Florescer de sentimentos

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Os dias seguintes ao passeio no Parque Namsan passaram como uma brisa suave para Danielle. Cada manhã no Café das Flores parecia mais brilhante, mais cheia de vida, e cada visita de Haerin era aguardada com uma mistura de ansiedade e alegria. Hanni, sempre observadora, não deixou de notar a mudança no humor de Danielle e, como de costume, decidiu fazer algo a respeito.

“Dani, precisamos conversar,” Hanni anunciou certa manhã, enquanto o café ainda estava relativamente vazio. Ela se aproximou de Danielle com um olhar determinado.

Danielle suspirou, já prevendo o que viria. “Hanni, o que foi agora?”

Hanni sorriu, maliciosa. “Eu só queria dizer que você tem andado muito... radiante ultimamente. E acho que tem a ver com uma certa escritora misteriosa.”

Danielle corou, desviando o olhar para as flores que estava organizando. “Não é nada disso, Hanni. Nós só... estamos nos conhecendo melhor.”

“Ah, claro,” Hanni disse, revirando os olhos de maneira exagerada. “Conhecendo melhor. E vocês têm se conhecido tanto que agora estão basicamente namorando sem nem perceber.”

Danielle tentou disfarçar o riso, mas acabou soltando uma risada curta. “Você está exagerando. E mesmo que estivesse certa... não sei se Haerin está pronta para algo assim. Ela ainda tem muitas coisas para resolver.”

Hanni inclinou a cabeça, pensativa. “Sabe, às vezes as pessoas precisam de um empurrãozinho. E quem disse que você precisa esperar tudo estar perfeito para tentar?”

Danielle refletiu sobre as palavras de Hanni. Era verdade que ela sentia algo forte por Haerin, mas também sabia que a escritora estava passando por um momento delicado em sua vida. Ao mesmo tempo, a ideia de esperar indefinidamente por um momento ideal também parecia impraticável.

Antes que Danielle pudesse responder, o sino da porta tocou, e Haerin entrou no café, trazendo consigo a brisa fresca da manhã. Seu olhar encontrou o de Danielle, e ela sorriu de uma maneira que fez o coração de Danielle acelerar.

“Bom dia,” Haerin cumprimentou, aproximando-se do balcão.

“Bom dia,” Danielle respondeu, tentando manter a compostura. “O de sempre?”

Haerin assentiu. “Por favor. E, se não for muito incômodo, gostaria de conversar com você sobre algo.”

Danielle percebeu a seriedade na voz de Haerin e ficou instantaneamente preocupada. “Claro, vamos para aquela mesa ali no canto. Hanni, pode cuidar do café enquanto conversamos?”

Hanni assentiu rapidamente, lançando a Danielle um olhar que dizia “Eu avisei.”

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[Na mesa do canto...]

Danielle e Haerin se sentaram em uma das mesas mais afastadas, longe da movimentação dos clientes. Haerin parecia nervosa, brincando com o anel em seu dedo enquanto organizava os pensamentos.

“Eu... estive pensando muito nos últimos dias,” Haerin começou, sua voz baixa, mas firme. “Sobre tudo o que conversamos, sobre o que estou sentindo... e sobre você.”

Danielle sentiu seu coração dar um salto, mas se manteve calma. “E o que você tem pensado?”

Haerin olhou para ela, seus olhos cheios de uma mistura de incerteza e determinação. “Eu nunca fui boa em expressar o que sinto. Sempre escondi meus sentimentos atrás das palavras que escrevo. Mas com você... é diferente. Eu me sinto exposta, de uma maneira que me assusta, mas ao mesmo tempo... é libertador.”

Danielle ouviu atentamente, tentando processar o que Haerin estava dizendo. Ela podia ver o esforço que Haerin estava fazendo para se abrir, e aquilo a tocou profundamente.

“Eu sei que sou complicada,” Haerin continuou, um sorriso sem humor aparecendo em seus lábios. “Tenho meus bloqueios, meus medos... Mas, Danielle, eu não posso mais fingir que não sinto algo por você. Desde que te conheci, minha vida tem mudado de maneiras que eu nunca imaginei.”

Danielle sentiu uma onda de emoção percorrer seu corpo. Ela queria responder, queria dizer que sentia o mesmo, mas as palavras pareciam presas em sua garganta. Em vez disso, ela pegou a mão de Haerin, entrelaçando seus dedos suavemente.

“Você não é complicada, Haerin,” Danielle disse finalmente, sua voz suave. “Você é alguém incrível, que só precisa de tempo para se encontrar. E eu... eu quero estar ao seu lado, se você me permitir.”

Haerin olhou para as mãos entrelaçadas e, por um momento, pareceu perdida em seus pensamentos. Então, lentamente, ela sorriu, um sorriso genuíno e cheio de esperança.

“Eu gostaria disso, Danielle. Gostaria de tentar, mesmo que ainda esteja aprendendo como fazer isso.”

Danielle sentiu uma onda de alívio e alegria ao ouvir aquelas palavras. Era o começo de algo novo, algo que ambas desejavam, mesmo com as incertezas que poderiam vir.

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[Mais tarde, naquele dia...]

Depois de sua conversa, o restante do dia no café passou em uma espécie de névoa para Danielle. Ela mal conseguia se concentrar no trabalho, seus pensamentos constantemente voltando para Haerin e para o que elas haviam compartilhado naquela manhã.

Hanni, claro, percebeu a mudança na amiga e não hesitou em se aproximar.

“Então, o que aconteceu?” Hanni perguntou com um sorriso curioso, enquanto ajudava Danielle a limpar as mesas.

Danielle sorriu, incapaz de esconder sua felicidade. “Eu acho que... estamos finalmente nos entendendo. E vamos ver onde isso vai dar.”

Hanni deu uma risada satisfeita. “Sabia que mais cedo ou mais tarde vocês duas iam perceber o que estava na cara o tempo todo.”

Danielle riu junto, sentindo-se mais leve do que nunca. Ela sabia que ainda havia um caminho a ser percorrido, mas, pela primeira vez, sentia que estava no caminho certo, e que, com Haerin ao seu lado, aquele caminho poderia ser muito mais bonito do que ela jamais imaginou.

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Flores da primavera. - Daerin!Onde histórias criam vida. Descubra agora