𝐃𝐞𝐬𝐭𝐢𝐧𝐨 𝐞𝐦 𝐬𝐞𝐠𝐫𝐞𝐝𝐨 | 𝑺.𝑺𝒆

𝓒𝓪𝓹𝓲́𝓽𝓾𝓵𝓸 𝟎𝟑

° . ‧ . 𝑵𝒂̃𝒐 𝒉𝒂́ 𝒏𝒂𝒅𝒂 𝒆𝒔𝒄𝒐𝒏𝒅𝒊𝒅𝒐 𝒆𝒎 𝒔𝒖𝒂 𝒄𝒂𝒃𝒆𝒄̧𝒂 𝒒𝒖𝒆 𝒐 𝑪𝒉𝒂𝒑𝒆́𝒖 𝑺𝒆𝒍𝒆𝒕𝒐𝒓 𝒏𝒂̃𝒐 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒊𝒈𝒂 𝒗𝒆𝒓, 𝒑𝒐𝒓 𝒊𝒔𝒔𝒐 𝒆́ 𝒔𝒐́ 𝒎𝒆 𝒑𝒐𝒓𝒆𝒎 𝒏𝒂 𝒄𝒂𝒃𝒆𝒄̧𝒂 . · •

O trajeto até Hogwarts havia sido mais tranquilo do que imaginava, sua mente foi ocupada pelos livros e conversas bobas na tentativa de ignorar todo o nervosismo causado pela ansiedade. Lamentou que seu pai não pudesse ir até a estação King 's Cross, mas entendia os motivos óbvios da ausência.

Mesmo contra a sua vontade, para permanecer longe do Potter, dividiu a cabine com Draco Malfoy, que, na sua opinião, continuava o mesmo garoto mesquinho e idiota de sempre. Porém, uma das únicas pessoas que sabiam sobre seu segredo e, em algumas ocasiões, a visitava nos finais de semana, quando a tia Cissy tomava conta de si enquanto Snape saia para as reuniões misteriosas.

De volta ao presente, no salão principal, Seraphine estava na segunda fileira para seleção de casas, mantendo a postura ereta e cabeça erguida, apesar de que discretamente acariciava a própria mão, ansiando ser a próxima escolhida.

Ao seu lado, encontrava-se uma garota dona de um ondulado cabelo marrom, tagarelando com os próximos sobre as listas de coisas que pretendia fazer durante a vida escolar e suas aventuras, fazendo poucas pausas antes de falar novamente. Quando ambos os olhares se encontraram, a snape ergueu a sobrancelha curiosamente.

-Suas histórias dariam uma bela peça de teatro, posso saber o nome da maritaca? - brincou descontraída.

-Perdão por estar atrapalhando - sorriu sem graça, coçando a nuca - às vezes preciso que alguém desligue o botão de fala - apontou o dedo para suas costas, fazendo referência ao botão imaginário- Enola Sinclair, a sua disposição para fofocar ou descobrir novas coisas... se for do seu interesse, é claro! Teatro não é meu forte, prefiro investigação - passou a mão frente ao rosto, fazendo drama.

A grisalha sorriu amigável, demonstrando que não havia nenhum problema. Seguiu dando um passo à frente, depois que uma garota chamada Hermione Granger saiu de onde estava para sentar no pequeno banco.

-Enola? - respondeu curiosamente - sua mãe se sentia sozinha e por isso colocou esse nome em você? Não se preocupe, veja pelo lado bom! Agora não está só - fez referência ao jogo de palavras com o nome dela - espero que a maritaca esteja na posição para fazer as duas coisas - indicou, fazendo o número com a mão - Seraphine Snow.

Enola se aproximou dela, envolvendo o braço no ombro esquerdo como se fossem velhas amigas.

-Uau, impressionante - sua boca abriu em um" O" - poucas pessoas conseguem sacar isso, não sei ao certo... estamos sempre juntas - deu de ombros - espero que tenha razão. Agradeço por não me olhar feio que nem eles - murmurou, olhando para os próximos de soslaio - é um prazer conhecê-la, Seraphine