Cap. 3 - O Abismo Entre Nós

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Vic

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Vic

Não queria estar naquela festa

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Não queria estar naquela festa. Não estava no clima e estava exausta de forçar uma felicidade que simplesmente não existia. Estava cansada das aparências e dos assuntos fúteis que vinham me assombrando ultimamente. Dissera não duas vezes para Austin, mas ele ignorou minhas recusas; para ele, o que importava era me exibir aos amigos como um troféu.

Eu sabia o quanto eu era atraente e que a maioria dos colegas da faculdade me desejava. Todos chamavam Austin de sortudo, como se eu fosse um gado adquirido em um leilão. Mas às vezes eu queria desaparecer da vista de todos, queria ficar sozinha, em paz. Até meus pais diziam que eu estava na idade de me aventurar e minhas amigas sempre inventavam eventos pra me arrastar. Percebia que vivia mais para os outros do que para mim mesma.

A festa estava lotada e as pessoas se divertiam intensamente. Quando chegamos, Austin foi direto ao bar pegar uma cerveja para ele e uma água para mim. Eu bebia de vez em quando, mas sempre evitava álcool quando sabia que teria que dirigir.

Assim que nos separamos, avistei Amber com seus amigos. Me surpreendi, pois ela raramente ia à essas festas da faculdade. Ela estava deslumbrante, envolta em um elegante preto total que destacava ainda mais a intensidade de seus cabelos contrastantes. Sua presença era hipnotizante. Ela dançava de olhos fechados, como se estivesse imersa em um mundo próprio, segurando um copo com uma leveza que a fazia parecer quase etérea. Amber, com uma década a mais que eu, irradiava uma vitalidade que transcendia a idade e fazia qualquer um parecer insignificante ao seu redor. Era uma força da natureza, uma figura de destaque e influência no mundo dos negócios, mas ali, com seus amigos, ela se fundia com o ambiente, como uma extensão natural deles, uma parte essencial da nossa própria existência.

Amber era reservada com conhecidos e desconhecidos. Chegar perto dela e conhecê-la profundamente era um desafio. Sua personalidade complexa me chamava a atenção. Ela era incrivelmente linda e tornava tudo ao seu redor mais simples, mas às vezes me perguntava se ela tinha consciência do impacto que causava. Se percebia, não demonstrava. Ela exalava uma humanidade autêntica, mas também parecia se perder frequentemente em seus próprios pensamentos, o que me intrigava.

Marcada  (Romance Sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora