Os Diaz sempre pioram tudo.

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Os pais de Eddie chegaram no domingo, o que definitivamente prejudicou sua recém-descoberta felicidade. Eles não ficariam em sua casa, mas Eddie disse que eles encontrariam qualquer oportunidade para aparecer inesperadamente.

Eddie pediu que ele evitasse a casa durante a visita, pelo bem de Buck, não pelo seu, ele insistiu.

“Eles vão apenas dizer algo desagradável para você e eu vou repreendê-los, então é uma briga”, ele explicou quando estavam aninhados no sofá juntos na noite anterior à chegada de Helena e Ramon. Ele estava acariciando as costas de Buck confortavelmente, claramente preocupado que Buck ficaria magoado com seu pedido. “Eu não quero te puxar para isso se, eu puder evitar.”

Buck não se importou, muito. Claro, em algum momento ele pensou que era bem inevitável que ele conhecesse os pais de Eddie, ele teria se eles tivessem continuado amigos, provavelmente. Conhecê-los agora, quando o status do relacionamento deles estava no ar? Não, obrigado.

O próprio Eddie havia explicado, com pesar, as palavras de sua mãe sobre como Ômegas deveriam ser apenas mulheres, e suas preocupações sobre ele trabalhar com um Ômega. Não era nada que Buck não tivesse ouvido antes. Ele supôs que tinha que ser grato por Eddie, nunca ter tratado ele (ou qualquer outro Ômega) daquele jeito.

No entanto, a ideia de que os pais de Eddie provavelmente nunca o aprovariam afundou em seu estômago como um bloco de chumbo derretido. Ele odiava a ideia de causar um conflito como aquele para Eddie, e se perguntava se isso incomodava Eddie mais do que ele estava deixando transparecer. Eddie obviamente os amava, e eles queriam se envolver na vida dele e de Chris. Mas Eddie também tinha um muro protetor de um quilômetro de largura, e parecia determinado a defender Buck em todas as oportunidades. Era maravilhoso, e dava a Buck a mesma sensação de segurança que ele sentia de sua matilha, mas... Buck não sabia se seria capaz de se perdoar se ele colocasse uma cunha na família de Eddie.


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A visita realmente desacelerou as coisas em toda a coisa do namoro. Com Ramon e Helena por perto, era difícil para Buck e Eddie encontrarem tempo sozinhos juntos fora do trabalho.

Mas Eddie estava determinado. Ele cortejava Buck do mesmo jeito que fazia todo o resto: com amor. 

Na segunda-feira, Buck chegou ao trabalho e encontrou um lindo buquê de flores em seu armário. Ele corou e gaguejou para a equipe que elas deviam ser de uma grata vítima de resgate, enquanto Eddie observava do canto com um sorriso presunçoso no rosto.

(Ele pode ou não ter encurralado Eddie, em um depósito para agradecê-lo com uma sessão de amassos enérgica, mas muito silenciosa, antes do sinal tocar). 

Quando chegou em casa naquela noite, um pacote na porta revelou um par de luvas de ginástica novinho em folha: ele não tinha ideia de como Eddie tinha prestado atenção suficiente para ver o quão desgastado estava o conjunto favorito de Buck.

Na terça-feira, todos eles tiveram um turno difícil, muitos acidentes, erros estúpidos que levaram a mortes evitáveis... e crianças feridas. 

Era horrível quando eram crianças.

Não havia presentes ou encontros para ele naquele dia, na verdade, Buck aproveitou a oportunidade para cuidar de Eddie. Ele já estava um pouco nervoso com os pais na cidade, mas agora isso? Eddie sempre ficava quieto e reservado depois de ligações com crianças; especialmente meninos e especialmente se tivessem a idade de Chris. Isso não era nenhuma surpresa, é claro, mas ainda fazia Buck doer saber que ele estava sofrendo.

Ele encontrou Eddie sentado no beliche com o telefone na mão, folheando fotos de Chris e da linda morena que Buck reconheceu das fotos espalhadas pela casa: Shannon.

“Ele está bem,” Buck sentou-se ao lado dele e curvou uma mão em volta da coxa de Eddie. “Eddie, ele está bem.”

“Ela não está” a voz de Eddie estava tão baixa que Buck mal a ouviu. Ele olhou para o telefone. Shannon realmente tinha sido uma mulher linda, especialmente quando ela deu um sorriso radiante para o bebê em seus braços. “E tudo o que foi preciso foi ela atravessar a rua, assim como aquela criança hoje.”

Buck suspirou pesadamente enquanto pensava na cena. O garoto que não podia ter mais de dez anos, tinha corrido para a rua atrás de uma bola. Não havia nada que alguém pudesse fazer por ele.

Gentilmente, ele puxou a mão de Eddie para longe do telefone e curvou os dedos em volta dela, deixando suas mãos entrelaçadas pousarem na perna de Eddie. Ele se aproximou e deitou a cabeça no ombro de Eddie.  

Não havia muito a dizer nessas situações. Atitudes bem-intencionadas não os levavam a lugar nenhum, ele sabia disso por experiência própria. Isso não impediria Eddie de repassar a ligação em sua cabeça, ou de perder Shannon.

"Estou bem, querido", Eddie pigarreou e ficou um pouco tenso, como se estivesse tentando se livrar de algo.

“Tudo bem” Buck apertou sua mão. “Mas você não precisa está. Você não precisa bancar o Alfa grande e forte o tempo todo. Não comigo.”

Demorou um momento para Eddie lutar consigo mesmo, antes de suspirar e relaxar no abraço de Buck. Seu aperto na mão de Buck aumentou, a voz molhada quando ele disse: "Obrigado."

Sempre, de todas as maneiras  - Buddie Onde histórias criam vida. Descubra agora