The other side, Javon W.

Teenage Dirtbag.

Warning: Conteúdo sexual.

— Por que convidou ela? — Jaden indaga, entrando no carro.

— Fiz besteira naquela noite, e se eu não voltar atrás — Coloco meu cinto — Acaba o contrato.

— Deveria investir verdadeiramente nela. — Observou a paisagem pelo vidro — Você iria gostar do beijo dela, é tipo o da Beck.

O encaro sem acreditar no que tinha acabado de ouvir.

— Você beijou a Amélia?

— Não — Respondeu rápido — Só estou supondo.

— Sinceramente, você deveria se tratar. — Manobro o carro — Você deve ter algum complexo de sempre querer as namoradas do irmão.

— Não é minha culpa se elas gostam da pegada bruta do gêmeo bonito. — Jaden zomba.

Nós fazemos isso há tanto tempo que eu nem me importo mais. Da primeira vez, fui eu quem peguei a namorada dele, inclusive, perdi minha virgindade com ela.

Quando Jaden descobriu, ele surtou e decidiu se vingar, transando com a minha primeira namorada. E desde então, não nos importamos em dividir nossas garotas.

Claro que só dividimos as que não temos vínculos emocionais. Não que isso diminua a babaquice que é, mas acho que é menos pior.

A princípio, Jaden beijar Amélia não me incomodou, mas conforme eu pensava nisso durante o caminho... Senti uma pontada.

— Acha que ela vai?

— Não sei, espero que sim. — Estaciono o carro — Não quero ter que aparecer na casa dela três da manhã de novo.

[...]

A casa estava quieta, um silêncio quase ensurdecedor, e eu sabia que era a oportunidade perfeita. Meus pais tinham viajado para o final de semana, e isso significava liberdade total. Olhei para Jaden, que estava jogado no sofá com o olhar perdido na tela do celular.

— Ei, vacilão — O chamo — Temos que começar a arrumar as coisas..

Ele levantou a cabeça, os olhos brilhando de excitação.

— Já? — Se levantou — O que vamos fazer se eles descobrirem?

— Pelo amor de Deus, Jaden — Eles estão a horas de distância. Vamos apenas nos divertir, e se eles perguntarem, a gente diz que foi só um 'encontro' de amigos. – A adrenalina já estava correndo nas minhas veias, e eu podia sentir a expectativa no ar.

Fui até o armário e peguei algumas latas de cerveja e garrafas de bebidas.

— Isso vai dar conta.

Já estava rolando. A casa estava cheia de pessoas, a maioria já estavam bebados, e alguns tinham se juntado pra usar drogas.

Não nos preocupamos com isso, já que cada um faz o que quer, e depois eles que arquem com as consequências.

Meg já tinha chegado, mas Amélia não veio com ela. Caminho para a cozinha, onde ela estava se embebedando.

— Acho que já deu, né? — Tiro a garrafa de sua mão.

— Minha mãe enlouqueceu e brigou comigo, tenho o direito de me embebedar! — A pega de volta.

— Isso é o começo do alcoolismo, cuidado — Zombo.

— Até parece que você não bebe. — Revira os olhos — Não sei o que fez com Amélia, mas acho que preciso agradecer.

— Não entendi.