Capítulo 17 - Dia 2

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Audiência - Dia 2

As portas do tribunal se abriram novamente, e Deolane entrou na sala com a cabeça erguida. O burburinho de repórteres e observadores foi silenciado pelo juiz, que chamou todos para retomar a audiência. S/N estava ao lado dela, segurando uma pilha de documentos e se preparando mentalmente para a batalha jurídica.

S/N: (olhando para Deolane) "Pronta para o show?"

Deolane: "Eu nasci pra isso, bebê."

S/N sorriu com o comentário confiante de Deolane. Elas se dirigiram à mesa da defesa, enquanto o promotor já se preparava com sua equipe, com um ar determinado de quem tinha algo a provar.

Juiz: "A sessão está aberta. Promotor, pode apresentar seus novos argumentos."

O promotor se levantou e começou a falar, caminhando lentamente pela sala.

Promotor: "Excelência, estamos diante de um caso claro de lavagem de dinheiro em grande escala, disfarçada por contratos publicitários. Hoje, trouxemos documentos que comprovam que a ré teve acesso direto às finanças e que suas movimentações não eram meramente publicitárias, mas sim parte de um esquema ilícito."

Ele entregou alguns papéis ao juiz e, em seguida, lançou um olhar desafiador para S/N.

Promotor: "Além disso, temos uma nova testemunha que pode atestar o envolvimento direto da ré."

S/N olhou para Deolane com um olhar sério, mas não de surpresa. Já esperava por algo assim. Ela se levantou calmamente e pediu a palavra.

S/N: "Excelência, o que o promotor trouxe hoje é uma tentativa desesperada de minar a verdade. Nós já esperávamos por essa jogada e estamos mais do que preparados para provar que a ré não tinha envolvimento direto com as finanças dessas plataformas. A defesa também tem uma testemunha para trazer ao tribunal, que pode refutar as alegações apresentadas."

O juiz assentiu, permitindo que S/N prosseguisse. Ela fez um sinal para a porta, e um homem entrou na sala. Era **Leonardo Souza**, um dos diretores de marketing de uma das maiores plataformas de apostas que contratara Deolane para campanhas publicitárias.

S/N: "Essa é nossa testemunha, Leonardo Souza, diretor de marketing da empresa XYZ. Ele está aqui para esclarecer o papel da ré em suas campanhas e atestar que ela não tinha qualquer envolvimento com a parte financeira ou administrativa da empresa."

Leonardo foi até o banco das testemunhas e jurou dizer a verdade. S/N começou a interrogá-lo.

S/N: "Sr. Souza, você poderia, por favor, explicar ao tribunal qual era o papel da ré, Deolane Bezerra, nas campanhas de sua empresa?"

Leonardo: "Claro. Deolane foi contratada como influenciadora digital para promover nossa plataforma. Seu papel era puramente publicitário, limitado a gravar vídeos, postar em redes sociais e comparecer a eventos. Ela não tinha acesso às nossas finanças nem fazia parte da administração ou tomada de decisões sobre a empresa."

S/N: "E quanto ao contrato que firmaram com ela, há alguma cláusula que lhe conceda controle ou supervisão sobre movimentações financeiras?"

Leonardo: "Não, de maneira nenhuma. O contrato dela era exclusivo para divulgação, e todas as questões financeiras eram tratadas por nossos contadores e departamento jurídico."

O promotor se levantou para interrogar Leonardo, tentando encontrar contradições. Após alguns minutos, ficou claro que ele não conseguia desestabilizar o depoimento.

S/N: "Excelência, com essa testemunha e os documentos que apresentamos previamente, fica evidente que Deolane Bezerra não teve qualquer envolvimento com movimentações financeiras ilícitas. As alegações do promotor são baseadas em suposições sem provas sólidas."

O promotor, visivelmente irritado, fez um último movimento, tentando introduzir um documento que, segundo ele, mostrava uma transação suspeita com o nome de Deolane. No entanto, S/N estava preparada.

S/N: "Excelência, essa transação já foi auditada. Temos aqui o relatório do perito financeiro que analisou todos os extratos e não encontrou nenhuma irregularidade. Além disso, a assinatura apresentada no documento não pertence à ré, o que já foi verificado por uma perícia grafotécnica."

Ela entregou o relatório ao juiz, que passou alguns minutos revisando o documento. O promotor, agora sem mais argumentos, se sentou com uma expressão de frustração.

O juiz então fez um sinal para que S/N prosseguisse com sua declaração final.

S/N: (com firmeza) "Excelência, a defesa apresentou provas irrefutáveis de que Deolane Bezerra foi contratada exclusivamente como influenciadora e que não teve qualquer participação em atividades ilícitas. Estamos diante de um caso em que tentam criminalizar alguém por associações que não existem. Pedimos, portanto, que todas as acusações sejam reavaliadas com base nos fatos apresentados hoje. Minha cliente está sendo acusada de algo que não fez e está presa a dias sem provas concretas."

O juiz fez uma pausa, olhando os papéis em sua frente, e então marcou a data para a conclusão da audiência e deliberação do caso.

Juiz: "A sessão está encerrada. Retornaremos na próxima semana para o veredito."

Deolane e S/N saíram da sala juntas, acompanhadas de sua equipe jurídica. Assim que passaram pela porta, Deolane soltou um suspiro profundo.

Deolane: (brincando) "Acho que essa noite eu vou dormir tranquila, né? Se bem que, com você por perto, quem precisa dormir?"

S/N: (rindo) "Foco, Deolane, foco. Agora é só esperar o veredito."

Deolane: (com um sorrisinho) "Esperar não é bem meu forte, mas vou tentar."

S/N balançou a cabeça, sorrindo, enquanto as duas seguiam para discutir os próximos passos. Elas sabiam que estavam mais perto de uma vitória, mas ainda havia uma última etapa pela frente.

Sempre as vezes em que Deolane estava sendo levada novamente para a penitenciária, ela ouvia gritos e fogos das pessoas em que a acompanhava na porta, sabia que estavam ali por ela.

*••*

O gente, qualquer coisa vai desculpando ai tá? Eu não sou da área de direito, estou beeeeem longe kkkkkkkkkk então se tiver algo errado vamos ignorar, beijooos🤪

Contrapontos na Justiça: Deolane e S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora