5º Ingrediente - Ainda é esse negócio de BDSM?

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– Cara, deixa de ser esquisito. Eu já disse pra você que eu não gosto de homem. E meio perturbador você saber onde eu moro, ein. – e arqueia uma sobrancelha enquanto aponta com desdém para o rapaz.

Saitama perdeu as contas que quantos esquisitos vieram atrás de si por conta das comidas que fazia, mas nunca antes houve alguém tão esquisito ao ponto de saber onde ele morava (ps: ele morava no meio do mato).

O careca deveria ter medo da situação, mas era incrível (de um jeito chocante) como alguém poderia ser tão obsessivo a esse ponto.

Saitama também queria tanto, mas tanto alguém que o admirasse. Não precisava ser necessariamente um fã, só alguém que comece um pão qualquer que ele tenha feito e que fizesse “isso aqui tá bom" (e parasse nisso. Sem esquisitice, por favor).

Aquele rapazinho parecia não tão psicopata à primeira vista, mas agora… Ele tendo ido até a moradia de Saitama? Okay, talvez Saitama estivesse um pouco decepcionado por não ter um fã normal.

Rapazinho, não. Genos. O esquisito já tinha se apresentando.

Enfim… Saitama estava decepcionado com ele.

– Acabe de beber e vá para casa. Não procuro jovem aprendiz e nem estagiário.

Saitama já havia entendido que agir com violência não adiantava de nada, então enquanto Genos meio que se forçava feito um polvo a entrar dentro de seu apartamento, o careca deu de ombros e foi fazer um cházinho de capim cidreira.

O loirinho pareceu entender o recado, e se sentou em seiza na kotatsu no meio da sala.

– Espera, naquele dia que você lá na padaria, não era quarta? E você não estava atrasado já para a faculdade? Hoje é quarta. Cê não tem quer ir pra facul não, menino?

– Ah, não. Eu não preciso ir hoje. – Genos diz, olhando-o fixamente. Ele tinha aquele… olhar esquisito de inquisidor quando de repente arregalou um pouco os olhos – Como o senhor sabe que tenho faculdade hoje?

– Minha padaria é em bairro de universitários, imaginei que você fosse um. — Saitama diz, como se fosse óbvio.

– Oh! Além de cozinhar bem e ser uma pessoa saudável, é também extremamente perceptivo? Interessante… — Deus, porque aquele cara não ia embora logo? – Que tipo de faculdade o senhor fez para cozinhar tão bem, mestre?

– Nenhuma. E pare de me chamar de mes—

– Sério? Muitos dizem que as faculdades gastronômicas tendem a ser estressantes. Por isso pensei que o senhor seria careca, mesmo sendo tão jovem.

“Desgramento! Como ousa falar da minha careca?!”

– Sou careca mesmo! E-e—Qual o seu problema?! – é, Saitama tiutou legal.

– Problema? Gostaria de ouvir meus problemas?

E mesmo que Saitama tenha dito que não, o cara falou. E como falou. Falou, falou, falou. Hablou, hablou e hablou.

Basicamente, Genos contou sobre seu passado triste, como um tal de Dr. Kuseno o fez renascer, e como estava frustrado e ansioso pelo cara que matou a família dele nunca ter sido devidamente penalizado e como toda essa frustração e ansiedade foi embora assim que comeu um donut que Saitama havia feito.

Por aí, o careca já queria cortar a fala do cara, e a propriamente dita cara do cara.

– Você salvou minha vida, Saitama-sensei. Eu me encontrava sem rumo, e vivia no automático. Isso estava me impedindo de ir atrás de pistas que me auxiliassem com o paradeiro do meu antigo senhorio. Me sinto com mais ânimo para ir atrás dele. Mas, para isso, preciso de mais de suas obras-primas culinárias. E, infelizmente, não posso ficar aqui a vida toda. Em algum momento irei me distanciar, e enfim ficarei sem o meu entendido combustível: seus majestosos pratos. Diante deste fato, terei que, antes de tudo, compreender como o senhor faz suas obras-primas, a fim de ter conhecimento necessário para reproduzi-las e poder as fazer assim que achar necessá—

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⏰ Última atualização: Sep 09 ⏰

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