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ℬʀᴜɴᴀ ℒᴏᴘᴇs

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ℬʀᴜɴᴀ ℒᴏᴘᴇs. 19/01/24.12:02 🧸


O som das malas sendo arrastadas pelo chão ecoava no quarto silencioso. Cada ruído parecia amplificar o peso que eu sentia no peito. Eu estava ali, de pé, dobrando as últimas roupas com cuidado, tentando evitar o inevitável: partir.

Voltar para o Brasil. Por mais que tentasse, ainda não conseguia acreditar que o momento realmente havia chegado. Dois anos... dois anos nos Estados Unidos que passaram tão rápido, e agora eu estava me despedindo. Sentia falta de casa, claro. Da minha família, do calor familiar, da língua que flui naturalmente. Mas... dizer adeus à vida que construí aqui parecia impossível.

Olhei para Luccas, sentado no canto da cama, observando-me com um sorriso meio triste. Ele sempre esteve comigo, desde o primeiro dia, e, de alguma forma, sabia exatamente o que eu estava sentindo. Éramos inseparáveis. Ele foi meu porto seguro desde que cheguei. Me ajudou a me adaptar, a me encontrar.

— Que pena que você já vai, Bru — ele disse, com uma leveza que contrastava com o olhar profundo. — Eu tava amando ter você aqui.

Parei por um momento, segurando a última camiseta dobrada, e encarei Luccas. Como era difícil pensar que o laço que construímos aqui, tão longe de casa, estava prestes a se distanciar. Ele sempre foi a alegria nos meus momentos mais difíceis, a pessoa que me fazia rir quando tudo parecia desmoronar. O pensamento de deixá-lo para trás... doía.

— Ah, Luquinhas... eu também queria ficar mais — falei, suspirando, tentando segurar as lágrimas que ameaçavam escapar. — Mas eu já adiei a passagem três vezes. Não dá mais pra continuar adiando.

— Eu pago outra! — ele disse, com aquele olhar brincalhão que eu conhecia tão bem, tentando arrancar uma risada minha.

Eu sorri, balançando a cabeça. Ele sempre sabia como me fazer rir, mesmo nos momentos mais tensos.

— Claro que não, né? — respondi, com um sorriso suave. — Não vou deixar você gastar dinheiro comigo.

O sorriso dele diminuiu, e um silêncio pesado caiu sobre nós. Continuamos dobrando as roupas em uma tentativa de manter a leveza do momento, mas a verdade é que a despedida estava ficando cada vez mais real. O que antes parecia distante agora estava batendo à porta — literalmente.

Uma batida interrompeu nossos pensamentos.

— Quem será? — Luccas perguntou, erguendo as sobrancelhas.

— Deve ser a Lana — falei, enquanto caminhava até a porta. Abri sem pensar muito, mas quem estava ali me fez congelar. Noah.

Noah, o garoto mais cobiçado da escola. O jogador de futebol americano que todas as meninas adoravam. O sorriso encantador que fazia qualquer um derreter... e, ali, ele estava na minha frente.

— Hi, Noah! What do you need? — perguntei, surpresa e, de repente, muito consciente da minha aparência. Não esperava vê-lo ali. Não sabia o que esperar dele.

— Pode falar português comigo — ele disse, com um sotaque engraçado, mas claro. Ele falava português? Eu não sabia disso.

— Ah... claro! — respondi, um pouco nervosa, sem saber o que fazer com as mãos ou para onde olhar. Por que ele estava ali?

— Só queria me despedir de você, Bru — ele disse, os olhos brilhando de uma forma que eu nunca havia percebido antes. — Esses dois anos foram incríveis, e você sempre esteve por perto. Obrigado por tudo. Espero que a gente se encontre de novo algum dia.

Fiquei sem palavras. Eu sempre torcia por ele nas competições como cheerleader, mas nunca imaginei que ele realmente notasse a minha presença. E agora ele estava ali, falando como se eu tivesse feito parte da vida dele de uma forma que eu não sabia. Antes que eu pudesse responder qualquer coisa, Noah me puxou para um abraço apertado.

Fiquei meio paralisada. Senti o calor do corpo dele, o peso da despedida, mas ainda estava processando tudo. Quando ele se afastou e foi embora, senti o olhar de Luccas em mim, um sorriso malicioso no rosto.

— O que foi isso, dona Bruna? 

Eu ri, jogando-me na cama.

— Eu nem sei! Ele nunca tinha falado português comigo antes... e de onde veio toda essa intimidade? — perguntei, ainda meio atônita com a situação.

Luccas riu, mas antes que pudéssemos falar mais, a porta se abriu novamente. Desta vez, era Lana. Minha amiga querida. Com seu sorriso caloroso, cabelo castanho claro e olhos azuis profundos, ela me abraçou com força assim que entrei em seu campo de visão.

— Laninha! — exclamei, desligando o secador e correndo para abraçá-la. — Que saudade, amor!— Ai, amiga, também não queria voltar — disse Lana, com a voz trêmula. — Sei que a Espanha é incrível, mas aqui com vocês foi tão bom.

Eu sorri, tentando conter a tristeza. Sabia que estávamos prestes a nos separar, cada uma indo para um canto do mundo, mas o que construímos juntas... isso seria eterno.

— A gente vai levar o Luccas na mala! — brinquei, tentando aliviar o clima, e con

seguimos rir. Rimos juntos, como fazíamos nos melhores momentos.

Mas o relógio não parava. Era 12h31, e meu voo se aproximava.

— Vai tomar banho, Bru. Eu termino as malas — disse Luccas, assumindo o controle, como sempre. 

Enquanto a água quente caía sobre meu corpo, meus pensamentos vagavam. O Brasil. Minha família. Como seria o reencontro? As coisas estariam diferentes? Eu estaria diferente? O medo do desconhecido apertava meu peito.

Quando saí do banheiro, Lana e Luccas já tinham organizado tudo. E então, a campainha tocou novamente. Minha host family. Mais uma despedida que eu precisava enfrentar. O caminho até o aeroporto foi rápido demais. Cada quilômetro parecia me afastar de tudo o que construí ali. No saguão lotado, era hora de dizer adeus. Luccas, com os olhos marejados, segurava um papelzinho, e Lana já estava em lágrimas, me abraçando com força.

— Bru, você vai fazer falta, mas eu sei que nossa amizade vai continuar — disse Luccas, com a voz embargada. — Não importa a distância.

— Eu te amo, amiga. Esses dois anos foram os melhores da minha vida por sua causa — disse Lana, soluçando.

Tentei segurar as lágrimas, mas foi impossível. O coração apertado, a garganta seca. Sabia que aquele não era um adeus definitivo, mas o peso do momento era inegável.Quando a última chamada para o voo foi anunciada, olhei para trás uma última vez. Luccas e Lana, de braços dados, acenando com lágrimas nos olhos. Sorri, mesmo com as lágrimas rolando pelo meu rosto, e entrei no avião, pronta — ou, pelo menos, tentando estar — para a próxima fase da minha vida.

Notas da autora

001. OLHA QUEM VOLTOU EM VI!! ( Verao Inesquecivel )

002. Gostaram divos? AMEI JURO, Prometo no proximo capitulo escrever bem mais, achei pouco.

003. CORINTHIAMNS GANHOU ANTEONTEM,SP ELIMINADO,QUE FELICIDADE ( pegamos o varmengo na semifinal ) 

005. Votem,comente, interagem comigo! Eu amo responder voces!!

006. Em fim divos, necessito ir, quero postar mais um capitulo aqui hoje!! 

006. Bjokas da nuneszoca 💋

007. #vaicorinthians #chupatrikas

008. 1142 palavras 🙅‍♀️

Verão InesquecívelOnde histórias criam vida. Descubra agora