Quando a vida de Cecília é virada de cabeça para baixo após receber notícias que moldam a trajetória de seu futuro, ela encontra o farol na escuridão em alguém que não esperava: Chico Moedas.
Mas será que Cecília está realmente pronta para se abrir...
parte 2 de 4. caso não tenha lido o capítulo anterior, certifique-se de ler para entender esse!
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EU NÃO ME LEMBRO DE CHEGAR ali, mas estávamos todos em um hospital. Eu não entendia porra nenhuma do que estava acontecendo.
— Vocês estão com a Cecília, certo? -Um médico chega até nós, e eu imediatamente me levanto, junto de todos os outros.
— Sim, estamos. -Maciel diz.
— Qual a relação de vocês com ela? -O homem questiona, e eu tenho vontade de socar a cara dele.
— Eu sou o namorado. Todos os outros são da família. -Eu digo enfim, e ele assente.
— Bom, de início pensamos que o desmaio poderia ter relação com a condição de Cecília. Mas depois de muitos exames, achamos que o desmaio está relacionado com ansiedade. Vocês sabem se a Cecília passou por um grande estresse ou algo que a deixasse mal? -Ele questiona, e nós assentimos.- Isso não pode acontecer. Cecília precisa ficar o mais tranquila possível durante essa fase do tratamento. Isso é crucial. -Ele explica, e eu me vejo mais confuso ainda.
— Me desculpa, que tratamento? -Eu questiono, e vejo Maciel ficando imediatamente desconfortável.
— Cecília está fazendo o tratamento contra leucemia. -Ele diz, e então o mundo parece parar mais uma vez.
— O que? -Eu questiono, me sentando na cadeira.
— Eu vou deixar vocês conversarem. Cecília pode receber visitas, mas tentem ser gentis, ela ainda está um tanto fragilizada. -Ele explica de forma rápida, saindo em seguida quando seu nome ecoa pelo hospital, alguém estava o chamando.
— Você sabia disso! -Eu digo para Maciel, que assente.- Como você não me contou?
— Não cabia a mim, Chico. A Cecília me fez jurar. -Ele explica, e eu percebo que estava chorando.
— Como você pôde deixar eu criar sentimentos por ela sem me contar isso?! -Eu questiono, e os caras me encaram assustados.- O que foi, porra?!
— Você acabou de admitir o que sente. -Beltrão diz, e eu suspiro.
— Caralho, é isso? Pareceu até que alguém tinha morrido.
— Você já sabia que se sentia assim? -Pig questiona, e eu dou de ombros.
— Sei lá. Eu acho que lá no fundo, sim. Mas foi estranho falar isso em voz alta. Um estranho bom. -Eu digo.- Como ela não me contou? Eu não entendo por que ela quis passar por isso sozinha. -Eu digo, pensando no quão difícil deve ter sido.
— Chico, isso é algo que só ela pode responder. Mas você precisa ter certeza do que sente antes de falar com ela. Por que eu juro pra você que se você magoar aquela garota e deixá-la sozinha por causa desse câncer... -Maciel diz, deixando no ar.
