𝗟𝗮𝘂𝗿𝗮 𝗻𝗮𝗿𝗿𝗮𝗻𝗱𝗼
Hoje já fazem 30 dias,exatamente um mês que estou morando "sozinha" a casa é bem bonita,na real,é um luxo perto doque eu pensava,toda mobiliada e bem grande,o Jiarley disse que eu podia mudar oque eu quisesse e adaptar do meu jeito mais sinceramente não estou com a mínima vontade, a mãe dele e eu nos damos muito bem,nos respeitamos acima de tudo e posso dizer que tá se tornando uma grande amiga,já fiz duas visitas esse mês pro "inocente" e já dei começo no meu pré natal,estou quase com 3 meses e não vou mentir,tá sendo mais complicado do que pensei é um misto de emoções,fora nossa auto estima que fica lá em baixo,a Giulia vem me visitar sempre e já dormiu duas vezes aqui,e o Jiarley monitorando tudo que faço,como sempre,tenho até dúvidas se ele não colocou câmeras aquii. Eu não tenho a mínima vontade de sair de casa, independente de todo o luxo que tô tendo,eu não me sinto "bem",sabe quando você deita a cabeça no travesseiro e bate aquela solidão? Isso acontece comigo todos os dias,sinto tanta falta da minha vida de antes,passo a maior parte dos dias lembrando de como era minha vida antes dessa bagunça toda,é muito triste não poder voltar no passado.
Minha mãe esses dias todos não procurou saber nada sobre mim,não que eu saiba né,só meu irmão que veio aqui ver como eu tava,ele infelizmente a cada dia que passa só se envolve mais no tráfico,isso me intristesse muito,mais ele já é maior de idade e infelizmente nada doque eu fale entra na cabeça dele.
Hoje a Giulia ficou de vir dormir aqui comigo,estou esperando ela a maior tempão,espero que aquela piranha não me dê um bolo,antes que eu xingasse mais um pouco a Giulia escutou baterem na porta,oque achei estranho porque a Giulia tem uma cópia da chave daqui,e geralmente quando ela vem os vapores que ficam de vigia aqui já avisam logo. (A "minha" casa fica bem em cima do morro,em uma parte um pouco difícil de chegar,ou melhor,muito difícil,já que são vários vapores ao redor)
Sai dos meus pensamentos e fui ver quem era,me levantei do sofá e deixei o celular lá em cima,assim que abri a porta dei de cara com a mãe do Jiarley com várias sacolas,tá explicado porque não avisaram, mandei ela entrar e peguei umas sacolas da mão dela,ela vinha toda semana com compras pra cá,as vezes eu tinha que sair doando as comidas do tanto que ela traz kkk
- Como você está? Tá cuidando bem da minha neta? - ela cismou que estou esperando uma menina
- Fora os enjôos que está me proporcionando,estamos ótimas - falei rindo e ela soltou um riso,esse mês os meus enjôos estão vindo com tudo
- Vai se acostumando,daqui pra frente é só pra trás - ela falou enquanto colocava as compras na geladeira,e confesso que só em pensar já me dava uma tristeza do que eu ia enfrentar esses meses
- Não fica com essa cara de enterro não,eu sei que a gravidez é um período muito difícil principalmente pra você que ainda é uma menina,mais lembre-se que tudo que você sentir seu filho também irá sentir - Ela falou sentando em uma cadeira ficando de frente pra mim,eu gostava de ter alguém pra conversar,me sentia muito sozinha nessa casa
- Eu sei,mais é tudo muito novo pra mim,fora que me deixou até mais emotiva que o normal e MUITO sensível,sua "neta" tá me fazendo sofrer antes de nascer - falei rindo
- Vai dá tudo certo,saiba que além de vó do seu filho sou também sua amiga e sogra né - ela falou rindo e eu rir pra não chorar - Pode ter certeza que sempre que precisar de qualquer coisa eu estarei aqui viu - ouvir essas palavras dela me fez lembrar da minha mãe,e não aguentei,senti meu olhos lacrimejarem sem eu perceber,e logo as lágrimas começaram a cair.
- Não chora não amor,estou aqui com você viu - ela falou limpando as minhas lágrimas - Sei que você já passou por várias coisas e está passando,é difícil mesmo, principalmente com sua idade,mais deus nunca lhe dá um fardo que você não possa carregar -Ela falou segurando nas minhas mãos - Sei que meu filho não foi nenhum santo com você,e pode ter certeza que não concordo com as atitudes dele - Realmente,ele cooperou e coopera até hoje pra tudo isso que tá acontecendo, principalmente aqui,ele não me permite fazer quase nada,e além de tudo ainda me faz passar raiva nas vistas
- Eu não consigo entender a cabeça dele,não sei se gosta de mim,não sei oque acontece entre a gente,na real estou perdida nisso tudo
- Eu sei que o Jiarley é cabeça dura e bruto,mais pode ter certeza que ela ama muito você,do jeito torto dele,mais ele ama,não gosto nem de imaginar oque ele deve ter feito com você,mais ele é assim,não sabe um jeito certo de mostrar que ama as pessoas,sempre quer controlar elas,sinto muito mesmo por tudo que aconteceu entre vocês - Realmente,ele é o tipo de pessoa que tem medo de te perder,e ao invés de querer demonstrar amor,afeto,carinho,não... Ele quer te prender a ele e te controlar
- E você,tem algum sentimento por ele? - Confesso que essa pergunta me pegou,nem eu sei oque acontece entre eu ele,só sei que não é amor,eu sinto sim um sentimento por ele,mais não sei explicar,sempre que tento ver algo bom nele ele me faz lembrar tudo de ruim que já passei com ele,e quando estamos em momentos "bons" me vem na memória o quão mal ele já me fez,e isso impede qualquer laço de amor que eu possa ter por ele
- Não o odeio,seria hipocrisia minha falar isso até porque eu sinto sim um sentimento por ele,já tentei odiar ele,mais sempre que chego perto dele parece que o ódio some,mais também não consigo tentar sentir amor por ele...é meio complicado a nossa situação
- Não lhe julgo,só você sabe oque passou com ele,mais só espero que sejam ótimos pais pra esse bebê,e que consigam se entender. Infelizmente a essa altura do campeonato pular do barco não é uma opção,eu peço a Deus todo dia que abençoe os caminhos de vocês dois pra se entenderem,acredite,o Jiarley tem um lado que até eu tenho medo,essa possessividade dele é algo exagerado de mais,confesso que achei até melhor ele preso doque solto aqui com você - ela falou com um semblante triste.
Eu sei que nunca vie ele com raiva ainda,e nem quero,esses dias mesmo ele tá começando a ser mais compreensível comigo por causa da gravidez,mais mesmo assim as vezes tem as crises de loucura dele do nada,por esses e outros motivos que nem penso em sair daqui,e também não tenho nem pra onde ir né,mais independente,tenho muito medo dele,não vou negar, principalmente quando ele sair da cadeia porque sei que iremos morar juntos,não imagino ele com meu filho ou filha,muito menos eu e ele em uma casa. Enfim,depois de conversamos muito sobre vários assuntos a Giulia chegou aqui em casa,e começamos a fofocar das pessoas aqui do morro até autas horas,não vimos nem as horas passar,em um piscar de olhos já era quase meia noite e logo,ela foi pra sua casa,e eu e Giulia fomos dormir,precisava acordar cedinho amanhã pra ir visitar o traste,e resolver algumas coisas do pré natal.
Voltei amores,espero que gostem! Capítulo curto pois estou sem muitas ideias,mais no próximo prometo que irei fazer valer por três.
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Obstinada ao erro [M]
FanfictionEle não permitiu que eu tivesse escolha,ele não me deu opção.