Em um mundo onde o sobrenatural caminha pelas sombras de uma cidade que nunca dorme, a imortalidade esconde segredos que podem destruir tudo. Há 378 anos, uma bruxa poderosa selou o destino de uma linhagem, garantindo que apenas os vampiros Mikaelso...
A noite estava silenciosa, exceto pelo som suave da respiração de Hailee, que dormia tranquilamente abraçada a mim. Eu estava deitada ao seu lado, os braços envolvendo-a em um abraço protetor. A luz fraca da lua filtrava-se através das cortinas, lançando um brilho pálido e tranquilo sobre o quarto. O ambiente estava calmo, mas minha mente estava longe de encontrar a mesma paz.
O medo de perder Hailee, de vê-la sofrer ou, pior ainda, de vê-la ser arrancada de mim por causa de Evelyn, estava consumindo cada pensamento meu. Eu me perguntava constantemente o que aconteceria se a ameaça que pairava sobre nós realmente se concretizasse. E o pensamento de que algo pudesse acontecer a Hailee, de que eu pudesse perder a única pessoa que significava tanto para mim, era uma dor insuportável.
Meus olhos percorriam o quarto, tentando se fixar em qualquer ponto que não fosse o rosto sereno de Hailee, mas era inútil. Ela estava tão tranquila, tão perfeita ali ao meu lado, que eu não conseguia desviar o olhar. Cada vez que eu a olhava, o medo e a dor que eu sentia se intensificavam. O pensamento de que ela poderia ser atingida, ferida ou, pior ainda, morrer, me fazia sentir uma agonia que era quase física.
Meu coração se apertava com a ideia de que eu não poderia viver sem ela. A vida, sem Hailee, parecia incompleta e sem sentido. Ela era minha luz, minha razãode tudo, e a perspectiva de perdê-la era simplesmente insuportável.
Lembrando das habilidades que Evelyn tinha e do que ela poderia fazer, a ideia de transformar Hailee em uma vampira começou a se formar em minha mente. Se Hailee fosse uma vampira, ela seria imortal. Poderia ficar ao meu lado para sempre, sem o medo constante de que um dia eu a perderia.
Mas havia um dilema. Transformar Hailee em uma vampira era uma decisão monumental. Não era algo que poderia ser feito sem o consentimento dela. Eu sabia que não tinha o direito de decidir por ela, mesmo que minhas intenções fossem proteger e garantir a nossa eternidade juntas. E o pensamento de Hailee odiar a ideia me atormentava ainda mais. E se ela não quisesse se tornar uma vampira? E se ela odiasse a ideia e me odiasse por tentar forçá-la a isso? O medo de perder Hailee de qualquer maneira, não importa como, estava me corroendo por dentro.
Levantei-me lentamente da cama, tomando cuidado para não acordar Hailee. A noite estava fria, e o silêncio da casa parecia amplificado na escuridão. Enquanto a observava dormir, uma onda de preocupação e amor me envolvia.
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Desci as escadas silenciosamente. Quando cheguei à sala de estar, encontrei Hope, Klaus e meu pai conversando. O ambiente estava tenso, mas havia uma sensação de determinação no ar.
"Eu tive uma ideia." comecei, minha voz firme, mas com um tom de ansiedade. "Podemos levar Hailee e as outras para nossa casa na Dakota do Sul. Evelyn não sabe da existência dessa casa. Lá, elas estariam seguras."
Meu pai, que sempre teve um olhar atento e analítico, franziu a testa por um momento antes de seu semblante se iluminar com aprovação. "É uma excelente ideia. A casa na Dakota do Sul é bastante discreta e pode servir como um refúgio seguro."
