, parecia que estavam finalmente encontrando seu caminho de volta para a felicidade.
"Eu te amo," s/n disse suavemente, apertando a mão de Rosamaria.
Rosamaria olhou para ela, seus olhos brilhando de emoção. "Eu também te amo, mais do que tudo. E eu vou continuar provando isso todos os dias."
Elas se abraçaram, sentindo o calor uma da outra, e naquele momento, souberam que, apesar de tudo, ainda havia esperança. O amor que compartilhavam, mesmo com todas as suas imperfeições, era forte o suficiente para sobreviver. E isso era tudo o que importava.
FIM.
Palavras: 1081.
Gente eu aceito pedidos pra CAPS com as ideias de vcs, então se tiverem alguma ideia mande aqui jos comentários.
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Imagines Montibeller GxG
FanfictionAqui irá haver vários one - short com a nossa querida Rosamaria Montibeller. bjs. Aceito pedidos.