Luna Lovegood - A luz das Estrelas

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Luna Lovegood x Leitora feminina

O crepúsculo havia caído sobre Hogwarts, e o céu estava pintado com tons suaves de roxo e laranja. Você estava sentada à beira do Lago Negro, contemplando o reflexo das estrelas que começavam a surgir. A paz daquele momento era algo que sempre buscava, mas hoje, em particular, havia uma pessoa em sua mente que não conseguia afastar. Luna Lovegood.

Luna tinha algo especial, uma luz própria que fazia com que tudo ao redor dela parecesse mais vivo, mais mágico. Enquanto outros achavam sua natureza distraída e excêntrica, você via nela algo extraordinário: a capacidade de ver o mundo por um ângulo único. E era essa singularidade que a havia atraído desde o primeiro momento em que cruzou com Luna nos corredores de Hogwarts.

Perdida em seus pensamentos, você ouviu passos leves se aproximando, e logo a figura de Luna apareceu à sua frente. Ela usava sua típica coroa de flores, e seus cabelos loiros caíam em cachos suaves ao redor dos ombros. O sorriso gentil que iluminou seu rosto quando ela a viu fez seu coração acelerar levemente.

— Ah, (Seu nome)! — Luna disse com entusiasmo, seus olhos azuis brilhando como o céu acima de vocês. — Eu estava me perguntando onde você estava.

Ela se sentou ao seu lado, sem cerimônia, e olhou para o lago com a mesma expressão sonhadora que você havia aprendido a amar. Havia algo em Luna que sempre parecia distante e, ao mesmo tempo, tão presente. Ela vivia em seu próprio mundo, mas quando estava com você, sentia que ela estava mais perto do que nunca.

— Estava apenas pensando — você respondeu suavemente, sentindo o calor suave de Luna ao seu lado.

— Pensando? — Luna repetiu, com sua voz melodiosa. — Gosto de pensar que as estrelas também pensam. Elas olham para nós e imaginam como é viver aqui embaixo, sem a pressão de brilhar o tempo todo.

Você sorriu, sabendo que aquela era uma típica frase de Luna, mas dessa vez, a profundidade de suas palavras tocou algo dentro de você. Era exatamente assim que se sentia quando estava com ela. Como se, por mais que tentasse, sempre estivesse tentando brilhar de uma maneira que os outros esperavam, mas nunca como você realmente queria.

— Talvez você tenha razão — você murmurou, olhando para o céu estrelado. — Seria mais fácil se não tivéssemos que brilhar tanto para os outros.

Luna virou o rosto para você, seus olhos cheios de compreensão e carinho. Havia algo reconfortante no jeito como ela a observava, como se visse além da superfície, além do que os outros notavam.

— Eu acho que você já brilha — ela disse suavemente, suas palavras flutuando no ar entre vocês. — E é por isso que gosto de estar perto de você. Sua luz é diferente, mas é a mais bonita de todas.

Seu coração deu um salto, e você sentiu suas bochechas esquentarem com o elogio sincero. Ninguém jamais a tinha feito se sentir assim antes. Com Luna, não havia julgamentos, apenas aceitação. E era essa pureza, essa leveza, que a atraía cada vez mais para ela.

— Você sempre diz coisas que fazem tudo parecer mais simples, Luna — você disse, sorrindo.

Luna inclinou a cabeça, pensativa, e então deu de ombros suavemente, como se fosse o mais óbvio do mundo.

— Talvez porque a vida seja mais simples do que pensamos, quando deixamos de tentar ser o que os outros esperam. — Ela estendeu a mão e tocou levemente a sua, seus dedos frios se entrelaçando com os seus. — E quando estamos com alguém que nos entende.

Seu coração disparou com o toque dela, suave e delicado, mas tão significativo. Luna estava tão perto agora que você podia sentir o cheiro sutil de flores silvestres que sempre a acompanhava. Havia algo elétrico no ar, uma energia que você nunca havia sentido antes, mas que sabia ser especial.

Você olhou nos olhos dela, vendo não só as estrelas refletidas, mas algo mais profundo, mais verdadeiro. Algo que estava ali o tempo todo, mas que só agora você estava pronta para reconhecer.

— Luna, eu... — você começou a falar, mas as palavras ficaram presas na sua garganta. Como você poderia colocar em palavras o que estava sentindo? Como explicar o quanto ela a fazia sentir-se vista de uma maneira que ninguém jamais havia feito?

Luna sorriu, aquele sorriso leve e doce que parecia entender tudo sem a necessidade de palavras. Ela se inclinou para mais perto, os olhos nunca deixando os seus.

— Você não precisa dizer nada — Luna sussurrou, como se pudesse ler seus pensamentos. — Eu sei.

E antes que você pudesse responder, os lábios dela tocaram os seus em um beijo suave, quase etéreo, mas que a fez sentir como se o mundo inteiro tivesse parado por um momento. O beijo de Luna era exatamente como ela: gentil, leve e cheio de magia. Seu coração batia acelerado, mas ao mesmo tempo, havia uma calma indescritível dentro de você. Como se, finalmente, você estivesse exatamente onde deveria estar.

Quando o beijo terminou, Luna recuou apenas o suficiente para olhar para você, seus olhos ainda brilhando.

— Eu sempre gostei de você, (Seu nome) — ela disse suavemente, como se fosse a coisa mais natural do mundo. — E acho que as estrelas também sabem disso.

Você riu baixinho, seu peito cheio de uma felicidade tranquila, e apertou a mão dela com mais força.

— Eu também sempre gostei de você, Luna.

Juntas, vocês voltaram a olhar para o céu, as estrelas acima de vocês parecendo brilhar um pouco mais forte naquela noite. Talvez elas realmente soubessem de tudo o que vocês sentiam. E, se soubessem, você estava certa de que elas aprovariam.

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