Mia e Billie finalmente alcançaram o que tanto lutaram para construir: uma vida estável e feliz. Após cinco anos de casamento, elas estão mais fortes do que nunca, criando seus dois filhos na segurança de sua luxuosa mansão na ensolarada Califórnia...
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Emília. cinco anos atrás.
Olhei uma última vez para a entrada da boate que Reneé havia me dado o endereço e respirei fundo, ajeitando os óculos escuros.
Vi a tal de O'Connell sair da boate e entrar no carro apressada, arrancando com o veículo logo em seguida, exatamente como Reneé havia dito que aconteceria.
Para minha sorte, estava na hora da troca de turno dos seguranças da boate, e isso significava que era a minha hora de agir. Por mais nervosa que eu estivesse, não podia dar para trás, não agora, não enquanto Reneé estava confiando em mim para fazer isso por ela.
Os seguranças finalmente saíram, e eu desci do carro rapidamente, ouvindo apenas os meus próprios passos. Abri o porta-malas e peguei dois galões de gasolina de três litros, e andei em direção à parte de trás da boate, onde a loira disse que estaria o carro.
Cheguei ao estacionamento dos fundos da boate e vi o carro da Mia, estacionado um pouco afastado dos outros veículos. Meu coração acelerou enquanto me aproximava.
Sem hesitar, comecei a despejar a gasolina ao redor do carro. Não preciso dizer que a adrenalina, o medo e o nervosismo corriam soltos por mim. Eu ainda estava aprendendo, ainda estava pegando o jeito, e quando Reneé designou essa tarefa a mim, eu me senti abençoada, privilegiada, por mais uma vez poder mostrar a ela o quanto eu era boa, para ela e para seus negócios.
Depois de despejar tudo, levei a mão ao bolso do moletom, puxando um isqueiro. Meu coração batia descompassado, mas não como quando Reneé me beijou. Acho que nunca mais vou sentir aquilo na minha vida de novo.
Finalmente, segurei o isqueiro e, com um movimento decidido, o acendi, vendo a pequena chama aparecer. Esperei mais alguns segundos enquanto me preparava mentalmente, e sorri, jogando o isqueiro sobre o carro.
A chama logo começou a se espalhar, e eu rapidamente voltei para o meu carro às pressas. Sim, Reneé havia me ensinado a dirigir. Ela sempre me ensinou tudo. E tudo o que eu fazia era por ela.
Liguei o carro, dando partida na mesma hora, mas não sem antes ouvir a explosão e ter certeza de que tudo havia ocorrido bem.
Dirigi rapidamente para o depósito dela. Eu só conseguia pensar nela, em como ela iria me elogiar e passar a mão sobre o meu rosto, me acariciando e dizendo as coisas maravilhosas que só ela sabia dizer.
Cheguei ao depósito e estacionei o carro, ainda tremendo um pouco. Quando entrei, Reneé estava lá, me olhando com um olhar firme, mas eu podia ver um pequeno sorriso no canto de sua boca.
Me aproximei devagar, e ela abriu os braços para mim.
- Vem, pequena. Você fez um bom trabalho.
Andei rapidamente na direção dela e a abracei com certo desespero, talvez pelo nervosismo ou até mesmo pela adrenalina que ainda corria nas minhas veias.
