E se eu já não puder mais escrever sobre amor como vou puder dizer que me sinto um poeta apaixonado, não me lembro de sentir a vibração do meu coração bater tão forte como antes, como antes de a conhecer,
Ela não era apenas uma princesa aos meus olhos, era algo que eu queria consumir como se fosse uma estrela e eu um buraco negro.
São poucas, são aquelas que posso contar pelos dedos as vezes que eu me apaixonei, e de certo nenhuma foi tão grande quanto a tua, eu tentei, tento amar todas as outras e não penso em ti, mas no fim só tu permaneces aqui, habitando muito mais que o meu coração, habitando a minha alma, o meu ser, o meu pensamento.
Se eu não te tivesse conhecido amar-te-ia mesmo assim?
Sim, tenho a certeza que sim? Bastaria um sorriso teu pra eu largar tudo, o mundo a vida, os sonhos, o amor.
Aquilo que todos chamam de amor pra mim não passa de ilusão, até tu que depois de tudo, voltaste a sentir amor? Ou apenas algo similar do qual lhe deste o mesmo nome?
E tu, e eu? Porque continuar a falar sobre ti se nem contigo eu ainda falo, eu penso e grito comigo por ter-me afastado de vez. Finalmente já não te amo. Aceitei que já não te amo e só sinto falta, nunca senti tanta falta de alguém mesmo desprezando o universo inteiro.
Odeio todas as que se possam parecer contigo.
Realidade dura, igual ao amor.
Pensei que desta vez pudesse ter dado certo.