Com o amanhecer de um novo dia, Arthur e Meredith estavam cheios de energia e entusiasmo. A experiência da mansão havia mudado suas vidas de maneiras que nunca imaginaram. Agora, eles eram mais do que amigos; eram parceiros em uma missão, unidos por um propósito maior.
Enquanto tomavam café da manhã, conversaram sobre suas próximas etapas. A cidade estava cheia de mistérios a serem desvendados, e eles estavam determinados a ajudar quantas almas pudessem.
— O que você acha de começarmos um diário? — sugeriu Meredith, enquanto mexia no seu café. — Poderíamos registrar nossas experiências e as almas que ajudamos.
Arthur sorriu, admirando a ideia. — Isso é perfeito! Assim, podemos também documentar o que aprendemos. Pode ser útil para outros, e para nós mesmos.
Depois de se prepararem, os dois foram para a biblioteca novamente. Diante de prateleiras repletas de livros, eles começaram a buscar novas histórias sobre locais assombrados.
— Aqui! — Meredith gritou, segurando um livro antigo. — Olha isso! Tem uma seção dedicada a lendas urbanas.
Arthur se aproximou, curioso. — O que diz?
Meredith leu em voz alta: "Diz-se que há uma ponte na cidade onde muitas almas se perdem. Acredita-se que os que atravessam à noite ouvem sussurros de pessoas que nunca conseguiram passar."
— Isso parece promissor — comentou Arthur, olhando para o livro. — Poderíamos verificar essa ponte.
Com a ideia em mente, eles se prepararam para a nova aventura. Pegaram suas lanternas, o diário que acabaram de começar e um pequeno gravador, prontos para registrar qualquer evidência sobrenatural que pudessem encontrar.
Ao chegarem à ponte, o céu começava a escurecer, e uma névoa leve se formava sobre o rio abaixo. O ambiente era denso e misterioso, perfeito para que sombras e ecos dançassem ao seu redor.
— Você sente isso? — Meredith perguntou, sua voz baixa enquanto caminhavam pela ponte. — É como se houvesse algo no ar.
Arthur assentiu, os sentidos aguçados. — Com certeza. Vamos ficar atentos.
Conforme atravessavam a ponte, começaram a ouvir sussurros, suaves e distantes, quase imperceptíveis. Eles pararam, escutando atentamente, e logo as palavras começaram a se formar.
— Ajude-nos... Não conseguimos passar...
Meredith prendeu a respiração, sua expressão misturando medo e determinação. — Precisamos ajudar essas almas.
Arthur acenou, sentindo a mesma urgência. — Vamos ver se conseguimos localizá-las.
Os sussurros pareciam se intensificar, guiando-os para o centro da ponte. Ao se aproximarem, notaram uma luz fraca pulsando no chão, como se uma energia invisível estivesse se reunindo ali.
— O que é isso? — Meredith perguntou, olhando com atenção.
Arthur se agachou e tocou a luz, que imediatamente se intensificou, revelando figuras transparentes ao seu redor. As almas se materializaram lentamente, seus rostos marcados pela angústia e desespero.
— Nós não conseguimos cruzar — uma das almas, uma mulher idosa, falou, seus olhos refletindo tristeza. — Estamos presos aqui, entre este mundo e o próximo.
Meredith deu um passo à frente, seu coração apertado. — O que aconteceu? Por que vocês estão presos?
— A ponte é um lugar de dor e perda. Muitos que a atravessam não conseguem seguir em frente, e suas almas ficam vagando aqui, atormentadas — explicou a mulher, sua voz trêmula.
Arthur e Meredith trocaram olhares, compreendendo a gravidade da situação. — O que podemos fazer para ajudá-los? — Arthur perguntou, sentindo o peso da responsabilidade.
— Para atravessarmos, precisamos que vocês tragam a luz. Somente ela pode dissipar a escuridão que nos prende aqui — a mulher respondeu, seus olhos cheios de esperança.
Meredith rapidamente se lembrou do amuleto que haviam usado na mansão. — E se usássemos algo semelhante para trazê-los à luz?
Arthur acenou. — Precisamos encontrar uma maneira de invocar a luz novamente.
Eles se afastaram um pouco, buscando inspiração. Então, Meredith teve uma ideia. — E se fizermos uma invocação? Algo que chame a luz para nós?
Arthur sorriu, animado com a proposta. — Isso pode funcionar. Vamos tentar.
Juntos, eles começaram a recitar palavras que tinham aprendido durante suas pesquisas sobre proteção espiritual. Enquanto falavam, o ar ao seu redor começou a vibrar, e a luz começou a brilhar mais intensamente, como uma aurora nascendo no horizonte.
À medida que as palavras ressoavam, as almas começaram a se aproximar, atraídas pela luz que emanava deles. Os sussurros se tornaram gritos de esperança, e as sombras ao redor começaram a recuar.
— Está funcionando! — Meredith exclamou, o brilho nos olhos crescendo.
Arthur intensificou a invocação, sentindo uma onda de energia percorrer seu corpo. A luz se expandiu, envolvendo as almas, que agora pareciam mais vivas, seus rostos iluminados pela esperança.
— Sigam a luz! — Meredith gritou, incentivando as almas a se moverem em direção ao brilho.
Um a um, as almas começaram a atravessar a ponte, a luz as guiando. A mulher idosa foi a primeira, seus olhos transbordando gratidão. — Obrigada! Finalmente, estamos livres!
E, com um último olhar de esperança, as almas se foram, desaparecendo na luz que havia se formado na ponte. A atmosfera ao redor deles mudou, e a sensação de peso e tristeza começou a se dissipar.
— Conseguimos! — Arthur disse, respirando aliviado.
— Sim! Estamos fazendo a diferença — Meredith sorriu, seu coração aquecido pela alegria da realização.
Enquanto observavam a ponte agora tranquila, Arthur e Meredith perceberam que sua jornada apenas começara. Novos desafios os aguardavam, e juntos eles poderiam enfrentar qualquer escuridão.
— Vamos continuar! — Meredith declarou, determinada.
— Sim, juntos. A luz sempre vencerá — Arthur concordou, e juntos, eles saíram da ponte, prontos para a próxima aventura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Pratos e Sombras: O Macaco que Desafiou a Escuridão
TerrorEm uma cidade tranquila dos Estados Unidos, um jovem chamado Arthur e sua amiga Meredith se veem atraídos por histórias de assombrações e mistérios que cercam locais abandonados. Durante uma de suas aventuras, eles descobrem uma antiga ponte que abr...