Lidar com Jeon Jungkook não era fácil

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⚠️ Aviso de gatilho: O capítulo a seguir contém situações de assédio, que podem ser sensíveis para alguns leitores.

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A luz da manhã de domingo invadiu o quarto, e eu acordei com a claridade batendo suavemente no meu rosto. Pisquei algumas vezes, ajustando meus olhos ao redor. Estava deitada em um dos colchões improvisados no chão. O silêncio ao nosso redor era acolhedor, interrompido apenas pelo som suave e ritmado da respiração de Jihye. A madrugada ainda pesava em minha mente; o desconforto na cafeteria do Brooklyn parecia um eco distante, mas persistente. Sentia como se tivesse dormido apenas uma horinha, e o cansaço ainda pairava sobre mim.

Jihye havia se lamentado praticamente a madrugada inteira por causa de Taehyung, com suas palavras carregadas de frustração e desilusão. Charlotte, por sua vez, estava mergulhada em seu próprio tormento devido a Seokjin. A troca constante de desabafos entre elas havia preenchido a noite com uma intensidade quase visível. Teve um momento em que as duas se estranharam, algo comum entre elas. Eu aguentei muito e ainda fui simpática.

Em um momento especialmente dramático, Charlotte, com uma expressão mais dramática possível, chamou a garçonete e pediu:

"- Por favor, um veneno com leite e açúcar, se possível."

Eu e Jihye trocamos olhares, sem saber se ríamos ou nos preocupávamos, enquanto a garçonete, aparentemente acostumada com o humor ácido da loira, apenas riu e se afastou. Era o jeito peculiar de Charlotte lidar com suas dores - transformar seu sofrimento em piada.

No entanto, eu não conseguia tirar da cabeça a cena perturbadora que testemunhei de Jungkook recebendo aquele pacote. O grupo de motoqueiros, o ar ameaçador que envolvia a troca rápida entre ele e o homem tatuado me assombravam. A imagem estava gravada em minha mente, e uma parte de mim desejava perguntar a Jihye se ela sabia algo sobre isso. Mas outra parte, temerosa de envolver mais pessoas naquela situação obscura, se continha.

Virei a cabeça lentamente e vi a asiática ainda deitada na cama, com o rosto parcialmente coberto pelo edredom. Seus cabelos estavam desgrenhados e amassados, a maquiagem borrada dos olhos, e a expressão de dor no rosto dela revelava o quanto a ressaca a estava atingindo. Ela se mexeu e soltou um gemido baixo, esfregando os olhos antes de me olhar, claramente desorientada.

- Como você está? - Indaguei, me referindo ao que aconteceu com Taehyung na noite passada. Ela havia passado tanto tempo desabafando sobre ele que eu sabia que aquilo ainda a incomodava, além da ressaca.

- Morta. Minha cabeça está explodindo. - Respondeu com um suspiro pesado, ignorando o assunto do Kim. Ela se virou de barriga para cima, fitando o teto como se isso pudesse aliviar sua dor de cabeça. - Acho que nunca mais vou beber assim...

De repente, o som de uma notificação quebrou o silêncio. Meu celular estava no criado-mudo ao lado da cama. Estendi o braço para pegá-lo e, ao desbloquear a tela, vi duas notificações: uma mensagem de minha mãe e outra do grupo das meninas. Preferi abrir a do grupo primeiro.

BEYOND THE LIMIT - JJKOnde histórias criam vida. Descubra agora