Eu entrei no meu carro alugado na grande Paris, as ruas estavam lotadas, tornando a locomoção difícil. Eu estava completamente consciente desse problema, por isso me certifiquei de sair duas horas antes do jogo BrasilXEUA do vôlei masculino.
Enquanto a rua estava parada, liguei o bluetooth, colocando minha playlist de sertanejo no modo aleatório. Gelei quando tocou "Quase Algo" do Henrique & Juliano, essa me pegava muito!
Mas, eu travei justamente pelo cenário em que eu estava encurralada, meu quase algo estava em Paris e com certeza iria ver o jogo do meu irmão, que por acaso era seu melhor amigo.
Neguei, acelerando assim que o sinal abriu, já percebendo que iria ter que parar de novo. Dessa vez, abri o espelho e passei meu gloss. Nunca fui de me maquiar, ainda mais agora que eu estava bem bronzeada, perdi todas as minhas bases e não tive tempo de comprar novas.
Como planejado, o percurso durou praticamente uma hora, e, por uma brincadeira do destino, a primeira música repetiu três vezes! Não sei como, já que minhas playlist tem 16h de música.
Assim que entrei no ginásio, notei que ele estava vazio. Cacei meu irmão e meu pai naquela quadra, mas eu era míope e meu óculos ficou no Brasil, foi uma missão bem difícil.
Entrei na quadra e meu pai deixou um beijo sobre minha cabeça, me abraçando de lado.
— Como eles estão? — eu perguntei, enquanto meu pai dava leves apertos no meu braço.
— Nervosos, mas com a vitória do último jogo, confiantes — ele encostou a cabeça na minha massageando meu braço.
Sorri quando Bruninho me viu, correndo me abraçar, ele costumava ser bem grudento mas eu também era, então era um equilíbrio. Ele me agarrou, me erguendo no ar, me fazendo gargalhar.
— Tudo em cima, Bruno? — eu sorri, dando um saquinho em seu peito.
— Tudo lá em cima — ele apontou para o céu e nós fizemos o sinal da cruz ao mesmo tempo — o Medina vai vir hoje, senta com ele.
Eu suspirei, e concordei com a cabeça. Nunca contei para o Bruno sobre o nosso quase algo, entre eu e o Medina. Ele provavelmente surtaria, e eu preferi não atiçar antes do namoro. Então, toda vez que o Gabriel aparecia em nossas vidas, meu irmão queria que eu ficasse com ele.
— Filha? — meu pai me chamou e eu me virei em sua direção, piscando rapidamente ao lembrar da nossa história — consegue dar uma olhada no pé do Darlan? To achando meio inchado.
Eu concordei, e fui em direção ao rapaz. Ele sempre tinha um sorriso reconfortante no rosto e um humor contagiante, não demorou para eu esquecer o surfista medalhista.
Eu era fisioterapeuta fazia alguns anos, por isso meu pai sempre mandava eu olhar os meninos a qualquer sinal de lesão. Eles eram como filhos para o meu pai, assim como eu e Bruninho, ele sempre foi extremamente atento aos mínimos detalhes na nossa saúde física.
— Como cê tá, menino Darlan? — eu deixei um soquinho em seu ombro, sentando em sua frente, passando cada perna ao redor do banco — tá doendo?
— Tá nada, gata! Se pai que é meio coruja — ele piscou, jogando seus braços para trás se apoiando neles, deixando seu corpo inclinado.
— É melhor do que aparecer com uma lesão né, gato — peguei seu pé em minhas mãos e encarei ele, estava meio inchado mesmo, mas nada com que precisasse se preocupar — já experimentou lavar o pé?
— Ô doutora, se já viu o tanto que suo? — ele se explicou e eu sorri com a leveza do rapaz, massageei por um tempo pegando um gelo da térmica que tinha ali — ui doutora, geladinho.
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that ex - imagines diversos
Romanceonde, a partir de músicas, escrevo imagines com pessoas famosas e celebridades. ou onde, eu crio um cenário e enredo, para músicas quaisquer. start: 07/08/2024 finished: ??/??/??