CHAPTER 𝐈𝐗.

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 O Natal está se aproximando. Nesta manhã de 23 de dezembro, Hogwarts está coberta com mais de um metro de neve. O lago está congelado e tudo está muito lindo decorado para o Natal. As poucas corujas que conseguem se orientar no céu tempestuoso para entregar correspondência têm de ser tratadas por Hagrid para recuperar a saúde antes de voltarem a voar.

Todos mal aguentavam esperar as férias de Natal. E embora a sala comunal da Grifinória e o Salão Principal tivessem grandes fogos nas lareiras, os corredores varridos por correntes de ar tinham se tornado gélidos e um vento cortante sacudia as janelas das salas de aulas.

Algumas meninas do meu dormitório estão arrumando as malas para irem para casa depois almoço e eu estou sentada na minha cama mexendo nas minhas coisas, quando sinto um papel. O que é que James e Sirius colocaram de "divertido" na minha bolsa dessa vez? Quando ergo o papel vejo que é a carta da minha mãe, havia me esquecido dela. Começo a me animar.

— Vai passar o natal na escola, Bri? — pergunta Lily, fechando sua mala e vendo que estou deitada na minha cama.

— Na verdade, acho que não — sorrio, olhando a caligrafia da minha mãe várias vezes. — Minha mãe me convidou para ir para lá, então imagino que nesse Natal tiveram folga!

— Que bom! — exclama Lily, se sentando na minha frente — O que acha de eu te ajudar nas suas malas, e depois irmos para o jardim? Podemos fazer um boneco de neve!

— Acho uma ótima ideia — digo, já começando a arrumar minhas coisas.

Depois de tudo pronto, nós colocamos roupas bem quentes e descemos para os jardins. Estava tudo completamente branco da neve, e muito frio. Sinto meu nariz ficar gelado, e tento esquentar dando pulinhos e tampando o rosto com as luvas.

— Está animada para encontrar sua família novamente? — pergunto a Lily. Seu cabelo é tão realçado no branco, que me lembra o fogo da lareira.

Começo a fazer o corpo do boneco de neve, esperando a resposta. Nunca fiz um boneco de neve com uma amiga, e ver isso acontecer agora é como um sonho.

— Com certeza! Não vejo a hora de contar tudo da escola para eles — ela conta, procurando galhos e pedrinhas no chão.

— Hum... como acha que sua irmã vai reagir? — pergunto, cautelosa.

Sua expressão fica séria.

— Eu... eu não sei... ela deve reagir como sempre reage. Sai batendo o pé para o quarto, dizendo que sou um monstro — murmura Lily, voltando para perto com os braços do boneco, os botões e o rosto dele.

— Como ela tem coragem de falar isso? — pergunto, fazendo uma careta — Você é incrível Lily, nunca seria um monstro.

— Obrigada — ela diz, sorrindo tristonha, enquanto terminamos o boneco de neve.

— Não se preocupe com ela — digo, depois de terminarmos, passando a mão por seu ombro e apoiando minha cabeça nela.

— É, tenho que superar alguma hora, acho que ela nunca vai mudar — responde ela, deitando a sua cabeça na minha.

— Mas olhe, nosso boneco ficou magnífico — digo, fazendo movimentos com as mãos de "brilhinhos".

— Eae, Howard! — grita alguém, no momento que uma bola de neve bate na minha cabeça e Lily aponta para trás de mim.

Eu arregalo os olhos, me virando.

— BLACK! EU TE MATO — eu grito, pegando um punhado de neve e correndo atrás dele.

One more marauder | Marauders eraOnde histórias criam vida. Descubra agora