Prólogo

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Hey, meus amores, tudo bem? Não consigo ficar longe desse universo buijrol então...bora para mais uma fic sobre essas duas ❤️

*Perdoem qualquer possível erro

*Prólogo curtinho

*Não deixem de comentar. Importante saber se gostaram desse prólogo e estarão comigo nessa.

Carol observa o documento em suas mãos como se o mesmo pudesse criar vida a qualquer momento e lhe dizer que tudo escrito ali é a mais pura mentira

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Carol observa o documento em suas mãos como se o mesmo pudesse criar vida a qualquer momento e lhe dizer que tudo escrito ali é a mais pura mentira.

"Ela não fez isso! Ela não fez isso! Ela simplesmente não pode ter feito isso."

Fechando os olhos, Ana Carolina tenta, por um instante, se lembrar como faz para respirar, ainda que tal ato seja completamente involuntário.

—Senhorita? -A voz de Dr. José soa preocupada.- Quer uma água?

Balançando a cabeça em um simples gesto de negação, a morena percebe que é mais do que recusar a água. É recusar que uma de suas melhores amigas morreu de forma tão repentina e dolorosa, recusar que ela havia viajado mais de 9069 km quando recebeu aquela notícia, recusar que, após dois meses, ela está aqui. Sentada, recebendo, mais uma vez, uma notícia capaz de abalar suas estruturas.

—E- Eu....-Volta a olhar o documento.-

Com tantos anos de experiência, Dr. José reconhece aqueles sinais. Eram comuns...

—Senhorita Ana Carolina? -Carol desvia o olhar brevemente para o advogado.- Gostaria de deixar claro que, em momento algum, a senhorita precisa se sentir obrigada a aceitar. Caso recuse, a guarda da menor ficará com os avós maternos.

Carol sentiu o corpo gelar. Lembranças das inúmeras vezes em que Marina correu para seu apartamento em busca de socorro. Do quanto a amiga reclamava dos pais tóxicos que tinha.

—Preciso de um instante para conversar a sós com minha esposa.

—É claro. -Levantando, o advogado se dirige até a porta da sala.- Estarei na recepção quando terminar.

Afirmando, Carol não perde tempo em sacar o celular do bolso e discar o número da esposa. Dois toques. Apenas dois toques e a voz capaz de acalmar a tempestade dentro de si soa.

—Amor! Ainda bem que ligou, já estava ficando preocupada. O que o tal advogado queria? -Silêncio. A brasileira engole seco, tentando encontrar sua voz e refrear as lágrimas que teimam em cair.- Carol?

—Din...

—Está chorando? Ana Carolina, onde você está?

—No escritório.

—Certo. Se acalma, meu bem

—Anne...A Marina, ela... -Esfregando a mão esquerda pela bochecha, Carol não consegue refrear o suspiro de frustração.-

—O que Marina fez?

—Deixou a custódia da Júlia para mim. Para nós.

Carol não pode ver, mas sabe com maestria a expressão da esposa no momento.

—Ela o quê?

—Sim! Aquela filha da puta teve a coragem de fazer isso. Não sei onde Marina estava com a cabeça quando em algum momento achou que essa ideia seria cabível.

—Carol?

—Tudo bem que ninguém pensa que vai morrer do nada, mas mesmo assim. Nós moramos na Itália e eu mal vejo Julia direito, a nossa vida já é corrida demais sendo atletas de alto rendimento, não podemos envolver uma criança nesse meio, não é? Ao mesmo tempo, se eu recusar, a guarda fica com Carla e Marcos e sabemos bem como ambos são dois preconceituosos do caralho. Não sei o que fazer! O que você acha? Anne, fala alguma coisa!

—Marina era uma das suas melhores amigas, amor. Confiar um filho a alguém é um ato que exige muito, não acho que ela tenha sido inconsequente, apenas quis se prevenir de algo que podia ou não acontecer. Infelizmente, aconteceu. Recusar a custódia de Julia não vai te fazer um monstro, você tem uma vida e Marina sempre soube disso. -Faz uma pausa, permitindo que a esposa absorva cada palavra.- No entanto, caso decida aceitar, nós daremos um jeito. Juntas! Casamento é isso, na alegria e na tristeza. Eu te amo, minha tsunami Carolana e estou aqui para tudo. A grande questão é: o que você quer fazer?

*Deixem um comentário e façam uma autora muito feliz ☺️

Recomeço- BuijrolOnde histórias criam vida. Descubra agora