Capítulo 20: O Silêncio no Hotel

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Ao chegarem no hotel, a atmosfera era surpreendentemente tranquila. Tudo estava perfeitamente arrumado, como se a tempestade que cercava a vida de Deolane não tivesse chegado até ali. Ela respirou fundo, aliviada por um instante de paz, mas sua mente ainda estava tomada por preocupações.

Sem perder tempo, Deolane subiu rapidamente as escadas, em direção ao quarto onde sua filha estava hospedada. A porta estava entreaberta, e ao entrar, avistou a pequena dormindo profundamente, envolta em seus cobertores. Provavelmente, ela havia passado o dia sob os cuidados da mãe de Deolane, que ficava no quarto ao lado.

Deolane se aproximou silenciosamente da cama e, com delicadeza, depositou um beijo no cabelo da filha. Um gesto de amor e proteção, algo que a lembrava de por quem ela estava lutando tanto. Com o coração um pouco mais leve, saiu do quarto sem fazer barulho e se dirigiu ao seu próprio quarto.

Lá, Deolane tomou um banho longo, permitindo que a água quente aliviasse o peso acumulado dos últimos dias. Sentiu-se revigorada, como se, por um breve momento, pudesse deixar para trás o caos que havia invadido sua vida.

Enquanto isso, no andar de baixo, S/N estava sentada com as irmãs de Deolane. A conversa fluía normalmente, mas ela não pôde deixar de notar quanto tempo fazia que Deolane havia subido. Levantou-se discretamente, subindo as escadas, já imaginando o que poderia encontrar.

Quando chegou à porta do quarto de Deolane, ela bateu com cuidado, tentando manter a formalidade, apesar do tom leve em sua mente: *"Pelo menos ainda tenho educação, né?kkkkkk"* pensou, soltando um sorriso irônico.

Deolane, ainda no banheiro, ouviu o som da batida e, com uma voz rouca, respondeu:

Deolane: "A porta tá aberta. Estou no banheiro!"

S/N entrou no quarto e se aproximou da porta do banheiro. Quando Deolane percebeu que era ela, um sorriso travesso surgiu em seu rosto. A água ainda escorria pelo corpo da doutora, e ela, com sua usual espontaneidade, lançou o convite com um olhar malicioso.

Deolane: "Tá aí parada por quê? Não vai entrar, não? O chuveiro tá ótimo..."

S/N hesitou por um momento, mas o olhar intenso de Deolane a puxou, desarmando qualquer resistência. Aquela situação inesperada parecia carregada de uma tensão difícil de explicar, mas impossível de ignorar.

Ela entrou no banheiro, os olhos de Deolane acompanhando cada movimento. O som da água caindo preenchia o ambiente, e o calor do vapor parecia aumentar a atmosfera entre elas. S/N se aproximou lentamente, como se tentasse medir até onde aquele momento a levaria.

Deolane, ainda no chuveiro, apenas sorriu, deixando claro que não havia espaço para dúvidas.

S/N hesitou apenas por um breve momento antes de, sem dizer uma palavra, começar a se despir. Seus movimentos eram lentos, quase como se quisesse prolongar a antecipação.
Deolane, ainda debaixo da água, observava atentamente, seus olhos percorrendo o corpo de S/N, cada gesto, cada detalhe.

A tensão no ar era palpável, um misto de desejo e emoções que ambas pareciam guardar por tempo demais. Quando S/N finalmente entrou no chuveiro, a água quente escorrendo por sua pele, Deolane não perdeu tempo. Suas mãos logo encontraram o corpo de S/N, puxando-a para perto. Ali, sob o jato de água, elas trocaram os primeiros beijos - intensos, cheios de urgência.

O beijo de Deolane era firme, mas ao mesmo tempo, trazia consigo uma vulnerabilidade oculta. S/N respondeu com igual fervor, suas mãos explorando o corpo de Deolane, como se quisesse gravar cada centímetro de sua pele em sua memória.

Deolane, com a voz rouca e o rosto a poucos centímetros do de S/N, sussurrou:

Deolane: "Você não faz ideia de como eu esperei por isso..."

S/N sorriu levemente, seus olhos fixos nos de Deolane. Ela sabia que, por trás de toda a força da doutora, existia alguém que precisava daquele momento tanto quanto ela.

S/N: "Eu também esperei, mas agora... a gente não precisa esperar mais." O som da água caindo parecia amplificar a intensidade daquele instante. Elas se entregaram ali, trocando beijos e carinhos que falavam mais do que qualquer palavra poderia expressar.

As mãos de Deolane deslizaram pelas costas de S/N, enquanto ela a pressionava contra o corpo molhado, sentindo a proximidade, o calor que crescia entre as duas.

Quando finalmente saíram do chuveiro, as respirações estavam ofegantes. Sem se importar em se secar completamente, Deolane puxou S/N pela mão, guiando-a até a cama. O quarto parecia agora pequeno demais para a imensidão de sentimentos que transbordavam entre elas.

S/N a deitou gentilmente, os olhos ainda carregados de desejo e algo mais profundo. Ela se inclinou sobre Deolane, seus lábios encontrando os dela novamente, mas dessa vez, o beijo era mais calmo, como se quisessem aproveitar cada segundo.

Deolane: "Você me faz perder o controle, S/N... e eu nunca perco o controle."

S/N apenas sorriu, puxando Deolane para mais perto, os corpos se ajustando com uma naturalidade que parecia predestinada. Cada toque um suspiro, cada movimento um baixo gemido.

S/N passeava com as mãos e lábios pelo corpo de mais velha, sua mão percorrendo suas pernas para em sua virilha, fazendo a doutora segurar nos lençóis ao redor, s/n continua fazendo movimentos lentos no local enquanto depositava beijos ao redor de seus seios.

Deolane prendia seus gemidos o quanto podia para não serem ouvidos por fora do quarto, s/n então passou seus dedos pelo inferior dos grandes lábios da mais velha fazendo solta um gemido descompensado e repetindo 2 vezes seguidas.

No momento em que a penetrar, ouvem batidas na porta e uma voz familiar falando.

Valen: "Mamãe? Você chegou?"

Contrapontos na Justiça: Deolane e S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora