Amber, marcada por um passado de dor e isolamento, construiu barreiras emocionais para se proteger. No entanto, a chegada de Liam e Jess, seus leais amigos, desafiou e suavizou essas defesas, oferecendo uma amizade que ela nunca imaginou ter.
A gran...
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Vic
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Era minha primeira vez no Jimmy's, e me senti completamente deslocada com a apresentação de strip-tease. Nunca sequer havia cogitado assistir a um show assim, muito menos imaginado sentir tudo o que estava sentindo.
Dessa vez, eu estava exagerando na bebida, ao ponto de flertar descaradamente com Amber. Nem me dei ao trabalho de negar os comentários dos amigos dela, ou de Zoe, quando mencionou que eu tinha uma queda por ela. Tudo estava mais do que claro, e eu queria que Amber soubesse disso sem nenhuma dúvida. Mas percebi que ela não faria nenhum movimento. Talvez porque, no fim das contas, era eu quem estava em um relacionamento, não ela.
Durante toda a apresentação, eu me perdia nas minhas fantasias, imaginando Amber ali no palco, olhando só para mim. Era como se o resto do mundo desaparecesse, como se só existisse eu e ela, num canto isolado, longe de tudo e de todos. Minha respiração ficou descompassada, e honestamente, nem sei se Am chegou a me olhar. Eu estava tão mergulhada na minha própria imaginação que o resto não importava.
Teve uma vez que o Austin pediu pra eu fazer algo assim com ele, uma provocação ou strip-tease, sei lá. Mas nunca me passou pela cabeça dar esse tipo de estímulo pra ele. No começo, transávamos o tempo todo, de todos os jeitos, em qualquer lugar. Só que isso foi murchando, junto com a paixão que eu tinha por ele.
A gente ainda transa, mas não é mais como antes. E com as brigas recentes, piorou. Na última vez, enquanto ele me chupava, tudo que eu conseguia pensar era na boca da Amber. Era ela que meu corpo queria, era ela que me acendia de verdade. E não ter isso, não ter quem eu realmente desejo, é um inferno.
Eu estava logo atrás dela quando meus olhos se desviaram do palco e caíram no seu pescoço. Não consegui evitar; comecei a imaginar como seria beijá-la, deslizar minha língua por toda a extensão, saboreando cada centímetro. Fechei os olhos com força, tentando expulsar essa fantasia, mas foi inútil. Eu precisava de algo mais forte, mais intenso, pra tirar esse desejo da cabeça.
As luzes sobre a coyote eram de um tom âmbar, uma cor que lembrava o calor suave do fim do dia, como se o sol estivesse se despedindo, tingindo o céu com aquele dourado envolvente. Um tom que mistura o calor do ouro com a intensidade do laranja, como uma chama que arde devagar, derretendo tudo ao seu redor. E era assim que eu me sentia toda vez que olhava pra Amber. O brilho penetrante daquelas luzes só intensificava o que eu já sabia: ela me queimava por dentro, de um jeito que ninguém mais conseguia.