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ℬʀᴜɴᴀ ℒᴏᴘᴇs

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ℬʀᴜɴᴀ ℒᴏᴘᴇs.22/01/24.05:30🧸


O despertador ainda nem tinha tocado, mas, para minha surpresa, Bernardo já estava no meu quarto. O sol ainda nem tinha dado as caras, e o relógio marcava cinco e meia da manhã.

— Levanta, Bruna! — disse ele, abrindo a cortina sem a menor cerimônia.

Revirei os olhos. Ainda era praticamente noite. O escuro lá fora só reforçava o quão cedo era.

— Tá de noite ainda, Bê, deixa eu dormir! — resmunguei, me enrolando no edredom.

— Vai querer causar má impressão logo no primeiro dia, dona Lopes? — provocou ele, cruzando os braços.

Soltei um suspiro, sabendo que ele estava certo. Levantei da cama com a maior má vontade possível e fui direto para o banheiro. Enquanto escovava os dentes, comecei a processar o fato de que, depois de dois anos longe, hoje era o primeiro dia na nova escola. Não estava exatamente animada. Na verdade, tudo parecia um grande saco.

Entrei no banho, tentando acordar. O cheiro do meu shampoo Kerastase era familiar, e, de alguma forma, me acalmava. Era uma das melhores linhas que eu já tinha usado. Pelo menos estava cuidando de mim, já que o resto do dia prometia ser um caos.

— BRUNA, ANDA LOGO! — ouvi meu pai gritar do lado de fora do banheiro.

Saí correndo, sequei o cabelo o mais rápido que pude e fui procurar uma roupa. Como não tinha uniforme ainda, minha mãe disse que teria que pedir na diretoria. Escolhi uma legging azul marinho, uma blusa preta da Nike e um Vans preto. Prático e confortável para o primeiro dia.

Quando desci, minha mãe já estava esperando, com as chaves do carro na mão.

— Vamos? — perguntou ela, olhando para nós dois.

— O papai não vai? — perguntou Bernardo, curioso.

— Não, ele está cheio de trabalho. Mas como é o primeiro dia de aula de vocês, faço questão de levar.

— Nos outros dias a gente vai a pé, né? — disse Bê, animado com a ideia.

Minha mãe confirmou, e ele ficou radiante. Ainda não entendo por que ele está tão empolgado para voltar andando.

Chegamos à escola. Era enorme, e só de olhar as paredes brilhantes já me dava uma sensação esquisita. Meu irmão e eu fomos verificar em que sala tínhamos caído. Por sorte, estávamos na mesma sala. Só isso já era um alívio.

Verão InesquecívelOnde histórias criam vida. Descubra agora