As memórias estavam ficando muito mais densas agora. Draco a tinha visto parada na pia e era quase uma compulsão andar até lá e se colocar onde ele sabia que já tinha estado antes. Atrás dela, contemplando a doce curva de seu pescoço e bochecha. Era como entrar em um papel em um filme. Ele viu a cena, mas se lembrava de pouco sobre seu estado de espírito, exceto pela sensação de finalmente ceder a uma forte vontade de beijá-la. E ele se lembrou de que ela o beijou de volta tão suavemente e então... doce Merlin. O resto da memória inundou e ele de repente sentiu a necessidade de se apoiar em algo sólido.
Ele olhou para ela, desejo residual o engolfando. As memórias eram escaldantemente quentes, mesmo que incompletas. Ele ainda não conseguia acessar suas emoções e apenas fragmentos de seus pensamentos. Mas ele conseguia se lembrar de seus corpos, das sensações físicas.
— Você se lembra daquela noite? — ela perguntou timidamente, um rubor quente manchando suas bochechas.
— Partes dela. Eu me lembro de como era. Fisicamente. — Ele engoliu em seco, seus olhos fixos nos dela enquanto seu rubor ficava mais escuro. Deus, sim, ele se lembrava. Lembrava de como era deslizar seu pau em seu calor úmido pela primeira vez. Como ela gemeu seu nome. A sensação de suas unhas em suas costas. A sensação de elevação quando ele derramou sua semente dentro dela enquanto suas paredes se fechavam ao redor dele. O que ele tinha acesso agora era melhor do que qualquer fantasia que ele tinha sobre ela. E houve muitas ao longo dos anos.
— Está tudo voltando? — ela perguntou, com os olhos arregalados.
— Não. Ainda não consigo acessar como me senti. Minhas emoções. Estou recebendo fragmentos do que estava pensando. Mas ainda está incompleto. Embora as sensações físicas sejam... espantosas. — Ele inconscientemente começou a ir em direção a ela.
— Sim — ela concordou calmamente, seus olhos se voltando para os dele. Ele viu o desejo dela e sentiu uma tensão correspondente em sua virilha. — Mas — ela continuou balançando a cabeça levemente, como se para clareá-la. — Será que essas... fortes... memórias físicas estão impedindo que você se lembre completamente do seu estado interno?
Engraçado, mas ele estava pensando exatamente o oposto, o cérebro menor embaixo da escada sugerindo entusiasticamente que eles deveriam repetir o ato físico para tentar desbloquear seu estado emocional.
Ele suspirou e tentou ver através da névoa de luxúria que o consumia. Não, ela estava certa. Transar com ela agora mesmo - por mais que ele adorasse fazer isso - parecia contraproducente para a tarefa em questão.
— Acho que você pode estar certo — ele disse, incapaz de esconder o profundo arrependimento em sua voz.
Pela primeira vez naquela noite, seus olhos se iluminaram infinitesimalmente com uma faísca de humor.
— Bem, vamos tentar algo menos, ahem, físico. Mais cerebral. E em uma sala diferente — ela sugeriu.
Ele assentiu e a seguiu até a sala de estar.
.
Hermione caminhou em direção ao seu equipamento de som trouxa no canto. Jesus, isso tinha sido um teste para sua vontade. Quando ele olhou para ela e ela pôde ver que ele se lembrava da primeira vez deles. Porra.
— O que estamos vendo agora? — sua voz também soou um pouco atordoada.
— Uhh, na verdade vamos ouvir em vez de olhar. Esta é minha coleção de músicas. — Ela apontou para uma variedade de álbuns e CDs, alguns mais novos e alguns que ela herdou de seus pais quando eles partiram para a Austrália. — Você se interessou bastante por isso e nós ouvimos muitas dessas. Talvez algumas das músicas provoquem mais, hum, lembrança interna.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fragments and Fissures | Dramione
FanfictionDraco Malfoy teve amnésia, amnésia temporária, que durou exatamente duas noites enquanto ele estava no hospital. Então, por que ele continua tendo visões de coisas que nunca aconteceram? E por que ver sua colega de trabalho platônica Hermione Grange...