Bruna acaba de retornar ao Brasil após dois anos de intercâmbio, tentando se readaptar à sua antiga vida. Nesse processo, ela conhece Enzo Ferraz, um garoto que rapidamente se torna especial para ela. À medida que se conhecem, eles passam de amigos...
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ℬʀᴜɴᴀℒᴏᴘᴇs.22/03/24.12:02 🧸
Dois meses e meio se passaram desde o jogo do Enzo, e quem diria... Agora a gente se fala praticamente todos os dias, como se fôssemos melhores amigos. Ele tem sido uma ótima companhia, e não passa um dia sem uma mensagem dele.
Hoje, voltávamos da escola — eu, Bernardo, Enzo, Henrique, Naga e Marco. A conversa estava tão divertida, cheia de piadas e zoações, que nem vimos o tempo passar. Quando chegamos na minha rua, o grupo começou a se despedir. Era aquele clima gostoso, de fim de tarde, com todo mundo relaxado e de bom humor. Eu e Enzo ficamos por último, já que nossas casas são na mesma direção.
— Até que você é legal, Enzo! — disse Bernardo, com um sorriso maroto.
— Ah, obrigado! — Enzo respondeu, meio sem graça, coçando a nuca.
Eu já comecei a sentir o problema se aproximando. Conheço meu irmão, e ele não ia deixar passar em branco. Antes que eu pudesse reagir...
— Minha irmã fala tanto de você! — Bernardo jogou a bomba, rindo.
Eu quase derreti de vergonha. Meu rosto ficou vermelho instantaneamente. Nem pensei, só pisei no pé dele.
— Aii, Bruna! — Ele reclamou, saltitando e segurando o pé.
O Enzo ficou me olhando, confuso, mas claramente também envergonhado. Aquele momento constrangedor se alongou um pouco mais do que o necessário, até que o Bernardo, percebendo a gafe, tentou consertar.
— Tô brincando, Enzo! — Ele disse, tentando suavizar, mas já era tarde.
— Menos mal, cara — Enzo respondeu, ajeitando o cabelo de um jeito desajeitado.
O resto do caminho foi um silêncio esquisito, mas engraçado. Quando finalmente chegamos, me despedi rapidamente, ainda morrendo de vergonha. Só que, assim que entrei em casa, não consegui segurar mais.
— CARAMBA, BERNARDO! — Gritei, já trancando a porta.
— Foi mal, Bruna! — Ele riu, se jogando no sofá. — Juro que foi impulso!
— Impulso? Você quase me mata de vergonha! — reclamei, ainda tentando me recuperar.
