Aquele Dia.

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- AH, VAI SE FODER, SATORU! - Suguru gritou, quase esmurrando seu amigo naquele quarto.

O que Satoru Gojou havia feito daquela vez? Uma coisa bem simples: ele havia escondido todas as xuxinhas da casa, só para o moreno não conseguir amarrar o cabelo.

Satoru, por sua vez, abriu um sorrisinho sem vergonha e respondeu:

- Que ousado, Suguru! - Ele rebateu, fingindo inocência. - Você está se oferecendo, ou tenho que procurar outra pessoa? - perguntou, se aproximando discretamente do amigo.

- Deixe qualquer outra pessoa tocar em você, e eu vou chutar essa sua bunda, pedaço de merda!

- Ui, que possessivo. - Gojou comentou, prendendo o moreno contra a parede.

Getou, em resposta, só ficou quieto por alguns segundos, olhando para o outro de cima a abaixo. Antes de dar uma piscadinha para o mesmo.

E aquilo foi mais que o suficiente para fazer Satoru perceber o que caralhos ele estava fazendo.

Suguru até queria o puxar para um beijo, mas, bom, aquilo deveria partir de Gojou. Por causa de seu Mugen, que estava ativado, diferentemente da última vez.

Até que a porta se abriu.

Foi bem fofo ver Megumi agarrado na maçaneta enquanto a porta abria, já que o garotinho era pequeno demais para conseguir alcançar maçanetas ainda, então ele sempre precisava dar alguns pulinhos para abrir portas.

O Fushiguro ficou parado por um tempo, só observando eles, sem dizer uma palavra.

E Satoru estava prestes a esganar Getou, por ter, novamente, deixado a desgraça daquela porta destrancada.

Megumi, timidamente, soltou a maçaneta, pousando no chão, e deu meia-volta, enquanto dizia:

- Tia Shouko, o sensei e o Getou estão sendo gays, de novo. - O garotinho gritou, andando pelo corredor.

Não era exatamente no sentido depreciativo, para o garoto, era como se ele dissesse: tia shouko, o sensei Gojou tá tomando banho de novo.

Espera.

Tia Shouko?

- Shouko? Ah, bem que eu tava sentindo um cheiro de cigarro. - Gojou comentou, indo atrás do pequeno.

...

- Sensei! -Tsumiki sorriu e o chamou assim que Satoru desceu as escadas.

- E aí, crianças? - O mais velho sorriu e acenou. - E aí, Bob Marley do Japão? - Ele acrescentou ao ver Shouko Ieiri acendendo um cigarro, na sala deles.

A feiticeira, em resposta, mostrou o dedo do meio para o amigo.

- Sensei, sensei! - Nanako o chamou, indo até ele e se agarrando em sua perna. - A Shouko tava contando sobre a sua época de escola.

- Espera, você tava me dando um exposed? E na frente das crianças?! - Satoru indagou, voltando o olhar para Shouko.

Ele estava rezando para todos os deuses existentes, que ela não contasse sobre aquele dia com a receptáculo da estrela. Não com os dois Fushiguro na sala.

- Só disse verdades. - Ieiri respondeu, dando de ombros.

- Sensei! - Tsumiki o chamou, novamente. - Como você e o Getou se conheceram?

E só aquela simples pergunta foi o suficiente para fazer Shouko soltar uma risada bastante sincera.

...
Três anos atrás.

Minha Infância com Satoru Gojou - SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora