Contrapontos na Justiça: Deolane e S/N

Capítulo 16: Estratégias em Meio ao Confinamento

Deolane foi escoltada de volta à Colônia Penal Feminina logo após o fim da primeira audiência. As luzes frias do local contrastavam com o calor da sala de julgamento, onde as emoções estavam à flor da pele. Ela mantinha uma postura firme, mas sua mente estava a mil. Embora S/N tivesse conseguido lançar dúvidas significativas sobre as acusações, ainda havia muito pela frente.

Assim que chegou à cela, Deolane respirou fundo e se acomodou na cama improvisada. Não demorou muito até que ela recebesse a visita das suas irmãs, Daniele e Dayane. Ambas também advogadas, elas conheciam a tensão e o cansaço que os casos judiciais traziam. Assim que entraram, os rostos sérios das duas se suavizaram ao ver a irmã.

Daniele: "Tá aguentando firme, mana?"

Deolane: "Se não fosse pela S/N, eu já estaria pirando. A menina é afiada, viu?"

Dayane: "Claro que ela é, não é atoa que vocês têm essa richa. Por isso a gente apoiou essa escolha. Mas temos que nos preparar para a próxima audiência. O promotor não vai pegar leve, ainda mais depois do que ela fez hoje."

As três se sentaram à mesa da sala de visitas, discutindo o andamento do caso. Era evidente que o Ministério Público viria com mais força na próxima sessão. A presença das irmãs sempre trazia um ar de seriedade, mas também uma sensação de segurança para Deolane. Sabia que, com elas e S/N ao seu lado, estava em boas mãos.

Depois de alguns minutos de conversa e estratégias, o momento da visita acabou. Daniele e Dayane se despediram com um abraço forte, e prometeram continuar trabalhando nos bastidores.

Assim que elas saíram, Deolane foi levada de volta para sua cela. Minutos depois, S/N chegou para uma visita de rotina, mas com a expressão concentrada e determinada que Deolane já reconhecia. Elas tinham trabalho a fazer.

S/N: "Temos que falar sobre a próxima audiência. O promotor vai tentar jogar duro, ele sabe que não conseguiu te derrubar com o primeiro argumento. Agora, eles vão focar em tentar descreditar os testemunhos e explorar brechas nas movimentações financeiras. Precisamos estar prontas para rebater."

Deolane assentiu, pegando uma cadeira para sentar em frente à S/N.

Deolane: "É, eu já sabia que ele ia tentar descer o sarrafo. Mas o que a gente pode fazer? Eu sinto que o que jogamos hoje foi bom, mas será que é suficiente?"

S/N: "Hoje plantamos a semente da dúvida, mas não podemos parar por aqui. Para a próxima audiência, precisamos ser mais incisivas. O promotor vai tentar desconstruir a transparência dos contratos de publicidade. Temos que antecipar isso e apresentar provas que não só comprovem a legalidade, mas que reforcem a falta de envolvimento direto em qualquer atividade ilícita."

Deolane: "E como a gente faz isso?"

S/N: "Eu estava pensando em trazer uma testemunha adicional, alguém das plataformas de apostas. Precisamos de uma declaração oficial que confirme que você era apenas uma figura publicitária, sem nenhum envolvimento com a gestão ou as finanças. Alguém que possa dar uma visão interna e neutralizar o argumento do promotor de que você tinha controle sobre as movimentações financeiras."

Deolane: "Alguém de confiança, então? Eu trabalhei com muitos deles, mas preciso de alguém que tenha mais moral nesse meio."

S/N: "Eu vou fazer uma lista e checar quem seria mais adequado. Além disso, estamos revisando novamente toda a movimentação financeira e tributária. Vou solicitar uma análise detalhada de peritos financeiros para garantir que o juiz veja que não há brechas no nosso argumento."

Deolane olhou para S/N, admirando a frieza e o foco da jovem advogada. Mesmo com toda a pressão, ela mantinha a cabeça no lugar, algo que nem a própria Deolane conseguia fazer o tempo todo.

Deolane: "Você tá pegando a moral mesmo, hein. Eu tava aqui pirando com tudo isso, mas parece que você já tem o plano todo montado na cabeça."

S/N: (rindo levemente) "É meu trabalho, doutora. E quando a gente defende alguém que sabe ser inocente, a gente luta até o fim. Eu espero né, não foi meus planos ter dormido com alguém que está presa nesse momento."

Deolane: "Já dormiu, exqueeece, a mãe ta enjaulada minha cara."

S/N: (riu levemente da piada e continuou)
"Eu vou provar isso, Deolane. Mas preciso que você continue firme. Vai ser pesado, mas estamos no caminho certo."

Deolane sorriu, dessa vez com um pouco mais de esperança nos olhos.

Deolane: "É, menina, você tem razão. Eu vou aguentar. Só não me deixa na mão, hein?"

S/N: "Nunca."

Deolane fez uma pausa e olhou para S/N com um sorrisinho malicioso no canto dos lábios.

Deolane: "Aliás, sobre 'me deixar na mão'... não foi exatamente o qye fez comigo? Fiquei realmente em sua mão. " (citou baixo) "uma delícia."

S/N quase engasgou com a pergunta inesperada, mas manteve a compostura. Ela disfarçou a surpresa com uma risadinha, enquanto olhava para os papéis em sua mão.

S/N: (rindo) "Ah, não acredito que você vai puxar isso agora, Deolane! Foco, tá? A gente tem uma audiência pra ganhar."

Deolane: (dando uma piscada) "Só quis garantir que você não me esqueça."

S/N balançou a cabeça, rindo baixinho. Era esse jeito descontraído de Deolane que, apesar da tensão, mantinha as coisas mais leves entre elas. Um comentário que só as duas entenderiam, mas que criava uma cumplicidade única.

S/N: "Esquecer? Nem se eu quisesse."

Ambas trocaram olhares, cúmplices e com um toque de humor, mas logo voltaram ao foco. Elas sabiam que, para a próxima audiência, precisavam estar preparadas para enfrentar qualquer coisa que o promotor lançasse.

S/N: "Vamos acabar com essa farsa na próxima audiência. O promotor não vai saber o que o atingiu."

Deolane sorriu novamente, dessa vez com mais convicção.

Deolane: "É disso que eu tô falando!"

Com o plano em mente, elas sabiam que a próxima audiência seria crucial. E com o humor afiado e a determinação renovada, estavam dispostas a fazer o necessário para derrubar as acusações e limpar o nome de Deolane.

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Quando querem o próximo agora? Só posto com estrelinhas e comentários heinn 👀