Angélique sabia que isso aconteceria, sentia seu corpo ficar tenso enquanto se preparava para o pior que estava prestes a acontecer.
— Quem? — perguntou a mulher, parecendo calma no exterior, mas sua mente já estava arquitetando várias formas de matar quem havia feito isso.
— B-Bem, eu posso explicar...
— Nome e CPF! — exclamou a Kugisaki, amassando o copo do seu milkshake e impedindo a amiga de continuar a falar.
Primeiro imaginou que era sua impressão, contudo, havia realmente uma marca vermelha e levemente inchada na bochecha de sua amiga, ela definitivamente não deixaria isso barato. Iria localizar aquela pessoa, iria rasgar todas as roupas caras dela e venderia todas as suas coisas de valor, claro, antes de quebrar a cara dela.
Demorou bastante, mas a loira conseguiu acalmar a ira de Nobara, explicando para ela o que realmente havia acontecido.
— Você não deveria ter feito isso. — disse ela, encarando até a alma da Nanami. — Se essa mulher está tão maluca assim, então ela pode fazer coisa pior para você!
— Eu sei, mas... — Angélique sabia que a jovem tinha razão, entretanto, lembrando-se do homem que parecia tão acabado, seu coração vacilou, como sempre. — Eu não podia deixá-lo, não é?
— Podia sim. — retrucou.
— Nobara...
Ignorando o olhar suplicante da amiga que pedia para que ela fosse compreensiva, porém a acastanhada também tinha um coração mole, claro, com pouquíssimas pessoas.
— Tá bom, tá bom! — rendeu-se, um pouco frustrada. — Mas já deixo avisado aqui! — Sua voz ficou séria, junto com sua expressão fácil. — Eu vou dar uma martelada na cara dela.
Nobara tinha um gosto peculiar por martelos.
A Nanami riu, balançando a cabeça enquanto balançava a cabeça, deixando claro que havia registrado as palavras dela. Depois disso, ambas seguiram para as suas salas de aula, frequentavam a mesma faculdade, mas eram de diferentes cursos: medicina e direito. Vinham da mesma pequena cidade, eram amigas que planejavam até mesmo as roupas que usariam juntas para uma simples caminhada; era uma amizade verdadeira e inseparável.
[...]
Naquele dia, Angélique foi trabalhar mais cedo, talvez estivesse um pouco ansiosa por causa dos acontecimentos que ocorreram naquela manhã, também tinha um encontro marcado com aquele homem, Suguru Geto. Esperava que nada de ruim acontecesse hoje a noite.
— Visita? — Yuji murmurou para a colega de trabalho, chamando a atenção dela. Os dois estavam atrás do largo balcão.
A loira olhou para a porta e se surpreendeu quando viu Nobara, já imaginando as intenções de sua melhor amiga. Vendo-a caminhar em sua direção, ela abriu um pequeno sorriso.
— Cheguei. — disse, se sentando em uma das cadeiras do balcão, onde se encontrava os dois jovens. — Olá. — cumprimentou o rapaz.
— Oi. — cumprimentou de volta, abrindo um sorriso gentil para ela.
Ambos se conheciam de vista, nunca tiveram uma conversa profunda, ou que tivesse mais de dois minutos de duração, contudo, para o rapaz, eram aquelas breves palavras que faziam suas noites valerem a pena. Antes que o rosado pudesse dizer mais alguma coisa, os dois funcionários se assustaram com o baque do objeto contra a madeira.
— Cadê ela? — perguntou de forma ameaçadora, o martelo azul brilhava na madeira.
— O quê...? — Itadori ficou atordoado, não entendendo nada e ficando até mesmo assustado com ao ver a ferramenta.
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Me and the Devil - Suguru Geto
Fiksi PenggemarAngélique sempre foi considerada uma boa filha e uma boa amiga; uma boa pessoa. Portanto, era comum boas ações virem dela, mas o que não era comum, sem dúvidas, eram as más consequências que isso poderia gerar. Quando ajudou um homem a escapar da ob...