Mia e Billie finalmente alcançaram o que tanto lutaram para construir: uma vida estável e feliz. Após cinco anos de casamento, elas estão mais fortes do que nunca, criando seus dois filhos na segurança de sua luxuosa mansão na ensolarada Califórnia...
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Emília.
- Eu perguntei... Que porra você pensa que tá fazendo?! — Ela repetiu pausadamente, aproximando seu rosto do meu, me possibilitando sentir seu hálito quente contra o meu rosto.
Ah, puta merda, eu juro que, se ela me apertasse mais um pouquinho, tenho certeza de que, a qualquer momento, eu iria gozar.
Apesar de odiar essas duas com todas as minhas forças, algo em mim acendia quando chegava perto de ambas. Meu corpo reagia sozinho, mesmo evitando ao máximo pensar no quanto essa situação toda era excitante.
Senti meus pés desgrudarem um pouco do chão e minha respiração começar a se esvair.
Mantive meus olhos fixos nos dela e forcei a minha melhor cara de desespero, antes de puxar o resto de ar que ainda tinha para tentar responder.
- S-senhora, eu não sei do que você tá falando... — Tentei terminar, mas o aperto aumentou, e logo senti minha cabeça ser batida contra a parede com força.
Soltei um resmungo baixo de dor com o impacto e fechei os olhos por alguns segundos, segurando o braço forte de Billie que me apertava.
- Não fode comigo, Emília, você sabe exatamente do que eu tô falando! Eu sou casada, caralho! Muito bem casada.
Senti o ódio crescer dentro de mim e me controlei ao máximo, cerrando os dentes com força enquanto tentava me concentrar em respirar, mesmo que fosse impossível.
Seus olhos azuis estavam cravados em mim e seus lábios rosados extremamente próximos aos meus. E, ao mesmo tempo que eu sentia ódio, eu também sentia tesão, muito tesão.
Saber que estávamos sozinhas naquele corredor, que ela estava me apertando com força no escuro, que iria me deixar marcada, fazia com que minha buceta literalmente pulsasse.
Se eu não tivesse que manter as aparências, eu juro que a agarraria com tudo agora.
- S-senhora, eu não fiz nada... eu não sei do que você tá falando, mas... mas me desculpa... — Falei com dificuldade, levando minhas mãos às dela, tentando me soltar. — E-eu... eu não tô conseguindo respirar... por favor...
- Foda-se que você não tá conseguindo respirar! Você passou de todos os limites, Emília! — Senti seus dedos afundarem ainda mais no meu pescoço. — Que merda você pensa que tava fazendo, passando a porra do seu pé na minha perna, caralho? — Minha cabeça foi batida contra a parede mais uma vez, e eu senti minha visão ficar levemente embaralhada.
- S-senhora... por favor... — murmurei quase sem ar.
O'Connell não diminuía o aperto por nada; pelo contrário, ela apertava meu pescoço cada vez mais, e eu sentia perfeitamente seus dedos cravando na minha pele.
O rosto dela estava fechado, fervendo de raiva, e, mesmo eu não tendo mais ar para respirar, pude perceber que seus olhos a traíam.
Seu olhar firme se intercalava entre meus olhos e meus lábios, que estavam abertos buscando por ar. Ela percorria todo o meu rosto com os olhos, como se estivesse analisando cada expressão minha, cada suspiro entrecortado que saía da minha boca.
