Abri os olhos com preguiça, o quarto estava muito claro, Mady estava abrindo as cortinas e dizendo alguma coisa de polícia, minha cabeça está rodando muito, eu estou de ressaca que merda.
— Mady para de gritar. — Digo resmungando.
— A polícia está aí na sala. — Ela diz mais perto de mim, levantei a cabeça sem entender.
— Como assim?
— A polícia está aí na sala perguntando da senhora. — Será que descobriram que eu matei o homem? Aí meu Deus, fodeu demais, dei um pulo da cama procurando meu celular.
— Esconde a minha arma Mady, dentro do cofre da cozinha! — Achei ele em cima da cômoda.
— Mas senhorita... — Mady diz.
— Mady agora! Enfia a arma dentro de alguma roupa, finge que vai pra lavanderia e põe dentro do cofre. — Disquei o número do Kauê é apertei ligar.
Em quanto chamava corri pro closet, eu estava só de calcinha e uma regata, não me lembro disso. Eu bebi aquela garrafa de whisky puro.
— Bom dia flor do dia, sonhou comigo? — Escuto a voz do Brayan.
— Sai porra! Qual foi? — Kauê diz em seguida.
— A polícia tá aqui, o que eu faço.
— Age naturalmente, seu pai morreu e você está muito triste, esconde a arma, caso eles perguntarem sobre o comando, diz que não sabe de nada de comando, as notas estão no escritório caso precise.
— Caralho eu não consigo.
— Como assim?
— Eu matei alguém ontem! — Disse cochichando.
— Para de frescura porra! Desce logo e para de caô e não cai na lábia dele.
Ele diz e desliga a chamada.
Aí meu Deus.
Coloquei um short e uma camiseta por cima da regata que eu vestia, arrumei o cabelo e deixei meu celular na cômoda, a Mady saiu com o cesto de roupa, eu fui atrás dela, fiz um semblante de triste em quanto descia as escadas.
— Olá Sonza! — Um homem alto, muito gato, de farda da polícia diz parado na minha sala, apenas sorri e cheguei perto dele.
— Oi senhor? — Pergunto com a voz simpática.
— Rubens, só Rubens. — Balancei a cabeça em positivo. — Fiquei sabendo do Cezar.
— É pois é, ele se foi. — Digo, desviando os olhos por uns segundos e voltando em seguida.
— Eu sinto muito. — Ele é muito gato, pele clara com a barba loira, olhos claros, ele é forte, a roupa apertada deixava seus músculos a mostra. — Ele tinha umas pendências na polícia.
— Pendências? Como assim? — Pergunto curiosa.
— Confia em mim? — Ele pega minha mão delicadamente e coloca um papel amassado na minha mão, fiquei olhando o mesmo sem entender. — Ele tem 15 anos de tráfico, 12 por porte arma ilegal, e sem querer te assustar 10 anos por assassinato, obviamente ele morreu e todos esses crimes serão suspensos após a apresentação da certidão de óbito.
— Mady! — Chamei a mesma s m tirar os olhos dele, já entendi que não poderia falar sobre o papel, ele olhou o papel e sem dizer entendi que era pra mim abrir.
— Oi senhorita. — Ela diz.
— Pega a certidão d órbito e os documentos do meu pai, por favor. — Digo, ela assentiu e saiu da sala.
Abri o papel, tinha alguma coisa escrita mas pude perceber que era a letra do meu pai. "Eu estou bem, tive que viajar por um tempo, deu ruim mané! Tô sem celular, não adianta ligar, saiba que eu faço tudo por você, Nicolas vai te dá um apoio aí tá ligado, eu te amo e se eu morrer vou continuar amando, tu sabe que é meu fechamento. Ass:Cezar" Meus olhos estavam ardendo, essa carta é dele, ele escreveu pra mim, meu peito doía, meu estava acelerado.
— O que isso? — Sai quase um sussurro.
— Aqui estão senhor... — Mady aparece e diz algumas coisas pro policial e entregando uns papéis, minha cabeça começou a girar, eu estava suando muito, tava começando a me dar um teto preto, meu estômago estava revirado, corri para o banheiro e vomitei no vazo.
Meu pai escreveu uma carta pra mim ler quando fosse fugir...
Depois de ter vomitado lavei minha boca na pia, minhas lágrimas caiam descontroladamente, que merda de vida meu pai levava, ele teria que ficar longe de mim pra não ser pego.
Ele tem 10 anos por assassinato, ele matou que nem eu matei, que nem eu quero matar.
Me sinto péssima, essa vida não é minha.
— Essa vida não pode ser minha. — Digo pra mim mesma, me escorei na porta e me sentei no chão chorando, me encolhi deitada pro lado. — Essa vida de merda não pode ser minha.
[...]
Abri os olhos devagar, senti um desconforto no corpo, olhei pra cima e vi o Kauê.
— O que? — Digo confusa.
— Acordou a donzela.
Eu estava sendo carregada, aparentemente pro meu quarto pelo Kauê?
— Me solta! — Digo e ele começou a subir as escadas.
— Tu tava desmaiada.
— Agora não tô mais, me solta agora. — Falei autoritária, ele estava com o rosto muito perto do meu, sentia sua respiração.
A gente se encarava fixamente, ele é um gato mas é insuportável de mais, muito autoritário. Porque caraslhor ele tá me carregando, eu não sei, mas ele cuida de mim.
Depois de subir as escadas, ele me colocou no chão devagar, nossos rostos ainda estavam muito perto, eu já estava no chão e ele olhava pra minha boca o tempo todo.
— Nem pense. — Digo antes d lê vim me beijar.
— Ontem a noite você gostou. — Ele diz com a sua voz grossa me deixando sem graça, pior que eu não lembro de nada, sorri mordendo o lábio de baixo e desviei o olhar desacreditada, que eu beijei esse insuportável.
— Eu estava fora de mim, isso é assédio! — Falei levantando a sombrancelha e chegando mais perto ainda do seu rosto.
— Só seria assédio se você tivesse negado. — O celular dele tocou e me afastei desacreditada com o que tinha ouvido, eu quis beijar ele, a boca dele é linda e bem atraente mas eu... Não vou mais me defender consciência.
— Já vamo colar, vou só resolver uma parada aqui. — Ele diz no telefone e desliga, ele respirou fundo e me olhou. — Tá tudo bem? — Balancei a cabeça pra sim, mas não estava não. — Hoje tem baile no morro, como tu fez essas palhaçada com o Myler, vamos ver o que ele vai aprontar.
Revirei os olhos e sai dali indo pro meu quarto.
Me lembro da carta do meu pai, eu tô cansada de tudo, eu dormir no banheiro dizendo que essa vida nào é minha e não é.
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𝖒 𝖆 𝖋 𝖎 𝖔 𝖘 𝖆 - Luiza Sonza
Fanfiction- Sou eu que mando nessa merda agora! Me obedece então caralho! 🔞Maior de 18🔞 🛑 PLÁGIO É CRIME🛑