Jacqueline
Acordei com o som suave do despertador, que parecia quase um sussurro comparado ao sonho tranquilo que eu havia tido. A luz natural, filtrada pelas cortinas de linho branco, invadia meu quarto e me fazia sentir um frescor renovado. Levantei-me, sentindo o conforto da cama se dissipar lentamente, e me preparei para enfrentar o meu primeiro dia na nova escola.
O banho revigorante ajudou a clarear a mente e a preparar o corpo para o dia. Com uma sensação de ansiedade e expectativa, vesti-me com uma roupa confortável, mas adequada para a ocasião, uma camisa branca onde deixei os dois primeiros botões abertos, uma calça de alfaiataria preta de cintura alta, com um cinto de couro preto da Gucci para acenturar um pouco mais, e uma sapatilha preta de bico fino, penteei meus cabelos e os prendi em um elegante rabo de cavalo bem estruturado, passei apenas um lápis preto nos olhos e peguei minha bolsa onde meu caderno, estojo e carteira estavam, deixei a bolsa na poltrona e arrumei minha cama rapidamente, peguei a bolsa novamente e sai do quarto e desci as escadas indo para a cozinha sentindo o cheiro maravilhoso de café fresco
Bom dia querida - Meu pai falou assim que coloquei minha bolsa sobre o balcão
Bom dia pai - o cumprimentei e ele me estendeu uma xícara que eu aceitei
Aqui, torradas, ovos mexidos, tomates e rúcula - ele colocou o prato sobre o suplet enquando eu me sentava, coloquei o guardanapo sobre o meu colo e experimentei
Está perfeito pai - eu disse e bebi um pouco do café
Ansiosa para o primeiro dia? - ele perguntou
Estamos em outubro, é quase meio do semestre, mas vou sobreviver a isso - falei e terminei meu café, tirei o guardanapo do meu colo
Pode deixar que eu organizo a cozinha - ele falou e eu sorri concordando, subi para meu quarto e escovei meus dentes, me olhei no espelho e conferi minha roupa, estava bom, nada exagerado, eu não queria chamar atenção, desci novamente e meu pai estava segurando minha bolsa e uma pequena caixa
O que tem nessa caixa? - perguntei
Seu presente - ele falou me estendendo a caixa, peguei e tirei a tampa, uma chave - Aqui não é londres onde tinha o metro para você rodar a cidade inteira, achei que precisaria de um carro - ele falou e minha expressão de choque deve ter sido icônica demais para ele
Você tá brincando não é? - eu perguntei
Vêm - ele me conduziu até a garagem, assim que o portão se abriu um lindo BMW, provavelmente igual ao dele estava ali, com um laço vermelho sobre o capô, ele me entregou a chave - É todo seu - ele falou apertando o meu ombro, o choque ainda me impedia de acreditar que isso estava acontecendo. Meus olhos se encheram de lágrimas de gratidão e surpresa.
Pai, isso é incrível! — eu consegui dizer, a voz embargada pela emoção. — Você realmente não precisava - eu falei, e ele apenas me deu um sorriso cheio de orgulho e carinho.
Eu sei, mas você merece. Quero que você se sinta confortável e tenha o que precisa para sua nova vida aqui — ele respondeu, o tom dele revelando um misto de satisfação e preocupação paternal, eu peguei a chave com mãos trêmulas e me aproximei do carro, tocando o capô com um carinho quase reverente. A pintura brilhava sob a luz do sol, e o cheiro de novo era perceptível mesmo do lado de fora. Meus pensamentos estavam misturados entre a empolgação e a gratidão, retirei o laço do capô com cuidado, como se ele fosse quebrar, meu pai estendeu a mão para pega-lo e me entregou minha bolsa
Obrigada, pai. Eu não sei como expressar o quanto isso significa para mim — eu disse, ainda sem acreditar que tinha um carro novo para chamar de meu.
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O Vampiro e a Bailarina
Ficção Adolescente"Eu fico louco só de pensar em algo acontecendo com você, eu mataria sem dó qualquer um que te fizesse mal, eu colocaria essa cidade no chão por você, não sei qual feitiço lançou em mim, mas não quero que o quebre. - Ele falou, seus olhos me olhando...