cap 3 - fugindo da dor que vc me deixou.

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Elena Gilbert.

Acordei com os olhos inchados e o corpo pesado. A traição ainda pairava sobre mim como uma sombra que não queria ir embora. A imagem de Damon beijando outra mulher estava gravada na minha mente, e o peso disso me sufocava. Meu peito estava apertado, mas, de alguma forma, havia algo dentro de mim que queria lutar. Eu precisava confrontá-lo, ouvir da boca dele o que estava acontecendo.

Olhei ao redor do quarto, os feixes de luz que entravam pelas frestas da janela contrastando com a escuridão que eu sentia por dentro. Peguei meu celular do chão, ainda desligado, e respirei fundo antes de ligar. A tela acendeu, mas a avalanche de mensagens e chamadas perdidas que eu esperava não veio. Apenas o silêncio.

Levantei devagar, sentindo o peso de cada passo. Tomei um banho rápido, como se a água pudesse limpar um pouco da dor. Não consegui me olhar no espelho por muito tempo. Eu não queria ver o reflexo de alguém que tinha sido traída.

Antes de sair do quarto, Jenna apareceu na porta, com uma expressão preocupada. Ela sempre sabia quando algo estava errado.

– Elena... você está bem? – perguntou com a voz suave, mas cheia de preocupação.

– Sim... estou – menti, a voz baixa, quase um sussurro. Não queria envolver Jenna nisso. Não estava pronta para falar.

Ela hesitou, mas assentiu, talvez percebendo que não era o momento. Dei-lhe um sorriso fraco, o suficiente para ela me deixar ir. Peguei minha bolsa e saí de casa rapidamente, como se ficar ali por mais tempo me sufocasse.

No caminho até a casa dos Salvatore, minha mente estava em turbilhão. Cada segundo a imagem de Damon beijando aquela mulher voltava, me machucando mais e mais. Eu precisava entender o que tinha acontecido, mas ao mesmo tempo, temia a resposta.

Quando cheguei à casa dos Salvatore, a porta já estava aberta. Entrei sem hesitar. Damon estava ali, sentado no sofá, aparentemente despreocupado. Ao ver minha expressão, ele se levantou lentamente.

– O que houve? – perguntou, com um tom despreocupado que só aumentou minha raiva.

Sem dizer nada, joguei meu celular na mesa. A foto que havia destruído meu mundo estava ali, na tela, para ele ver. Damon olhou para a imagem por alguns segundos, e depois soltou uma risada incrédula.

– Isso? Você acha que isso é real? – Ele balançou a cabeça. – Elena, essa foto foi manipulada. Alguém está brincando com você.

Meu coração batia rápido, mas eu não sabia se era de alívio ou de confusão. Será que ele estava dizendo a verdade? Será que tudo isso era só mais um jogo de Katherine?

– Katherine – murmurei, mais para mim mesma do que para ele.

– Claro que é Katherine. Quem mais? Ela voltou, e agora está mexendo com a sua cabeça – Damon falou com tanta confiança que, por um momento, quase acreditei nele. Mas algo ainda estava errado.

Antes que eu pudesse responder, meu celular vibrou novamente. Olhei para a tela com o coração disparado. Outra mensagem do número desconhecido. Quando abri, era outra foto, mas dessa vez era pior. Era uma imagem antiga, de Damon, Stefan e Katherine juntos, sorrindo como se fossem uma família. Só que havia algo de profundamente errado naquela foto. O olhar de Katherine era perturbador, como se ela estivesse me observando de perto, mesmo através da tela.

A mensagem dizia: "A verdade sempre volta, mesmo que você tente enterrá-la."

O medo cresceu dentro de mim

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O medo cresceu dentro de mim. Katherine sempre foi manipuladora, sempre esteve um passo à frente. Mas agora, parecia que ela estava mais próxima do que nunca.

Eu não consegui mais ficar ali. Peguei meu celular e saí da casa dos Salvatore sem dizer mais uma palavra. O silêncio entre nós era pesado.

Dirigi sem rumo, as mãos tremendo no volante, lágrimas escorrendo sem parar. Meu peito estava apertado, e o mundo ao meu redor parecia estar desmoronando. Meu destino final era o mystic Grill

Entrei no bar, o cheiro forte de álcool e cigarro me atingindo imediatamente. O ambiente era escuro, abafado, mas ali eu poderia me perder um pouco, talvez até esquecer a dor por algumas horas. Sentei no balcão e pedi uma dose de tequila, a primeira de muitas.

O barman me olhou com uma expressão estranha, como se estivesse surpreso de me ver ali, mas não disse nada. Ele apenas me entregou o copo. A primeira dose desceu queimando, mas de certa forma, o calor trouxe um alívio imediato. Continuei bebendo, uma dose após a outra, tentando afogar a dor que parecia crescer a cada segundo.

Depois da quarta ou quinta dose – eu já tinha perdido a conta – uma risada familiar ecoou pelo bar. Virei a cabeça devagar, com os sentidos já tomados pelo álcool, e lá estava ela: Katherine, encostada na parede, me observando com aquele sorriso malicioso que eu tanto odiava.

– Você realmente sabe como curar um coração partido, não é? – ela disse, se aproximando lentamente, a voz gotejando sarcasmo.

Eu não tinha forças para responder, apenas a observei, esperando o próximo golpe. Katherine puxou uma cadeira e se sentou ao meu lado, pegando uma das doses de tequila que o barman tinha acabado de servir.

– Quer saber um segredo? – ela sussurrou, inclinando-se para mais perto. – Damon não é o único que mente. Todos ao seu redor têm seus segredos, Elena. Apenas jogue o meu jogo! e não vai se sair mal.

Eu sabia que não podia confiar nela, mas as palavras dela perfuravam minha mente. Ela estava jogando comigo, e eu sabia disso, mas, no fundo, eu também sabia que havia algo de verdadeiro em suas palavras.

– O que você quer de mim, Katherine? – perguntei, finalmente encontrando minha voz, ainda que fraca.

Ela sorriu e se levantou, deixando algumas notas no balcão.

– Quero o mesmo de sempre. Eu apenas quero o que é meu, por isso voltei. – ela respondeu antes de se virar e ir embora

Fiquei ali, paralisada, o copo ainda nas minhas mãos trêmulas. Katherine não tinha terminado comigo, e eu sabia que o pior estava por vir. O que é dela? o que ela tanto quer assim? por que esta infernizando minha vida?.

Não era o momento para tentar entender Katherine. Eu apenas peguei minha bolsa e joguei umas notas no balcão, junto com uma gorjeta para o Matt. Com passos pesados, fui em direção ao meu carro e, sem ânimo, dirigi até em casa. Ao chegar, larguei meus sapatos no chão e me joguei no sofá, deixando que o cansaço e a frustração tomassem conta de mim.


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