Após matar Touji Fushiguro, Satoru Gojou ganhou a missão de cuidar do filho daquele homem, Megumi Fushiguro, que iria ser vendido para o clã Zenin, mas Gojou iria arranjar um jeito de cancelar a compra e ficar com a guarda daquela criança e de sua i...
- Ei, mãe! - Um garotinho gritou. - Olha, aquele garoto tem um cabelo engraçado!
Naquele dia, Satoru havia lembrado de pegar Megumi na escola, até que, do absoluto nada, um garoto gritou aquilo enquanto apontava para o moreno.
Megumi, por sua vez, franziu o cenho e só foi até Gojou, enquanto discretamente tentava abaixar o próprio cabelo.
Ah, mas não iria ficar por isso mesmo. Nem fodendo.
- Gumi, pode morder. - O albino discretamente sussurrou para o pequeno, enquanto bagunçava de novo o cabelo dele. - É de morder, morde. - Ele disse, ao ver que a mãe da criança tinha saído.
Era isso que ele estava ensinando para seu pequeno, se defender.
Não era exatamente ensinar ele a brigar. Afinal, Megumi já tinha experiência com as brigas de rua que ele participava antes.
Ele só estava o ensinando a se defender do jeito que fosse mais conveniente para o garoto.
... Na praia. ...
- O sol tá quente, então nada de ficarem brincando na areia, ouviram? É melhor brincarem no mar, ok? - Suguru aconselhou para as crianças, enquanto se agachava para colocar protetor solar no nariz de Tsumiki.
- Entendido! - Mimiko e Nanako assentiram.
- Afinal, cadê o Satoru e o Megumi? - O mais velho franziu o cenho e indagou, olhando ao redor.
- Foram comprar sorvete. - Mimiko respondeu.
- Aposto que esse sorvete não vai demorar nem dez minutos na mão do Satoru. - Getou resmungou, fechando o pote de protetor solar.
...
Cinco minutos depois da compra, Satoru já tinha devorado aquele sorvete.
- Criança, sério, você acabar quebrando minhas costas assim! - Gojou reclamou com Megumi, que estava sendo carregado na sua nuca.
- Aposto que seu namorado fez isso ontem à noite. - O garotinho abriu um sorrisinho e retrucou.
Ah, puta merda.
Era um chute de sorte? Ou Megumi realmente havia escutado alguma coisa ontem à noite?!
Se bem que ele e Suguru haviam sido meio barulhentos naquele dia.
Puta que pariu.
...
- Suguru! - Satoru gritou assim que ele e Megumi chegaram perto do grupo. - Posso jogar o Megumi no mar?
- SATORU!
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- VOU ACEITAR ISSO COMO UM SIM! - Gojou gritou de volta.
- AH, VOCÊ NÃO OUSARIA! - Getou rebateu, correndo atrás dos dois.
- Mas, poxa, ele vai adorar dormir com os peixinhos, né, Gumi? - O albino retrucou.
- TIO GETOU, SOCORRO! - Megumi berrou, enquanto se esperneava.
Enquanto isso, era claro que Nanako e Mimiko estavam gravando tudo, com o celular que Suguru deu de presente a elas.
E aquilo iria direto para o álbum de fotos deles.
...
- Te amo. - Getou falou, baixinho, sentado em uma toalha, na areia da praia, enquanto ele e Satoru observavam as crianças brincando no mar, com Tsumiki quase querendo afogar Megumi por ter batido em um garoto mais cedo.
Gojou, que estava ao seu lado, só se levantou e disse, para que deus e o mundo ouvissem:
- EU TE AMO PRA CARALHO!
- Merda. - O moreno murmurou, escondendo o rosto com as mãos.
Por que seu namorado tinha que ser tão escandaloso?
- SENSEI, SOCORRO! - Megumi, que estava na água, gritou. - A TSUMIKI QUER JOGAR UMA TARTARUGA EM MIM!
... No dia seguinte. ...
- Nós estamos namorando! - Satoru sorriu e anunciou, passando o braço pelos ombros de Suguru.
- Aham, tá. - Nanami assentiu, mais interessado em mexer em seu celular. - E a novidade?
- Era essa mesmo.
- Felicidades ao casal! - Haibara sorriu e disse.
Gojou franziu o cenho.
- POR QUE VOCÊ TÁ SURPRESO?! - O albino indagou, pegando Getou pelos ombros e o balançando freneticamente.
- Foi mal! - Suguru respondeu, rindo um pouco. - Só achei que iria demorar mais.
- Então não precisava me olhar como eu se eu fosse um maluco!
- Mas você é maluco.
- Maluco por você, é, eu sei. - Satoru murmurou, suspirando e enterrando o rosto no ombro do outro.
Era engraçado como em uma hora ele fazia um escândalo e, logo em seguida, ficava todo manhoso e calmo.
