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ℬʀᴜɴᴀ ℒᴏᴘᴇs,21/01/24,10:00 🧸

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ℬʀᴜɴᴀ ℒᴏᴘᴇs,21/01/24,10:00 🧸

Depois de dois anos, aqui estou, de volta ao Brasil. O ar quente e úmido me envolvia enquanto eu tentava entender o que estava acontecendo ao meu redor. Tudo parecia familiar, mas ao mesmo tempo, tão distante. Eu ainda estava perdida nas lembranças de Luccas e Lana, no aperto no peito que senti quando os vi pela última vez, acenando com lágrimas nos olhos. Mas agora, aqui no aeroporto, o tempo parecia diferente. Eu precisava me adaptar de novo, voltar à realidade que deixei para trás.

E lá estava ela — minha mãe, diferente de tudo que eu lembrava. Ela corria em minha direção, com um sorriso brilhante e o cabelo perfeito. De repente, todo o peso da saudade que eu sentia explodiu em lágrimas quando a abracei.

— Mamãe! — exclamei, sentindo-me uma criança outra vez, cercada pelo conforto de seu abraço.

Ela me apertou com força, e por um momento, tudo parecia no lugar. Mas, ao nos afastarmos, a ficha caiu: a mulher que eu conhecia como minha mãe estava tão diferente. Os cabelos longos e volumosos, cílios que alongavam o olhar... quase não a reconheci.

— Filha! Você tá tão diferente! — ela disse, enxugando as lágrimas, mas com o olhar orgulhoso. — Esses anos te fizeram bem, viu?

Eu sorri, ainda confusa com todas as mudanças ao meu redor.

— E você também, mãe! Tá incrível! — elogiei, observando cada detalhe de seu novo visual. — Essas extensões... e esses cílios? Tá parecendo modelo de revista!

Ela riu, meio sem jeito, mas agradeceu. Era estranho. Tudo parecia familiar, mas ao mesmo tempo, tão... novo.

Enquanto caminhávamos para o carro, outro choque. Lá estava uma Range Rover branca, novinha, muito diferente do carro velho que eu lembrava antes de partir.

— Mãe, desde quando você tem uma Range Rover? — perguntei, ainda mais confusa.

Ela riu.

— Ah, filha, as coisas mudaram por aqui. Seu pai agora tem uma Mercedes preta, chiquérrima. Estamos vivendo bem, graças à Creamy!

Eu fiquei em silêncio, ainda processando. Eu sabia que a empresa da minha família estava indo bem, mas tanto assim? Era muita informação de uma vez só.

Entramos no carro, e o caminho para casa foi cheio de histórias que minha mãe me contava sobre os últimos dois anos. A cada quilômetro, o Brasil que eu conhecia começava a voltar para mim. As ruas familiares, as lojas conhecidas... Mas também era estranho. Eu havia mudado, e de alguma forma, tudo parecia um pouco diferente.

Quando finalmente viramos a esquina da minha casa, meu coração deu um salto. Por fora, ela parecia a mesma, mas ao entrar... uau. As paredes escuras deram lugar a um elegante papel de parede rústico. O chão de mármore havia sido substituído por uma linda madeira clara. E nas paredes, fotos minhas e do meu irmão, Bernardo, nos acompanhavam como uma linha do tempo.

Verão InesquecívelOnde histórias criam vida. Descubra agora