capitulo 3

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Diana Safra

Los Angeles | Califórnia

Estamos em frente ao enorme portão da famosa Biancard's School, onde habitam todo tipo de adolescente burguês que você imaginar.

- Boa aula, Diana - minha tia se despede assim que desço do carro.

Por algum milagre dos céus, chegamos vivas e sem nenhum acidente.

- Valeu, coroa - brinco com ela, que dá um sorriso e, em seguida, dá partida no carro.

Atrás do portão, já sinto o ambiente pesar. Por que o ar escolar é tão tóxico?

Preciso ir até a coordenação pegar meus materiais, já que vim somente com a cara e a coragem, que, aliás, eu não a encontrei até agora.

(...)

Já tinha pegado meus materiais, a chave do meu armário e faltavam alguns minutos para bater o sinal. Eu estava sentada em um dos bancos do pátio principal, havia gente para tudo quanto é canto daquela escola.

- Vou sentar aqui do seu lado, se você achar ruim, problema seu - uma menina muito bonita, por sinal, fala ao sentar ao meu lado.

Ela tinha a pele parda, seus olhos eram num tom marrom escuro e seus cabelos eram da mesma cor. Deduzi que ela era alguns centímetros maior que eu, um pouco apenas.

- Tanto faz - eu realmente não me importava.

Desviei minha atenção para o meu celular, que estava em meu colo, sem utilidade alguma.

- Credo, garota! Já vi que você não é muito sociável - ela me observava - você precisa de uma limpeza espiritual. Fiquei até mal quando sentei do seu lado.

Limpeza espiritual? Essa é nova.

- Eu dobro e passo para o próximo.

- Você não é daqui, né? - ela perguntou enquanto observava atentamente meus traços.

- Como você sabe? Não vai me dizer que é vidente - eu brinquei, e ela sorriu.

- Talvez você nunca descubra - ela respondeu com um semblante sério.

Antes que eu pudesse dizer algo, o sinal tocou, sinalizando que devíamos ir para nossas respectivas salas.

- Bom, vou indo nessa. Foi bom te conhecer - levanto-me do banco enquanto me despeço.

- Qual é a sua aula agora?

- Matemática.

- Eu iria dizer que é uma pena, já que não vamos para a mesma aula, mas a única coisa que posso dizer agora é: meus pêsames - fiquei até meio preocupada depois dessa.

- Me deseje sorte - ela dá uma risada e se despede, seguindo pelo lado oposto ao qual sigo.

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