A brisa da manhã soprava forte enquanto eu observava o horizonte de Los Santos pela janela do nosso esconderijo. O sol nascente pintava o céu em tons de laranja e rosa, um contraste gritante com as ruas escuras e perigosas que esperavam abaixo. Já fazia um tempo desde que tínhamos nos reunido para uma missão. Dessa vez, tínhamos Nait de volta, sempre cheio de piadas e um humor que aliviava a tensão das situações mais complicadas. Ao meu lado, Pedrux — ou como eu começava a chamá-lo agora, Drux — parecia mais concentrado do que de costume.
"Então, qual é o plano hoje?" Nait perguntou, interrompendo meus pensamentos. Ele estava sentado no sofá, com as pernas esticadas sobre a mesa, um sorriso despreocupado no rosto.
Olhei para ele e dei de ombros. "Temos que encontrar Ameizim. Faz tempo que não o vejo, mas ele era parte importante do meu círculo de confiança. O cara conhece todos os atalhos, todos os esconderijos. Se ele ainda está na ativa, vai saber onde podemos nos abrigar quando as coisas ficarem complicadas."
"Ah, o famoso Ameizim," Nait riu. "Sempre ouvi falar dele, mas nunca o encontrei. Esse cara é meio que uma lenda, né?"
Pedrux — ou melhor, Drux — se mexeu ao meu lado, parecendo um pouco inquieto com a menção de um nome tão importante. Eu sabia que ele estava nervoso, mas também sabia que ele confiava em mim. Afinal, depois de tudo que passamos juntos nas últimas semanas, havia um tipo de entendimento silencioso entre nós. Uma conexão que ia além das palavras ou ações.
Me aproximei de Drux, dando-lhe um leve toque no ombro, como quem diz: "Vai ficar tudo bem." Ele me olhou de relance, seus olhos brilhando com uma mistura de preocupação e algo mais profundo que ele ainda não tinha expressado completamente. Nossos momentos juntos, longe dos olhares de Nait e dos outros, eram como faíscas que acendiam uma chama dentro de mim. Sempre respeitei os sentimentos de Drux, mas não conseguia evitar a necessidade de estar perto dele, de protegê-lo — e de algo mais.
"A missão é simples", eu disse, voltando-me para Nait. "A gente encontra Ameizim e garante uma rota segura. Simples assim."
Nait assentiu, sem perder o bom humor. "Simples nunca é, mas vamos nessa."
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Passamos o dia nos preparando para a missão. Pedrux, como sempre, estava focado em revisar os equipamentos e traçar possíveis rotas. Eu não conseguia deixar de notar o quão sério ele ficava quando mergulhava nas operações. Esse lado dele, tão centrado e responsável, era algo que eu admirava profundamente. Mas, ao mesmo tempo, havia o Pedrux brincalhão, o "Drux" que eu conhecia em momentos mais íntimos, aquele que me fazia rir e que, nos últimos tempos, fazia meu coração bater mais rápido.
Nait, claro, estava mais relaxado, fazendo piadas enquanto nos preparávamos. Ele era o tipo de cara que, por mais caótica que fosse a situação, encontrava humor nela. Isso era bom para aliviar a tensão, mas também me lembrava que nem tudo era tão simples quanto parecia.
"Tá pronto, Drux?" perguntei a Pedrux, deixando o apelido escapar de forma casual. Eu gostava de chamá-lo assim. Havia uma intimidade no nome, uma forma de mostrar que ele era mais do que apenas um parceiro de missão.
Ele olhou para mim, uma pequena curva se formando no canto de seus lábios. "Sempre pronto, Mendrake."
Com todos os preparativos feitos, finalmente partimos para a missão. Nosso destino: um local escondido nos arredores da cidade, onde Ameizim costumava se esconder. O caminho não seria fácil, e eu sabia que estaríamos enfrentando inimigos pelo trajeto. Mas eu confiava na nossa equipe, e, principalmente, confiava em Drux.
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A noite caiu rapidamente enquanto dirigíamos pelas ruas escuras de Los Santos. O silêncio entre nós era confortável, com Nait brincando de vez em quando para quebrar a tensão. Drux estava sentado ao meu lado, os olhos fixos na estrada. Eu sabia que ele estava pensando sobre Ameizim, sobre a missão, mas também sabia que, assim como eu, ele estava processando tudo o que havia acontecido entre nós nas últimas semanas.
Chegamos ao ponto de encontro, uma velha fábrica abandonada à beira da cidade. O lugar era cercado por destroços e carros enferrujados, perfeito para se esconder, mas também um convite para uma emboscada.
"É aqui?" Nait perguntou, visivelmente desconfiado.
"É aqui", confirmei. "Ameizim costumava usar esse lugar como esconderijo, mas faz tempo que não o vejo. Vamos ver se ele ainda está por perto."
Entramos no local com cuidado, nossas armas prontas para qualquer sinal de ameaça. O lugar estava silencioso demais, o que sempre me deixava alerta. Mas, após alguns minutos de exploração, uma figura conhecida emergiu das sombras.
"Aí está o Mendrake!" Ameizim apareceu com seu sorriso habitual, os braços abertos em um gesto de boas-vindas. "Quanto tempo, irmão."
Eu sorri, sentindo uma onda de alívio ao vê-lo. "Bom ver você, Ameizim. Pensei que tinha desaparecido."
"Nunca desapareço completamente", ele riu. "Apenas me movo pelas sombras. Mas e vocês? Quem são esses caras?"
"Esse aqui é Nait, e esse é Drux", apresentei rapidamente, gesticulando para os dois. "Eles estão comigo agora."
Ameizim cumprimentou os dois com um aceno de cabeça, embora seus olhos brilhassem com curiosidade ao olhar para Drux. "Parece que você anda recrutando gente boa, Mendrake."
"Só o melhor", respondi com um sorriso, mas senti meu coração acelerar ao ver a maneira como Ameizim observava Drux. Não era ciúme, exatamente, mas havia algo ali — um sentimento de proteção que eu não conseguia ignorar.
Passamos os próximos minutos discutindo os detalhes da missão, traçando rotas de fuga e planejando o que faríamos se as coisas dessem errado. Ameizim, como sempre, tinha tudo sob controle, oferecendo sugestões e alternativas que nenhum de nós tinha considerado. Ele era, sem dúvida, um dos melhores no que fazia.
Mas, enquanto Nait e Ameizim conversavam, minha atenção se voltou para Drux. Ele estava encostado na parede, observando a conversa, mas havia algo nos olhos dele que me fez querer estar mais perto. Aproveitando que os outros estavam distraídos, me aproximei lentamente.
"Tá tudo bem?" perguntei, minha voz baixa para que os outros não ouvissem.
Drux olhou para mim e, por um breve momento, eu vi um lampejo de emoção em seus olhos. "Sim, só... pensando."
Sem que os outros percebessem, me inclinei para mais perto, meus lábios roçando levemente o ouvido de Drux. "Se precisar de um tempo, é só me dizer."
Ele sorriu de lado, um sorriso pequeno e quase imperceptível. "Talvez mais tarde."
Mas antes que eu pudesse responder, Ameizim chamou nossa atenção de volta para o plano. No entanto, durante todo o tempo em que discutíamos a missão, meus pensamentos continuavam voltando para Drux. Havia algo nele que me atraía, algo que ia além das missões e aventuras. Eu sabia que, de alguma forma, nosso relacionamento estava se aprofundando, mesmo que tivéssemos que manter algumas coisas em segredo.
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Quando finalmente saímos da fábrica, a noite já estava avançada. Nait e Ameizim estavam na frente, discutindo detalhes sobre o próximo passo da missão, enquanto eu e Drux ficamos um pouco para trás.
Aproveitei o momento de privacidade, mesmo que fosse breve, para me inclinar discretamente para Drux. Sem pensar duas vezes, plantei um beijo rápido e furtivo em seus lábios, certificando-me de que ninguém visse. Ele retribuiu, mas de forma contida, ciente de que ainda estávamos em uma missão.
"Vamos sobreviver a isso e conversar depois", sussurrei, com um sorriso travesso no rosto.
Drux apenas assentiu, um brilho de compreensão em seus olhos. Não precisávamos de palavras para saber que algo maior estava acontecendo entre nós. Mas por enquanto, tínhamos um trabalho a fazer.
E, no fundo, eu sabia que, independentemente do que acontecesse naquela missão, Drux e eu encontraríamos uma maneira de fazer nossa conexão crescer.
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oii mais um capítulo espero que gostem
beijos de milly
1278 palavras
