capítulo 6 (redenção)

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Você fica sentada no chão frio do porão, o coração acelerado, tentando assimilar o que acabou de acontecer. A risada de Sanzu ecoa distante, misturando-se ao silêncio sufocante.

S/n: Isso não pode estar acontecendo... — Você sussurra para si mesma, as lágrimas rolando pelo seu rosto.

Enquanto você tenta se recompor, ouve passos no corredor novamente. O som é vagaroso, deliberado, como se alguém estivesse se aproximando com calma. A luz sob a porta mal ilumina o ambiente escuro.

De repente, a porta se abre devagar. A luz inunda o cômodo, revelando Sanzu com um sorriso sarcástico no rosto.

Sanzu: E aí, Piranha? Como está o novo quarto? — Ele se inclina contra a porta, cruzando os braços, observando você com diversão.

Você tenta se levantar, mas o corpo ainda está fraco pelo choque.

S/n: Sanzu, você precisa me ajudar! Isso foi longe demais! Mikey está completamente fora de si! — Você implora, sua voz entrecortada pelo desespero.

Sanzu: Ajudar você? — Ele solta uma risada. — Não sei se percebeu, mas eu estou do lado dele, não seu. — Ele dá alguns passos para dentro do porão, seus olhos brilhando de malícia.

S/n: Por favor, Sanzu... — Sua voz falha enquanto você tenta achar algum resquício de compaixão nele.

Ele te olha por um instante, mas logo sorri de forma sombria.

Sanzu: Você acha mesmo que pode escapar de Mikey? Ele te tem nas mãos, s/n. Ninguém foge dele. E sinceramente? Você merece isso. Quem mandou tentar fugir?

O silêncio pesa entre vocês. Sanzu dá as costas, caminhando em direção à porta.

S/n: Então é isso? Você vai só deixar ele me trancar aqui pra sempre?

Sanzu para, sua mão já na maçaneta.

Sanzu: Quem sabe? — Ele dá de ombros. — Isso depende só de você e de como vai se comportar. Talvez ele te perdoe... ou talvez não. — Ele sorri e sai, trancando a porta novamente.

Você cai de joelhos no chão, completamente devastada. A escuridão parece te engolir por completo. Cada som, cada batida do seu coração, é amplificado naquele lugar sombrio.

Os dias seguintes se arrastam, e você não vê mais ninguém. Tudo o que resta é o som do silêncio e o peso da solidão. O tempo parece ter parado, e a única coisa que te mantém viva é a esperança de que, de alguma forma, você possa escapar dessa prisão, de Mikey, de Sanzu...

Mas será que existe uma saída?

Um relacionamento tóxico Manjiro sanoOnde histórias criam vida. Descubra agora