vida na máfia (Mikey omega)

décimo capítulo

A lua cheia iluminava os jardins da mansão enquanto Hana caminhava pelos corredores, ainda refletindo sobre o jantar. Seus pais tinham oficializado sua liderança na Bonten, e embora ela soubesse que isso estava por vir, o momento era agridoce. Agora, ela era a rainha, a nova líder de um império, mas, ao mesmo tempo, seus pais se preparavam para partir em uma longa viagem.

Enquanto caminhava pelos corredores silenciosos, seus pensamentos foram interrompidos quando ela avistou Minami, sua subordinada mais confiável, revisando alguns documentos. Minami, mais do que uma guarda-costas ou serva, era como uma irmã mais velha para Hana, e Hana sabia que poderia contar com ela em qualquer circunstância.

"Minami", chamou Hana, sua voz suave, mas decidida.

Minami ergueu os olhos e sorriu calorosamente. "Hana, como foi o jantar?"

Hana caminhou até Minami, seus passos leves ecoando no piso de mármore. "Meus pais anunciaram que estão partindo no fim de semana", disse ela, com um toque de tristeza em sua voz. "Eles vão para Paris, e o controle da Bonten agora é meu."

Minami arregalou os olhos, surpresa, mas logo sua expressão se suavizou. "Você já estava pronta para isso há muito tempo. Sempre soube que esse dia chegaria."

"Eu sei, mas ainda assim... é estranho", admitiu Hana, seus dedos brincando distraidamente com a pulseira em seu pulso. "Estou feliz, mas ao mesmo tempo, sinto que uma parte de mim ficará vazia sem eles por perto."

Minami sorriu compreensiva, tocando levemente o braço de Hana. "Eles sempre estarão com você, não importa a distância. E, agora que você é a líder, a Bonten será sua para moldar do seu jeito."

Hana assentiu lentamente, respirando fundo. "Falando nisso", ela começou, mudando o tom da conversa, "acho que agora é o momento de te promover."

"Promover?" Minami arqueou uma sobrancelha.

"Claro. Agora você será a segunda no comando. E como minha segunda, terá sua própria equipe." Hana sorriu, um brilho de malícia em seus olhos.

Minami riu levemente, percebendo o orgulho disfarçado nas palavras de Hana. "Eu vou fazer você se orgulhar, Hana. Pode ter certeza."

"Eu sei que vai." Hana se virou, pronta para ir para o quarto. "Agora eu vou descansar. Amanhã será um longo dia."

"Boa noite, Hana", disse Minami, observando a amiga desaparecer pelo corredor.

***

Ao abrir a porta do quarto, Hana encontrou Akira exatamente como o havia deixado: sentado no canto da cama, com as mãos amarradas e uma expressão de resignação. Desde que o havia trazido após a missão, Akira estava visivelmente abalado, mas Hana sabia que, com o tempo, ele se acostumaria à sua nova realidade.

Hana andou pelo quarto sem pressa, descalça, seus pés silenciosos sobre o carpete luxuoso. Sem dizer nada, começou a tirar o vestido que havia usado no jantar, deixando a peça cair suavemente ao chão. Ela caminhou até o espelho e começou a remover a maquiagem, consciente de que Akira observava cada movimento, mesmo tentando desviar o olhar.

Vendo-o fechar os olhos, Hana se aproximou devagar, sua presença quase predatória.

"Abra os olhos", ordenou, sua voz calma, mas firme.

Akira hesitou, mas obedeceu, abrindo os olhos lentamente. Quando os olhares se encontraram, ele parecia ainda mais nervoso.

"Logo você vai poder me tocar", ela disse com um sorriso malicioso. "Então não precisa evitar olhar agora."

Ele corou, desviando o olhar, mas dessa vez não fechou os olhos novamente. Hana, satisfeita, pegou uma roupa de dormir no guarda-roupa e se vestiu calmamente. Quando terminou, voltou sua atenção para Akira.

"Você sabe o que aconteceu hoje?", perguntou ela casualmente, sentando-se na cama ao lado dele.

Akira balançou a cabeça negativamente, ainda temendo falar sem permissão.

"Eu fui nomeada oficialmente como a nova líder da Bonten", ela revelou, sua voz carregada de orgulho. "Agora sou a rainha desse império. E você..." Ela sorriu de maneira provocativa. "Você é meu novo bichinho de estimação."

Akira permaneceu em silêncio, processando a situação. A expressão em seu rosto mudava entre surpresa e resignação, uma aceitação inevitável de seu destino.

"Você vai fazer um bom trabalho", disse Hana, satisfeita com sua submissão.

Nesse momento, uma batida suave na porta quebrou o silêncio. Hana se levantou e abriu a porta para uma das servas da mansão, que trazia uma bandeja com comida. A serva entrou e colocou a bandeja sobre a mesa ao lado da cama.

Hana voltou-se para Akira e, com um gesto lento, desamarrou suas mãos, deixando-o finalmente livre para se movimentar.

"Você pode comer agora", ela disse, apontando para a comida.

Akira olhou para Hana, seus pulsos aliviados da tensão das cordas. Ele hesitou por um momento, ainda assustado, mas logo começou a comer, faminto depois de horas de privação. Hana o observava com um olhar de satisfação, sua posição de poder se reforçando com cada gesto dele.

Enquanto ele comia, Hana abriu uma gaveta e retirou algumas roupas limpas. "Aqui", disse, jogando as roupas para ele. "Vista-se para dormir."

Akira pegou as roupas com um aceno de cabeça, ainda hesitante, mas ciente de que não tinha outra escolha. Ele vestiu as roupas rapidamente, enquanto Hana o observava de canto de olho, satisfeita com a submissão silenciosa dele.

Quando Akira terminou, Hana caminhou até a cama e se deitou, puxando os lençóis para cobrir seu corpo. Ela olhou para Akira e, com um gesto simples, indicou que ele se juntasse a ela.

"Venha", disse ela, sua voz firme e irrefutável.

Akira, hesitante, aproximou-se da cama e deitou-se ao lado dela, sem saber o que esperar. Para sua surpresa, Hana o puxou para mais perto, enlaçando-o com os braços, como se ele fosse um travesseiro.

"Durma comigo", ordenou ela, sua voz suave, mas autoritária.

Akira se acomodou ao lado dela, tenso, mas aceitando sua nova realidade. Ele sabia que sua única função agora era agradar a rainha da Bonten e seguir seus comandos, por mais desconcertantes que fossem.

Enquanto o silêncio envolvia o quarto, Hana fechou os olhos, sentindo-se completamente satisfeita. Ela era, de fato, a rainha de tudo ao seu redor. E Akira? Bem, ele não passava de mais uma peça em seu império crescente.