Após todos terminarem de degustar a sobremesa, todos se dirigiram para os arredores do banheiro.
Cada um ficou na espera para tomar banho, pois pelo fato do banheiro não ser muito grande não podia entrar mais que uma pessoa no banheiro.
A primeira a entrar no banho foi Aqua. Como sempre, Aqua não perdeu a oportunidade de ter a vantagem numa ocasião como aquela.
—Eu sou uma deusa, eu tenho que ser a primeira!—Diz ela justificando-se por ser a primeira a entrar no banho com um sorriso no rosto. A garota entrou de imediato no banheiro, sem se importar com a opinião dos outros com essa decisão precipitada.
—Aqua, isso não se trata sobre sua posição divina. Pare de ser idiota, sua deusa inútil!—Diz Kazuma. Como sempre a chamando de "deusa inútil".
—Kazuma, eu vou ignorar isso por que eu estou de bom humor hoje.—Diz a garota já dentro do banheiro. A sua voz saiu um pouco abafado por estar falando em um ambiente fechado.
—Não se altere por isso, Kazuma. Ainda está cedo. Todos vão conseguir tomar banho.—Diz Yuiyui na tentativa de tranquilizar o jovem.
—Me desculpe, pelo Kazuma. Ele não tem jeito mesmo...—Diz Darkness em um tom de desaprovação.
—O que você está querendo dizer com "ele não tem jeito mesmo, hein? Sua Cruzado Masoquista!—Diz Kazuma em sua defesa.
Em resposta, Darkness lançou como sempre um de seus surtos masoquistas. Soltando alguns gemidos que ela fez questão de abafá-los com a mão.
—Já vi que a noite vai ser longa...—Diz Megumin decepcionada com o comportamento de seus colegas.—————————————————————
Após algumas horas no aguardo, todos estavam banhados e prontos para dormir.
Como na noite passada, a senhora Yuiyui fez questão de que sua filha e o jovem aventureiro Kazuma dormissem no mesmo quarto.
Aqua e Darkness iriam dormir no quarto ao lado do que os dois dormiriam. O senhor Hyoizaburoo e a senhora Yuiyui dormiriam no quarto onde sempre costumavam dormir com a pequena Komekko, a filha caçula do casal e irmã de Megumin.
Kazuma assim como Megumin estava exausto. O garoto queria apenas descansar, nem que fosse só por algumas horas. Contanto que fosse o suficiente para voltar para Axel.
O garoto então se dirigiu para o quarto de sua companheira com a esperança de ainda encontrá-la acordada.
—Megumin, você ainda está acordada?—Perguntou ele ao chegar na frente do quarto da garota e bater levemente na porta.
—Estou sim. Pode entrar, "Kazulixo"!—Diz a garota com a voz já embargada pela sonolência.
—Seu projeto fracassado de lolicom, não me chame assim!—Diz o garoto irritado com o apelido que Megumin o chamou.
—Desculpe, "Lixozuma". Isso não vai se repetir.—Diz a garota revirando os olhos com desdém.
—Eu só não faço algo muito louco com você por que eu estou com sono demais.—Diz o garoto.
Após ele dizer isso ele percebe que a mais nova havia caído no sono. Ele ficou um pouco irritado por ela ter deixado ele falando com as paredes por alguns segundos, mas sua raiva se foi quando pensamentos inusitados vieram em sua mente quando ele observou aquela linda garota sobre a luz do luar.
—Ela fica tão linda sobre a luz da Lua...—Ele sussurra para si mesmo.
—Não, não posso ficar admirando essa loli!—Ele sussurra para si mesmo em auto–repreensão.
O garoto desvia o olhar timidamente da garota e se deita cautelosamente ao lado dela para não acordá-la.
Megumin estava com um pijama com várias pequenas estampas de gatinhos por toda a sua extensão, o que deixou o garoto de certa forma hipnotizado.
O garoto ficou a encarando por alguns segundos até que percebeu que ela poderia acordar e notar o olhar do mais velho e achar aquilo hilário, então ele desviou o olhar. Suas bochechas estavam levemente ruborizadas.
A garota despertou e viu o garoto do seu lado coberto no futon, ele a admirava com ternura em seu olhar. Isso fez com que Megumin corasse quase que instantaneamente.
—O q-q-que que foi, Kazuma? Algum problema?—Pergunta Megumin envergonhada com o olhar do garoto.
—N-N-N-Não, Não... eu só estava...—Diz o garoto tentando justificar o motivo de estar encarando-a daquela forma, mas a vergonha é o nervosismo não deixaram ele terminar sua fala.
—Fala o por que você estava me encarando, seu pervertido!—Diz ela envergonhada e completamente ruborizada.
—Eu n-n-não estava tentando nada. E-E-Eu juro!—Diz o garoto. Kazuma estava tremendo de nervosismo. Ele não queria assumir que estava admirando a beleza da menina que ele tanto puxava o saco.
—Ah, é?! E por que você está todo vermelho e nervosinho?—Pergunta ela em um tom provocativo.
—Pare de me provocar sua loli! O que você está insinuando?—Protesta o garoto.
—Primeiramente eu não posso ser considerada uma loli, pois nem corpo eu tenho direito. E além do mais, eu não sou do job, seu idiota!—Diz a garota envergonhada e constrangida.
—E-E-Eu não estou insinuando nada. Você que fica me encarando com esse olhar pervertido aí...—Diz ela completando o que tinha falado.
—E-E-Esse olhar não foi perverso. Eu apenas estava...—Diz o Satō sem completar sua fala por conta da vergonha.
—Estava o quê? Anda, fala logo!—Manda a mais nova.
—E-E-Eu estava apenas olhando pro seu rosto. Tem algum problema nisso?—Diz o garoto tentando esconder o seu nervosismo, mas falha miseravelmente.
—Você tem certeza? Eu tenho certeza que você estava fazendo algo a mais do que me encarar.—Diz Megumin desconfiada.
—Por qual razão você acha isso?—Pergunta o garoto já suando frio.
—É que jurei ter ouvido você sussurrar algo ao me ver dormindo no futon...—Diz a garota com um leve rubor em suas bochechas.
—Megumin, v-v-você por acaso escutou tudo o que eu sussurrei?—Pergunta Kazuma que está tão nervoso quanto ela.
—B-B-Bem, não tudo... mas eu escutei um pouquinho.—Diz a garota envergonhada ao se lembrar do que ele disse sobre ela enquanto ela estava adormecida.
Kazuma ficou envergonhado ao ouvi-la confessar que ela havia escutado boa parte do que ele tinha falado sobre ela.
—K-K-Kazuma, você realmente me acha linda?—Perguntou a garota timidamente desviando o olhar. Ela referia-se aos sussurros de Kazuma após entrar no quarto da garota.
O garoto ficou com um rosto totalmente vermelho e começou a tremer de nervosismo.
—Megumin, me desculpe por isso! N-N-N-Não quero que você pense que eu sou um Lolicon.—Diz o garoto que estava surpreendente arrependido.
A garoto por algum motivo estava bem calma com essa situação.
—Kazuma, pode responder a minha pergunta e deixar se frescura?!—Pergunta a garota segurando o queixo do mais velho e olhando pra ele de um olhar manhoso.
—Você não vai ficar estranha comigo?—Pergunta ele em um tom mais firme e sério.
—Não, não. Eu prometo—Garante a mais nova.
Kazuma respira fundo e tenta se acalmar um pouco.
—S-Se você não quiser, não tem problema.—Diz a garota em um tom triste finalmente soltando delicadamente o queixo do garoto.
—N-Não. Eu vou falar!—Diz ele com determinação.
A garota deixa um sorriso bobo sair de seus lábios, achando a atitude do garoto adorável.
—Eu te acho linda sim, Megumin. É difícil dizer isso, sabe? F-F-Faz parecer como se eu sentisse algo por você...—Diz o garoto desviando o olhar. Ele se segura para não elogiar o cabelo da mais nova. Era raro vê-la sem o seu chapéu de maga.
—Ah, Kazuma... eu não imaginava que você tinha esse lado romântico...—Diz Megumin acariciando o rosto do garoto.
Kazuma ruborizou instantaneamente. Ele nunca havia se sentido tão tentado assim antes.
—N-N-N-Não é o que você está pensando, Megumin—Diz o garoto desesperado. Ele não queria admitir que durante suas aventuras ele havia se apaixonado pela garota da raça dos Demônios Carmesins.
Aqua costuma chamá-lo de otaku recluso, e não é a toa.
Kazuma tinha uma vida normal no Japão como a de qualquer outro estudante japonês costuma ter, mas após levar um fora da garota que ele gostava ele se distanciou da escola, amigos e familiares.
Algo que ele não havia conseguido no Japão, agora ele estava prestes a prestigiar neste mundo. Algo que ele sempre quis desde começar a assitir animes do gênero isekai, um amor recíproco.
Naquele momento, Kazuma estava diante uma linda garota que provavelmente estava tendo sentimentos por ele.
Por mais que Kazuma fosse um cabeça dura, era quase que inegável que ele está gamado na usuária de magia explosiva.
Ele estava se sentindo nas nuvens, não se lembrava se ele tinha sentido tanto desejo por alguém daquela maneira antes.—————————————————————
Após alguns instantes eles ficarem se encarando, finalmente a mais nova decidiu quebrar o silêncio.
—K-K-Kazuma, eu preciso te confessar uma coisa.—Diz a garota quase que em um sussurro.
—T-Tudo bem, pode falar. Eu estou ouvindo.—Diz o garoto com um sorriso no rosto.
—Kazuma, não sorria, tá bom?—Diz Megumin, pedindo a garantia do garoto.
—Tudo bem, eu irei escutar e respeitar sua confissão.—Diz ele em um tom suave.
A garota sentiu um nervosismo enorme vindo sobre si. Ela nunca tinha sentido nada parecido em toda a sua vida, por mais que ela tivesse apenas 14 anos.
Megumin estava suando frio de tanto nervosismo, o que já estava preocupando o garoto.
—Está tudo bem, Megumin?—Pergunta Kazuma preocupado.
—S-Sim, Sim. É só nervosismo.—Diz ela com um sorriso nervoso no rosto.
A garota respira fundo e esforçar-se para que tudo o que ela fale seja interpretado da melhor maneira possível.
—Kazuma, eu não sou muito boa com as palavras, então serei breve.—Diz a garota.
—Kazuma Satō, eu estava pensando em esperar por outra oportunidade, mas essa é a ocasião perfeita para admitir isto.—Diz a garota completando a fala anterior.
O garoto escuta cada palavra atentamente.
—Kazuma, eu te amo! Eu estava tentando esconder isso de você, mas não posso omitir os meus sentimentos para mim mesma. Eu te amo tanto, garoto.—Megumin admite emocionada.
—Eu não queria contar por que achava que você riria da minha cara e fizesse pouco caso dos meus sentimentos.—Ela explica.
O garoto ruboriza drasticamente e começa a lacrimejar também.
—Eu te agradeço por ter me aceitado no seu grupo, mesmo que você tenha ficado com receio de manter alguém como eu no grupo.—Diz a garota entre soluços e lágrima que insistiam em cair.
O garoto se sentiu quebrantado por Megumin e por suas palavras sinceras e cheias de carinho.
Kazuma a abraçou com carinho e beijos sua testa.
—Eu também amo você, Megumin.—Admite Kazuma, feliz por ela ter tomado a iniciativa e admitido, pois se dependesse dele, ele não admitiria tão cedo.
—Eu quero que você saiba que você não é um fardo pra mim, tá bom?! Não precisa ficar assim. Foi um prazer te receber no nosso grupo.—Diz ele aproximando a testa com a dela.
—Eu amo você, Megumin!—Diz o garoto dando um beijo na bochecha de Megumin.
A garota se derrete com a atitude do mais velho, mas antes que o clima pudesse ficar um pouco mais apimentado, Aqua protestou no quarto ao lado:
—Parem de namorico e vão dormir, pombinhos! Já são 23h00.—Diz Aqua revoltada. Provavelmente ela tinha ouvido toda a conversa que eles tiveram.
Os dois sorriram um para o outro, mas não retrucaram a atitude da garota de cabelos azuis.
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Uma Paixão Explosiva.
RomanceApós derrotar Sylvia e o seu exército, Kazuma Satō fica por mais uma noite na casa dos pais de Megumin antes de retornar para cidade de Axel. Nessa mesma noite, o garoto acaba se aproximando mais da mais nova e a mais nova dele, consequentemente ass...