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Eu já tenho tudo pra ser uma filha da puta? Acho que não pode piorar minha situação, minha vida já tá uma merda, faz dias que eu não vejo meus amigos, fumei maconha, bebi whisky puro, beijei o merda do Kauê e como cereja do bolo, matei um homem por causa de drogas.

Não tem como piorar.

Minha vida já é uma grande merda.

— Por aqui. — O vapor diz me conduzindo.

Olha pra mim, estou subindo o beco pra ir pra um baile funk, rodeada de homens muito gostoso, com um fuzil no braço, fumando maconha pra ficar relaxada, com a intenção de beber o que tiver no camarote, com uma arma na cintura, pronta pra matar quem pensar em me prejudicar.

— O caralho! — Kauê diz estralando o dedo na minha frente, olhei pra ele entediada. — Presta atenção no que eu tô falando.

— Eu não ligo pro que você fala, vai ser do meu jeito e ponto final. Vamos beber todo mundo! — Digo me animando no final e olhando para os vapores que apontou o fuzil pra cima e atirou.

O Kauê me olha furioso e em fim chegamos no baile, estava cheio de puta, velho, menininha de uns 14 ou 13 anos, tinha tudo nesse inferno, até vários gostosos que me chamavam atenção.

— Sua vagabunda! Tu tá metendo o louco quebrando o pescoço da minha filha?! — Uma mulher diz alto por conta da música.

Me lembrei da menina que eu quase matei, porque estava com raiva e queria descontar em alguém, ela era namorada do Kauê eu acho, parei olhando pra mesma, os vapores pararam também e olhei pra ela e sorri com a boca fechada.

— Da próxima eu dou um tiro na cabeça, moro tia? — Digo e continuei andando no meio da muvuca, os vapores me conduziu até o camarote.

Botão do fodasse ligado!

Me sentei no banco, comecei a ver minhas redes sociais, o baile foi rolando, resolvi algumas coisas de negócios, bebi um pouco e estava começando a curtir.

O Kauê me olhava o tempo todo no decorrer da noite, o Drew dessa vez não estava pra fazer um pouco de ódio pro Kauê, ele estava com uma garota agarrada no pescoço dele, ele bebia e me olhava pra vê se estava olhando, como s tivesse fazendo ciúmes pra mim hahaha, coitado.

— Luísa porra! — Juninho diz, tinha me esbarrado nele e derrubado um pouco de bebida no seu abdômen amostra, eu estava um pouco tonta, não tinha visto ele.

— Desculpa... — Olhei pro seu abdômen molhado, mordi o lábio e subi meus olhos pro seu rosto, que estava sem entender.

— Tá tudo bem? — O Juninho ficou tão gostoso de repente.

— Não ainda. — Digo e sorri, chegando mais próximo dele.

— Qual foi Luísa? — Mordi o lábio, olhando pra sua boca, agarrei minhas unhas no seu queixo e cheguei a ficar centímetros da sua boca.

Ele tomou a iniciativa de me beijar, segurou na minha cintura com a mão esquerda, a direita estava segurando a minha bunda, minhas unhas desligava em seu pescoço, até a sua nuca.

Estávamos se pegando real, abri o olho em quanto nos beijávamos, olhei para o Kauê que me olhava puto da vida, sorri entre o beijo com o Juninho e e cheguei no seu ouvido.

— Bora pra outro lugar. — Digo e sorri ainda olhando para o Kaue, Dandara vários beijos em sua orelha.

Ele diz alguma coisa e me puxa pela mão, descendo as escadas do camarote, ouvi barulho de fogos estranhei, soltaram de novo e olhei para o Juninho que já puxou o rádio pro Cabeça.

— O que tá rolando? — Ele diz no rádio.

— O Myler tá subindo ai. — A voz do Cabeça diz e comecei a escutar vários tiros pro alto.

Soltei a mão do Juninho e peguei minha pistola, corri pro camarote mandando todo mundo descer.

— Desce todo mundo nessa porra! — Gritei e olhei para o Kauê com a cara fechada.

As pessoas foram descendo ficando só os vapores, peguei o rádio do Kauê.

— O Myler tá subindo, quero todo mundo na atividade. — Digo.

Os homens que estavam na parte de baixo continuaram com o fuzil pra cima, os que estavam no camarote desceram e se espalharam pelas entradas da quadra, ficando só eu, Kauê, Jake e Juninho no camarote.

Tinha uns vapores nas casas de cima mirando, quando olho para a entrada, vi o Myler entrando no meu baile com um fuzil na mão e um grupo dos homens dele juntos

—  Tá fazendo o que aqui, filha da puta. — Digo pra mim mesma com a cara fechada.

O Myler e dois bostas, começaram a subir as escadas, não tirava os olhos dele, o grupinho de banana ficou esperando no pé da escada.

Claro que a atenção estava para o camarote, suspirei sem paciência, queria tanto atirar na cabeça desse desgraçado, ele foi se aproximando e destravei a arma encarando ele, qualquer coisa que ele dizer e me irritar, eu estouro ele aqui mesmo.

— Eai minha nova amiga! — Ele debocha pegando uma bebida no freezer, que folgado.

— Sabe das regras, tá fazendo o que aqui porra?! — Kauê diz e não consigo parar de encara o filha da puta.

— Mete o pé Myler, esse território não é seu. — Jake diz.

Cheguei mais perto dele e levantei a arma rapidamente, apontando na cabeça dele, os dois homens dele levantou o fuzil pra mim e Kauê e Jake levantaram o fuzil também. Se eu atirasse no Myler, os dois bananas atiram em mim e depois o Kauê e o Jake atiram nos dois bananas.

Myler jogou a cabeça pra traz negando e respirando fundo.

— Não se ameaça os amigos assim Luísa, teu pai não te ensinou isso? — Ele debocha.

— Adivinha, eu não vou ser sua amiga hoje. Tem cinco minutos a partir de agora, pra sumir da minha vista ou, eu estouro sua cabeça aqui mesmo. — Digo tentando achar a paciência.

𝖒 𝖆 𝖋 𝖎 𝖔 𝖘 𝖆 - Luiza SonzaOnde histórias criam vida. Descubra agora