• Nota da Autora •

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Olá, meu nome é Millena e eu sou a autora dessa história.

Devanear-se, provém do verbo espanhol "Devaneo", que basicamente significa: sonhar acordado; viver no mundo da lua; criar cenários imaginários; fantasiar situações impossíveis ou com pouquíssimas probabilidades de acontecer.

Pode parecer algo inofensivo, algo comum, normal, considerado apenas ter uma imaginação fértil ou ter pensamentos intrusivos. Mas é algo sério, que precisa ser tratado antes que aconteça algo pior com quem carrega esse tipo de síndrome.

Alguém que cria muita expectativa sobre o futuro, acaba descontando sua frustração com a realidade nos outros, ou em si mesmo. O portador dessa síndrome sabe sim diferenciar a fantasia da realidade, porém se frusta quando algo sai do seu controle, quando não sai como esperado, e surta quando se decepciona com suas expectativas. Pode agredir os outros verbalmente (ou fisicamente caso tenha problema com raiva), ou agredir a si mesmo (auto-mutilação, tentativa de suicídio, vícios e assim por diante).

Depressão, na visão de um filósofo (digamos assim), é excesso de passado. Ansiedade, é excesso de futuro. TDAH, transtorno de déficit de atenção com hiperatividade, é o excesso de presente. Pode parecer conversa de coach, mas o passado já passou, já era, não tem mais volta, e eu não vou mais tocar nesse assunto. Mas então há uma controversa, o futuro na verdade não existe. O futuro é uma ilusão de que podemos manipular o tempo.  Quando focamos em pensamentos negativos sobre o futuro, podemos perceber que nunca é como a gente espera, e como se isso não bastasse, o amanhã pode não existir, e se acordamos e vermos que não estamos mais aqui, ou, simplesmente não acordamos? Viva o presente, agradeça por tudo, acorde agradecendo pelo seu dia, agradeça as lutas, porque sim, pra que a pressa se o futuro é a morte?

Enfim, ficamos ai com essa reflexão.

Não sou coach, terapeuta, psicologa ou psiquiatra. Nem um madre/freira, sacerdotisa, mãe de santo, filósofa, professora ou qualquer coisa que tenha haver com doutrina. Sou aspirante a escritora, porque nem escritora de verdade eu me considero. Eu sou eu e isso ai que vocês tão lendo e ainda vão ler, são resultado de anos perdida em um mundo vazio, sem esperança nenhuma, sobrevivendo na base do ódio, sem capacidade nenhuma de lidar com a merda que eu sou. São resquícios de ensinamentos gravados no meu subconsciente na esperança de que eu ainda tenha algum neurônio na minha cabeça, que consiga me fazer lutar e sobreviver com o caos que minha vida é. Demora, mas passa. Eu ainda estou aprendendo, você pode também. Não há motivo que justifique desistir de lutar porque você se acha um injustiçado e incompreendido. Ninguém é forte o tempo todo, e a vida derruba até o filho da puta mais foda que tem.

Boa leitura.

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