Capítulo 12

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O caminho até o chalé era longo e o sol que iluminava aquele dia, estava mais forte que o comum. Por mais que desejasse poder fugir dali, Josh não conseguia visualizar uma rota de fuga. Aquele mundo era lindo e assustador, mas algo dentro dele dizia para superar seus medos e encarar sua nova realidade. Austin carregava uma mochila em suas costas, os trajes de couro haviam ficado no chalé, notou Josh.

- Então Quinn, onde você foi ontem a noite? - Austin olhou de soslaio diante da pergunta invasiva de Josh.

- Dispersar minha raiva em alguns demônios. - Respondeu Quinn, despreocupada. - E vocês, dormiram no chalé?

- É claro. - Austin respondeu. Quinn deu um leve soco no braço de Josh, que corou quando viu o sorriso malicioso que ela estampava. - Acha que teremos quantos dias até eles decidirem dar início ao plano?

- Um dia, no máximo, dois. Quanto mais tempo eles demorarem, maior a chance de alguém ver Josh e acabar o denunciando. - Quinn parecia saber muito sobre a missão e os próximos passos, mas Josh sabia que ela não contaria. Talvez não pudesse ou como ela mesma disse, ele poderia se matar se eles dissessem.

- Bom, então só nos resta esperar.

- Austin - Josh começou - Como foi que me encontrou tão longe do chalé? - O sorriso crescia no rosto do amigo. Josh sabia que eles eram mais rápidos e talvez tivesse deixado rastros demais, mas gostaria de saber.

- Bom, antes de sair para comprar nosso café da manhã, eu havia colocado um feitiço em volta do chalé. - Josh havia esquecido que ele podia fazer essas coisas - Na verdade, dois. Um para que se alguém chegasse perto do chalé, ouvisse sons muito estranhos e corresse de medo. - Quinn e Josh começaram a rir. Era genial. - E o outro, era que uma barreira leve de proteção se desfizesse caso você ultrapassasse ela.

- Então quando eu corri...?

- Minha magia se desfez e o rastro dela o seguiu. Eu só fiz o mesmo e te encontrei. - Interrompeu Austin, com um sorriso no rosto. Josh queria perguntar sobre os poderes de Austin, mas tinha a leve impressão que ele conseguia fazer quase tudo que envolvesse magia. Já Quinn, Josh não tinha certeza se queria ousar perguntar sobre Remiel.

Depois de uma hora caminhando, o chalé estava a vista. A madeira velha e o local isolado dava um ar sombrio ao local, mesmo de dia. Talvez mesmo sem o feitiço de Austin, alguém em sã consciência daria as costas para aquele lugar.

- Bom, vamos comer alguma coisa e esperar. Talvez precisemos partir hoje ou amanhã. Estejam prontos. - Quinn e Josh assentiram.

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Remiel dispensou os guardas de seu quarto quando um deles, trouxe algumas caixas para recolher a bagunça. Embora pudesse usar a magia que tinha para fazer o serviço, Remiel preferiu guardar manualmente os documentos, assim poderia dispensar alguns deles que fossem inúteis.

Enquanto exercia seu plano, alguns dos documentos iam se provando importantes. O número de vítimas já ultrapassa de vinte, em diversos locais diferentes; a primeira morte sendo em Thundrem e a última, em Greyfox. Remiel entendia o porquê Morel havia se juntado ao grupo, mesmo os lobos sendo tão egoístas quanto os anjos.

Não demorou muito para Remiel agrupar o necessário em uma das caixas enquanto seu poder fazia o trabalho de limpar a sujeira que o lustre fizera. Ao fim de quinze minutos, ele tinha duas caixas. O material de uma delas podendo ser facilmente questionado pelo conselho celeste e a outra, pura distração. Remiel notou, ao sair do quarto carregando ambas as caixas, que os guardas estavam um pouco mais próximo de seu quarto. Ambos fizeram reverência e se ofereceram a carregar o lixo para fora, mas fora fácil contornar a situação.

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