Da Destruição Ao Amor

desentendimentos e conflitos

Após a reunião, Charlotte e Mark saíram da prefeitura e seguiram para um corredor mais reservado. Mark, visivelmente irritado, puxou Charlotte para perto de uma parede, encurralando-a com uma expressão de frustração.

— Você quer me provocar, só pode — Mark disse, a voz carregada de tensão. — Como você pode vir ao trabalho com um vestido que marca suas curvas e te deixa uma deusa? Havia outros caras te olhando, Charlotte!

Charlotte ficou surpresa com a intensidade da reação de Mark. Ela levantou uma sobrancelha, tentando manter a calma.

— Eu pensei que você estava trabalhando na sua empresa hoje, não na prefeitura — ela respondeu, sua voz firme, mas com um toque de confusão.

Mark, ainda com um olhar intenso, rapidamente pegou seu terno e o colocou sobre os ombros de Charlotte, ajustando-o para cobrir o vestido. Com um gesto determinado, ele alargou o nó da gravata, demonstrando que estava decidido a proteger a imagem dela, mesmo que isso fosse contra sua vontade.

— Bom, pelo menos assim ninguém vai olhar para minha mulher — Mark afirmou, seu tom mais suave agora, mas ainda cheio de possessividade.

Ele se inclinou e deu um beijo delicado em Charlotte, suas mãos ainda ajustando a roupa dela. Charlotte, embora ainda um pouco confusa com a reação de Mark, sentiu o beijo como uma mistura de possessividade e carinho. Ela se deixou levar pelo momento, apreciando o gesto.

— Mark, eu não fiz isso para te provocar — ela disse suavemente, tentando acalmá-lo. — Eu só queria estar adequada para a reunião. Não sabia que isso ia te deixar tão chateado.

Mark respirou fundo, tentando controlar suas emoções. Ele olhou para Charlotte, seus olhos suavizando ao perceber a sinceridade dela.

— Desculpe por isso — ele disse, seu tom agora mais calmo. — Eu só... Não consigo suportar a ideia de outros homens olhando para você assim. É uma sensação que eu não consigo controlar.

Charlotte sorriu, tocando o rosto dele carinhosamente.

— Eu entendo, Mark. Mas você precisa confiar em mim. Estou aqui com você, e é isso que importa.

Mark assentiu, a frustração começando a se dissipar. Ele segurou Charlotte pela mão, puxando-a gentilmente para fora do corredor.

— Vamos para casa — ele disse, sua voz agora cheia de carinho. — Eu quero passar um tempo com você, sem mais distrações.

Charlotte concordou e, juntos, foram em direção ao carro de Mark. À medida que se afastavam da prefeitura, a tensão entre eles começou a diminuir, substituída por um sentimento de entendimento e compromisso renovado.

Charlotte: mas e seu trabalho? você está cheio de coisas pra fazer... 

Mark deu um sorriso leve, percebendo a preocupação de Charlotte.

— Eu sei que tenho muito trabalho, mas a verdade é que nada é mais importante para mim do que estar com você agora — ele disse, apertando suavemente a mão dela.

Ele continuou, sua voz sincera e cheia de intenção:

— Vou tentar resolver as pendências de forma rápida. Além disso, eu tenho uma equipe excelente que pode dar conta do recado enquanto eu me concentro em algo mais importante. E, se necessário, eu compenso isso mais tarde.

Charlotte ainda parecia um pouco hesitante, mas o olhar resoluto de Mark fez com que ela se sentisse mais segura. Ela percebeu o quanto ele estava comprometido com o relacionamento deles e decidiu apoiar a decisão dele.

— Tudo bem — ela disse com um sorriso suave. — Se você acha que pode lidar com isso e ainda quer estar comigo, eu vou apoiar a sua decisão.

Mark a puxou para mais perto, agradecendo com um beijo na testa.

— Obrigado, Charlotte. Isso significa muito para mim.

Ele abriu a porta do carro para ela, e ambos entraram, com Mark ligando o motor e dirigindo para casa. No caminho, o ambiente estava mais leve, e eles conversaram sobre assuntos mais triviais, tentando deixar para trás o estresse do dia.

Quando chegaram em casa, Mark preparou um jantar leve para os dois, tentando criar um ambiente relaxante. Eles se sentaram à mesa, compartilhando risadas e histórias, enquanto desfrutavam do tempo juntos.

Charlotte percebeu que, apesar das dificuldades e das tensões, Mark estava realmente empenhado em fazer o relacionamento deles funcionar. E isso lhe trouxe uma sensação de segurança e de felicidade, mesmo nos momentos mais desafiadores.

Depois do jantar, Mark e Charlotte se acomodaram no sofá da sala de estar, com um ambiente mais relaxado e iluminado apenas pelas luzes suaves ao redor. Charlotte havia se livrado do vestido, agora vestia um confortável conjunto de pijamas, e Mark também estava mais casual, usando uma camisa sem gravata e calças confortáveis.

Mark estava com um copo de vinho na mão, enquanto Charlotte preparava um chá para ambos. Ela voltou para o sofá, entregando o chá a Mark com um sorriso.

— Isso deve ajudar a relaxar um pouco mais — ela disse, sentando-se ao lado dele.

Mark pegou a xícara e sorriu, apreciando a atenção dela.

— Você sempre sabe como me acalmar. — Ele tomou um gole e, em seguida, colocou a xícara na mesa de café. — Tenho que admitir que foi um dia cansativo, mas estar aqui com você faz tudo valer a pena.

Charlotte deu um sorriso gentil, apoiando a cabeça no ombro de Mark. — Eu também estou feliz por estarmos juntos agora. Às vezes, precisamos de um tempo para nós mesmos, longe das preocupações do trabalho.Eles ficaram em silêncio por um momento, apenas desfrutando da presença um do outro. Mark então se virou para Charlotte, com um olhar mais sério e carinhoso.— Charlotte, eu sei que o trabalho é importante, mas é você quem eu realmente quero estar perto. Às vezes, me sinto tão sobrecarregado que quase esqueço o quanto você significa para mim.Charlotte o olhou nos olhos, vendo a sinceridade em seu olhar.— E você significa muito para mim também, Mark. Não importa o que aconteça, eu estarei ao seu lado. Ele puxou-a para um abraço apertado, e eles permaneceram assim por um tempo, apenas desfrutando da companhia um do outro.Mais tarde, eles decidiram que era hora de dormir. Mark acompanhou Charlotte até o quarto, ajudando-a a se acomodar na cama. Ele então se deitou ao seu lado, passando o braço ao redor dela.— Boa noite, minha linda — ele sussurrou, dando-lhe um beijo suave nos lábios.— Boa noite, Mark — ela respondeu, fechando os olhos com um sorriso no rosto.Naquela noite, enquanto a escuridão envolvia a casa, Mark e Charlotte adormeceram nos braços um do outro, sentindo que, apesar das dificuldades e dos desafios que enfrentavam, o amor que compartilhavam era uma âncora sólida e reconfortante.No dia seguinte, Mark se preparou para enfrentar mais um dia de trabalho, mas com a certeza de que, independentemente dos desafios, ele tinha ao seu lado alguém que o amava e o apoiava incondicionalmente. Charlotte também se sentia mais confiante e otimista, sabendo que, apesar das tensões e incertezas, eles poderiam enfrentar qualquer coisa juntos.