A Outra Mulher
Me diga como é ser a segunda opção,
Como é ser largada de mão,
Como é receber migalhas
E saber de todas suas galhasComo é ficar calada
Na escuridão da madrugada
Com o peito atordoado
Quase explodindo de tão infladoUm grito homérico guardado
E meu choro nele encapsulado.
Ele me grita feliz da fachada,
Mas quando eu chego mal sou amadaUm pileque desleal
Que na morte me tira do mundo real
Arregaçada, revirada, em troca de que?
Em troca de uma forma de "amar" desgraçadaMe diga como é ser humilhada
Tentando se sentir amada,
Como é ser manipulada
E todos os dias ser testadaComo é não ser escutada
Como é apenas ser desejada.
Um grito por aquela que é vista como carne!
Um grito por aquela infeliz que foi pro embate!
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Meus Gritos Abafados
PoetryEntre sonhos e realidade, uma menina explora suas ideias, sentimentos e descobertas em poesias que revelam sua essência. Cada verso percorre uma nova paisagem emocional, abordando temas como o amor, a saudade, o medo, e a beleza nas pequenas coisas...