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A noite estava silenciosa na antiga mansão dos Snape. O vento assobiava através das frestas das janelas, e as sombras dançavam nas paredes, lançadas pelas velas que queimavam baixas em seus castiçais de prata. Severus Snape estava sentado à sua mesa, o rosto sombrio, perdido em pensamentos sombrios e profundos. A notícia da morte de sua esposa, Ariana, ainda ressoava em seus pensamentos, um eco de dor e injustiça que não parecia se apagar.
Lúcia Snape, sua filha de sete anos, estava no quarto ao lado, dormindo em um sono inquieto. Ela não entendia completamente o que havia acontecido, mas a tristeza e o medo que a cercavam eram palpáveis. A morte de sua mãe havia deixado uma marca profunda em sua vida, e Severus sabia que teria que protegê-la a todo custo. Agora, ele era o único parente que Lúcia tinha, e a responsabilidade de criá-la caía pesadamente sobre seus ombros.
Snape se levantou de sua cadeira e se dirigiu ao quarto da filha. A porta estava entreaberta, e ele entrou com cuidado, tentando não fazer barulho. Lúcia estava enrolada em seus cobertores, com o cabelo castanho espalhado pelo travesseiro. Ele a observou por um momento, seu coração partido pela dor que a menina estava enfrentando.
"Boa noite, Lúcia," ele sussurrou, tentando não perturbá-la. Mas a menina se mexeu e abriu os olhos, fixando-se em seu pai com um olhar que misturava curiosidade e apreensão.
"Pai?" sua voz estava sonolenta, mas havia uma determinação silenciosa nela. "O que aconteceu com a mamãe?”
Snape sentou-se à beira da cama, procurando palavras que não machucassem mais do que já estavam. "A mamãe... ela se foi. E agora, eu sou o responsável por você."
Lúcia assentiu lentamente, como se já soubesse, em algum nível, que a vida dela estava prestes a mudar para sempre. "Onde ela está agora?"
"Ela está em um lugar melhor," Snape respondeu, com um tom de voz que tentava transmitir um consolo que ele mesmo não sentia. "Mas precisamos continuar a nossa vida, Lúcia. Eu vou cuidar de você."
A menina se levantou um pouco, seus olhos brilhando com uma mistura de tristeza e esperança. "Eu sinto falta dela, pai."
Snape estendeu a mão e passou a mão carinhosamente pelo cabelo de Lúcia. "Eu também sinto, minha querida. Mas nós vamos passar por isso juntos."
As palavras não pareciam suficientes, mas eram tudo o que ele tinha. Severus sabia que a tarefa de criar Lúcia não seria fácil. Ele tinha poucos amigos e muitas inimigos, e o mundo das trevas que ele habitava não era o melhor lugar para uma criança crescer. No entanto, ele estava determinado a proteger sua filha e garantir que ela tivesse uma vida digna, longe das sombras que haviam consumido sua própria vida.
Enquanto o relógio na sala marcava as horas, Snape começou a fazer planos. Ele sabia que não poderia permanecer na mansão dos Snape por muito tempo. O perigo espreitava em cada esquina, e ele precisava encontrar um lugar mais seguro para Lúcia. Talvez fosse hora de procurar ajuda, talvez de antigos aliados ou de novas fontes de apoio que pudessem oferecer algum tipo de proteção.
Com um último olhar para a filha adormecida, Snape saiu do quarto e se dirigiu ao escritório, onde começaria a traçar um plano. As primeiras luzes da manhã começariam a iluminar o céu, mas para Severus, a verdadeira batalha estava apenas começando. A sobrevivência e o futuro de sua filha dependiam de suas escolhas e estratégias. E ele não falharia.
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𝗥𝗲𝘄𝗿𝗶𝘁𝗲 𝘁𝗵𝗲 𝗦𝘁𝗮𝗿𝘀
Short StoryApós a morte de sua esposa, Adriana, Snape terá que ser responsável sozinho de sua filha pequena. Sendo protetor e cuidadoso, porém o que mais poderia deixar o homem na angústia e quando ele descobre uma condição magica grave em sua filha. Tendo que...