conexões da primavera

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Os dias começaram a passar de maneira diferente para Danielle

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Os dias começaram a passar de maneira diferente para Danielle. A cada manhã, ao abrir o Café das Flores, ela se pegava pensando se aquele seria o dia em que Haerin apareceria. E, na maioria das vezes, seus pensamentos se concretizavam. Haerin se tornara uma presença constante, quase como uma peça que faltava no quebra-cabeça da rotina de Danielle.

Certa manhã, Danielle estava organizando as flores nas mesas quando ouviu o som familiar do sino da porta. Ela se virou com um sorriso que se tornou natural sempre que via Haerin. Mas, dessa vez, havia algo diferente. Haerin parecia nervosa, um pouco fora do lugar.

“Bom dia, Haerin,” Danielle cumprimentou, tentando parecer casual.

“Bom dia,” Haerin respondeu, a voz suave, mas com um toque de hesitação. “Eu... estava pensando. Você tem um tempo hoje à tarde? Gostaria de... me acompanhar em um lugar?”

Danielle ficou surpresa com o convite inesperado, mas não deixou que a surpresa transparecesse. “Claro! Onde você quer ir?”

Haerin parecia aliviada com a resposta positiva. “Eu estava pensando em visitar um lugar que... me ajuda a clarear a mente. Achei que você talvez gostasse também.”

Danielle assentiu, intrigada. “Me parece ótimo. Eu posso fechar o café um pouco mais cedo hoje. Me diga onde e eu te encontro lá.”

Haerin sorriu, um sorriso pequeno, mas genuíno. “Perfeito. Vamos ao Parque Namsan. Conhece?”

Danielle sorriu de volta. “Sim, conheço. Estarei lá.”

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[Mais tarde, naquela tarde...]

Danielle caminhava pelas trilhas do Parque Namsan, o ar fresco da primavera enchendo seus pulmões enquanto ela se aproximava do local combinado. O parque estava vibrante, com flores de cerejeira em plena floração, suas pétalas caindo suavemente como neve cor-de-rosa ao redor dela. Era um cenário perfeito, quase como se tivesse sido tirado diretamente de uma de suas fantasias.

Ao longe, ela avistou Haerin parada ao lado de uma árvore alta, olhando para a cidade abaixo. Seul se estendia em todas as direções, um mar de prédios e ruas movimentadas que contrastavam com a tranquilidade do parque.

“Oi,” Danielle chamou, se aproximando.

Haerin se virou, sorrindo quando a viu. “Oi. Eu gosto de vir aqui quando preciso pensar. O parque é tranquilo, mas também me lembra que o mundo lá fora continua, mesmo quando me sinto presa em meus pensamentos.”

Danielle assentiu, entendendo o que Haerin queria dizer. “É um belo lugar. E acho que todo mundo precisa de um refúgio como esse de vez em quando.”

As duas começaram a caminhar lado a lado, em silêncio por um tempo. A presença de Haerin era confortável, mesmo sem palavras, e Danielle sentiu que não precisava forçar uma conversa. Era como se o simples fato de estarem juntas já fosse suficiente.

Finalmente, Haerin quebrou o silêncio. “Sabe, eu estava pensando muito sobre o que conversamos outro dia no café. Sobre... não precisar enfrentar tudo sozinha.”

Danielle olhou para ela, esperando que continuasse.

“Eu não sou boa em pedir ajuda,” Haerin admitiu, seus olhos fixos no caminho à frente. “Sempre senti que precisava lidar com tudo por conta própria. Mas... talvez eu esteja começando a perceber que há pessoas que se importam comigo, que querem me ajudar.”

Danielle sorriu suavemente. “Eu entendo o que você quer dizer. E fico feliz que você esteja começando a ver isso. Ninguém precisa passar por tudo sozinho.”

Haerin parou por um momento, virando-se para olhar diretamente nos olhos de Danielle. “Eu só... quero agradecer por estar ao meu lado, mesmo que a gente não se conheça há tanto tempo assim.”

Danielle sentiu uma onda de calor no peito. “Você não precisa me agradecer, Haerin. Eu gosto da sua companhia, e estou feliz por poder estar aqui para você.”

Haerin parecia querer dizer mais, mas hesitou, como se estivesse lutando com suas próprias emoções. Em vez disso, ela apenas assentiu e continuou andando, agora com um leve sorriso no rosto.

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[Mais tarde, no mesmo dia...]

O passeio pelo parque foi seguido por uma visita a um pequeno café escondido em uma rua tranquila. Haerin parecia mais relaxada agora, e as duas conversaram sobre coisas mais leves — filmes, livros e até sobre os clientes do Café das Flores. Danielle se pegou rindo mais do que o normal, sentindo-se confortável e feliz.

Enquanto tomavam chá, Haerin mencionou algo que pegou Danielle de surpresa.

“Estou pensando em escrever algo diferente,” Haerin disse, olhando para a xícara em suas mãos.

“Diferente como?” Danielle perguntou, curiosa.

“Algo mais pessoal. Algo que... capture o que estou sentindo agora, com todas essas mudanças. Talvez até algo inspirado em... nós.”

Danielle ficou em silêncio por um momento, processando as palavras de Haerin. “Isso soa... maravilhoso. Eu adoraria ler algo assim.”

Haerin sorriu, corando levemente. “Então, talvez, você será a primeira a ler quando eu terminar.”

Danielle assentiu, sentindo o coração bater mais rápido. “Eu vou adorar.”

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[De volta ao Café das Flores...]

Ao final do dia, quando o café estava fechado e o silêncio novamente dominava o espaço, Danielle se pegou pensando em Haerin e no dia que passaram juntas. Havia algo especial naquela conexão, algo que ia além das palavras.

Ela sabia que, aos poucos, suas vidas estavam se entrelaçando de uma maneira que ela não podia mais ignorar. E, pela primeira vez em muito tempo, ela se permitiu imaginar um futuro diferente, um futuro em que aquele sentimento florescesse, assim como as flores que ela tanto amava.

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Flores da primavera. - Daerin!Onde histórias criam vida. Descubra agora