▪️ capítulo 04 ▪️

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Louis

Hush, um clube de sexo de propriedade de um bom amigo meu, é aqui que venho quando preciso liberar a besta. Companheiros dispostos se alinham para saciar meus desejos sombrios aqui. No entanto, hoje à noite, não estou com cabeça pra isso. Estou preocupado com um filho da puta em particular que, por acaso, está explodindo no sistema estéreo com sua nova música bombando nas paradas agora.

Eu odeio saber disso. Saber quais são as músicas dele, quão bem ele está, o que está fazendo, onde está fazendo.

Eu sou o caçador ou a presa?

Deveria me concentrar no meu novo caso, mas estou longe de me concentrar ultimamente. Minha mente está tomada como um oceano furioso, pronto para arrebentar sobre a praia, apenas para ver se um determinado garoto consegue aguentar a onda em que estou pronto para mergulhá-lo.

As letras cantam da sala, me provocando, sua voz rouca acariciando o lugar em um tom sexy, definindo o clima. Isso me lembra da pulsação depois de uma foda violenta, e não consigo parar de pensar em ter aquele garoto preso na parede.

A sua atitude autodestrutiva e quebrada fala com o curandeiro dentro de mim, com o detetive predisposto a dissecar e encontrar uma solução satisfatória. Mas aquele sorriso maldito e desobediente fala com o Dom que eu sou. Me faz querer algema-lo, ensiná-lo todas as maneiras que eu posso deixa-lo de joelhos e fazê-lo implorar pelo meu castigo firme.

— Outra? – Zayn fala, me lembrando de que não estou sozinho. Coloco minha garrafa de cerveja nos lábios e bebo o resto do líquido.

— Não, eu quero manter a cabeça limpa.

Ele está sorrindo. Posso sentir isso em seu tom quando ele diz:

— Grandes planos hoje à noite? Levi está de olho desde que você se sentou. – Sigo o caminho de seu olhar para Levi, o barman que vem tentando me levar para a cama desde o início dos tempos.

Não gosto de brincar com a equipe de Liam. É desrespeitoso para ele e sempre levará ao drama. Levi sem dúvida seria uma boa foda, mas isso é tudo que eu quero dele: arruiná-lo para outros homens. Eu sei que ele seria um daqueles caras pegajosos pensando que eles têm o que é preciso para me manter ligado a um homem. Isso não é algo que eu estou interessado agora.

O assento ao meu lado afunda quando Liam se junta a nós, colocando outra rodada de cervejas na mesa antes de jogar o braço sobre a parte de trás do meu assento. Ele acena para o bar onde Levi ainda está olhando para cá.

— Você está distraindo meu barman de novo – ele brinca.

— O que posso dizer? Eu sou atraente. – Dou de ombros, revirando os ombros para aliviar a tensão que cresce lá. Não é Levi que eu quero. A voz de Harry torna a ecoar o refrão da música que ecoa contra as paredes. Preciso tirar esse merdinha da porra do meu sistema.

— Então, eu queria falar com você sobre uma coisa – Liam anuncia, inclinando-se para frente, os braços descansando sobre a mesa, a cabeça levemente inclinada.

Levanto uma sobrancelha, intrigado. Zayn se inclina do meu outro lado, curiosidade chamando-o.

— Digamos que o fetiche de uma mulher é uma encenação... de estupro – ele sussurra, como se alguém desaprovasse essa merda aqui. Claro, sempre há um tabu acerca de Consensual Non Consensual, mas estamos na porra de um clube de sexo, é sadio falar de todos os tipos de fetiche sem pré julgamentos. — Qual é o protocolo para esse tipo de coisa?

Eu levanto a mão, para então demonstrar meu ponto. — Desde que você tenha consentimento, tudo bem.

— Mas isso não é algo que se oferece aqui? – Zayn esclarece, mas ainda sim colocando como uma pergunta, ele parece incerto. Se é, não é algo que sabemos e, considerando que somos seus melhores amigos e estamos aqui desde que o local foi inaugurado, acho que saberíamos.

HURT ME | l.s versionOnde histórias criam vida. Descubra agora