Fragments and Fissures | Dramione

Capítulo 2

Hermione saiu correndo do salão de baile tão rápido que esqueceu sua bolsa - e sua capa. Ela estava agora parada no meio de sua sala de estar, quase certa de que estava tendo um ataque de pânico. Sua respiração estava rápida, mas ela não conseguia respirar o suficiente. Ela deslizou para baixo contra a parede ao lado de sua lareira e colocou a cabeça entre os joelhos.

Era muito cedo para ele tê-la visto. Os curandeiros disseram que ele deveria tomar outra dose da poção primeiro. Caso contrário, as memórias poderiam retornar. Ele não deveria estar lá esta noite! Ela perguntou a Robards por volta de dez vezes diferentes e ele lhe garantiu que Malfoy tinha recebido ordens de ficar em casa.

Ela deveria saber que isso não o deteria.

Sua respiração estava um pouco melhor agora, ela inclinou a cabeça para trás contra a parede e beliscou a ponta do nariz. Talvez ele não a tivesse visto de fato. Talvez ele não tenha notado sua partida abrupta. Os curandeiros disseram que ele teria dores de cabeça repentinas pelos próximos dias, e ele obviamente estava tendo uma, então talvez ele estivesse focado inteiramente nisso. Oh Deus, ele estava bem? Ele parecia estar com muita dor.

De repente, Hermione sentiu vontade de soluçar. Como sua vida tinha se tornado uma merda em apenas quatro semanas?

Naquele momento oportuno, uma batida forte soou na porta.

— Hermione! Eu sei que você está aí. Abra!

PORRA era o Malfoy! O último lugar onde ele deveria estar era no apartamento dela. Hermione olhou ao redor em pânico. Ela deveria aparatar? Mergulhar para o flu?

— Nem pense em ir embora! Eu coloquei um rastro no seu flu e se você aparatar, eu vou te encontrar! — Ele parecia realmente bravo.

Mas se Hermione o deixasse entrar, ela arriscaria tudo. Quando os curandeiros o levaram, eles lhe disseram com muita severidade que trazê-lo de volta para cá antes que ele tivesse tomado a segunda dose, que até mesmo vê-la, poderia colocá-lo em risco de recuperação inadequada da memória.

Eles disseram que seria devastador para ele recuperar essas memórias. Ele precisava apagar o último mês de sua vida para se curar. E ela precisava que ele permanecesse ignorante para que ela pudesse seguir em frente - por mais doloroso que isso fosse.

Ele estava gritando de novo.

— Se você não abrir esta porta, eu vou explodir as dobradiças dela. E se você a protegeu, eu vou ficar aqui a noite toda gritando através dela. Você SABE que eu vou. HERMIONE!

A voz dele se embargou na última sílaba e ela não aguentou. Além disso, ela sabia que ele era fiel à sua palavra. Se ela havia aprendido alguma coisa nos últimos cinco anos de trabalho com ele e um mês de convivência, era que ele era incrivelmente teimoso. Essa era uma das muitas coisas que ela amava nele.

Ela foi até a porta, derrotada.

— Tudo bem, Malfoy. Apenas fique para trás. — As batidas se acalmaram e ela apontou sua varinha para o painel de madeira. Veias finas de luz azul crepitante percorreram seu centro e ela se abriu lentamente.

Ele estava ali, com os cabelos brilhantes desgrenhados, as vestes abertas, o peito arqueado e os olhos brilhando com fogo prateado. Calças e botas pretas finas, uma camisa branca bem passada - ele estava, como sempre, incrivelmente bonito. Ele olhou para ela e Hermione prendeu a respiração, tentando, sem sucesso, evitar que suas próprias lembranças inundassem seu cérebro.

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Uma batida em sua porta a acordou de um sono agitado. Ela estava muito preocupada porque já fazia mais de 36 horas que ele não tinha feito o check-in. O período oficial de espera para agentes secretos após uma falta era de 48 horas, mas Hermione tinha um pressentimento terrível. Robards a havia expulsado de seu escritório mais cedo porque ela estava insistindo para que eles entrassem. Quebrassem o disfarce. Mas ela sabia que algo estava errado. Harry havia tentado argumentar com ela e ela quase o agrediu.