Reconciliation Roses•{Jikook}

05•You're strong

Hellouuu!👋
Boa leitura!

🌹
• Jimin•

O sol bate-me na cara e o arrependimento de não ter fechado as cortinas ontem à noite é instantâneo. Viro para o lado oposto da janela e fecho os olhos, não adianta, não consigo dormir. Sento-me na cama, levo as mãos até os olhos e esfrego, estou cansado, parece que corri uma maratona enquanto dormia. Olho para o meu corpo e vejo que estou com a roupa de ontem. Não sei o que aconteceu.

Um banho de água gelada parece ser a ideia perfeita para me fazer acordar de uma vez por todas. O meu corpo treme dos pés à cabeça quando a água entra em contacto com a pele, no entanto não demora muito para que me acostume à temperatura. Quinze minutos são o suficiente para me trazer à realidade.

Visto uma roupa leve, algo confortável para ficar em casa o dia todo. Procuro o meu celular no meio dos lençóis, não o encontro. Dirijo-me à sala de estar e deparo-me com tudo desarrumado. Almofadas espalhadas pelo chão, a grande carpete toda enrolada, a mesa de centro numa posição completamente diferente do habitual, uma garrafa de vinho caída perto do sofá e uma taça meio cheia. Parece que um tonado passou por aqui.

Pego no celular e vejo que há uma mensagem do Taehyung, abro a conversa e...

Ah não, não, não. Enviei-lhe um vídeo meu bastante ridículo a dançar. Parece que acabo de descobrir o motivo de toda a desarrumação. Uma dança completamente desajeitada e com toda a certeza causada pela garrafa de vinho que bebi praticamente toda, sozinho. Bato com a mão na testa e deixo-me cair no sofá enquanto choramingo. O que o álcool não faz as pessoas se humilharem...

Pensando bem poderia ter sido muito pior. E se eu tivesse mandado para outra pessoa? Ou até mesmo publicado em alguma rede social? Felizmente nada disso aconteceu, todavia é certo que serei alvo de chacota do Taehyung durante algum tempo.

— Vamos, Jimin, se levanta e arruma tudo. -- Sussurro para mim mesmo.

São minutos inteiros até que tudo esteja no devido lugar. Na verdade, horas, já que com uma música boa nada dura tão pouco. É estranho dizer que me sinto uma estrela do mundo musical ao arrumar a casa, dançar e cantar por tudo o que é canto? Não me importo se é ou não, só sei que me sinto mais leve depois de o fazer.

Ouço o celular tocar. É o meu pai.

— Bom dia, filho. — O seu tom de voz denuncia o cansaço que sente.

— Bom dia, pai.

— Então, a tua mãe pediu para que te convidasse para vires hoje aqui a casa jantar. — Ele suspira. Sabe que a relação que eu tinha com a minha mãe decaiu bastante. -- Entenderei se não quiseres.

— Não é que eu não queira, é apenas estranho que a mãe tenha tido a iniciativa de fazer esse convite. — Digo enquanto mexo em algumas panelas que estão no fogão.

— Também achei estranho, mas sou tipo pombo correio, só passo a informação. — Solto uma risada. — Só Deus sabe o que vai na cabeça daquela mulher, meu filho.

-— Acho que nem ele sabe, de tão imprevisível que a mãe é. — O riso dele é abafado, tenho certeza de que está a tapar a boca para tentar não fazer barulho.

   — Se ela nos ouve dizer estas coisas, seremos dois sem abrigos e olha que eu até estou a ser bonzinho.

— Seria só você. Eu tenho o meu apartamento. — Não preciso de câmara alguma, apenas da minha própria imaginação e conhecimento sobre ele para saber que ele está completamente indignado.