A Outra Mulher

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A Outra Mulher

Me diga como é ser a segunda opção,
Como é ser largada de mão,
Como é receber migalhas
E saber de todas suas galhas

Como é ficar calada
Na escuridão da madrugada
Com o peito atordoado
Quase explodindo de tão inflado

Um grito homérico guardado
E meu choro nele encapsulado.
Ele me grita feliz da fachada,
Mas quando eu chego mal sou amada

Um pileque desleal
Que na morte me tira do mundo real
Arregaçada, revirada, em troca de que?
Em troca de uma forma de "amar" desgraçada

Me diga como é ser humilhada
Tentando se sentir amada,
Como é ser manipulada
E todos os dias ser testada

Como é não ser escutada
Como é apenas ser desejada.
Um grito por aquela que é vista como carne!
Um grito por aquela infeliz que foi pro embate!

Meus Gritos Abafados Onde histórias criam vida. Descubra agora